Mundo ficciónIniciar sesiónJuliana é uma médica talentosa e assassina treinada, obrigada a sobreviver em um mundo onde dinheiro, poder e sangue definem as regras. Após ser vendida por seu próprio pai ao implacável Don de uma poderosa máfia, ela se vê forçada a se tornar sua “noiva” em um contrato que dura dois anos — ou vê seus amigos leais mortos. Dentro da mansão do Don, Juliana enfrenta intrigas familiares, provas mortais e testes que desafiam corpo e mente. Com habilidade, inteligência e frieza, ela precisa fingir lealdade, dominar as regras do jogo e, ao mesmo tempo, traçar seu próprio plano para escapar do controle do homem que a comprou. Entre luxos sufocantes, festas perigosas e alianças frágeis, Juliana descobrirá que sobreviver nesse submundo exige mais do que força: exige astúcia, coragem e a capacidade de transformar cada desafio em uma arma. Presa Difícil é uma história de poder, sedução e vingança, onde cada decisão pode ser a última — e nem tudo é o que parece.
Leer másOlá, me chamo Juliana. Sou médica, recém-chegada à clínica mais… peculiar da cidade — aqui só atendemos o submundo. Antes que me julguem, escutem: eu precisava do dinheiro. Minha família foi deixada na falência pelo meu pai, que, após a morte da minha mãe, casou-se com sua amante. Ela tem uma filha mais velha que eu.
Não vivo exatamente miserável — afinal, para tocar o dinheiro da minha mãe, ele precisa cuidar de mim. Mas o dinheiro, aquele que era meu por direito, não chega nem perto das minhas mãos. Então eu trabalho. Muito. Tenho dois empregos: de dia, salvo vidas como médica. À noite… bem, digamos que ajudo a “desaparecer” alguns problemas do submundo. Ei, não me julguem. Eu disse que precisava do dinheiro. Capítulo 1 O sol ainda nem tinha decidido se levantaria quando Juliana foi arrancada do sono pelos gritos estridentes de sua meia-irmã, Lúcia. — Juliana! Você viu minha blusa nova?! — berrava do quarto ao lado, a voz atravessando as paredes finas do apartamento. — Onde você colocou?! Eu preciso dela AGORA! Juliana bufou, jogando o cobertor para o lado. Aquela era a rotina matinal que ela odiava: despertar já estressada, com o coração acelerado e o cérebro tentando funcionar antes mesmo de receber sua primeira dose de café. Ela levantou-se com preguiça, esfregando os olhos. “Por que eu não posso ter um minuto de paz?” murmurou, passando pelo corredor estreito, desviando de sapatos espalhados e roupas pelo chão. Lúcia estava no meio do quarto, jogando tudo para o alto como se o mundo tivesse acabado. — Lúcia, pelo amor de Deus… — disse Juliana, tentando soar calma, mas a irritação já subindo pela garganta. — Você sempre faz isso! Todo dia o mesmo drama! Mas, é claro, Lúcia não ouviu. O berreiro continuava, ecoando pelo apartamento, como se fosse projetado especialmente para torturá-la logo no início do dia. Juliana respirou fundo, sabendo que aquele era só o primeiro dos muitos desafios que a esperavam antes de sequer colocar os pés fora de casa. E, naquele momento, ela já se perguntava se conseguiria sobreviver a mais um dia inteira entre caos, gritos e a pressão de manter seus dois mundos — o médico e o mortalmente perigoso — em equilíbrio. Juliana finalmente conseguiu passar pelo quarto de Lúcia sem ser esmagada por mais uma tempestade de roupas espalhadas pelo chão. Chegando à cozinha, preparou rapidamente seu café — forte, amargo, exatamente como precisava para enfrentar o dia que se anunciava caótico. Enquanto tomava o primeiro gole, seu olhar se perdeu pela janela. A cidade despertava com a mesma pressa de sempre, mas para Juliana, a rotina era mais do que simplesmente encarar o trânsito e os compromissos. Ela carregava dois mundos dentro de si, e nenhum deles podia saber do outro. Após se vestir com o jaleco impecável de médica, checou rapidamente a bolsa: estetoscópio, luvas, máscara… tudo em ordem. Tudo pronto para salvar vidas. Ou pelo menos tentar. Mas no fundo, Juliana sabia que a noite traria outro tipo de desafio. Um mundo onde a vida e a morte dançavam em um fio invisível, e onde ela tinha que ser tão certeira quanto na mesa de cirurgia. Um mundo onde cada decisão podia custar caro. Ela respirou fundo, tentando engolir a ansiedade que já borbulhava em seu estômago. Com um último olhar para o café ainda quente, Juliana saiu de casa. O caos familiar ficaria para trás — por enquanto. Juliana empurrou a porta da clínica e foi imediatamente recebida pelo aroma familiar de antisséptico misturado com café forte. — Bom dia, Juliana! — chamou Milena, com o sorriso típico que sempre conseguia aliviar um pouco da tensão que ela carregava desde o apartamento. — Você chegou cedo hoje… — acrescentou Jonatas, apoiando-se casualmente no balcão, o olhar divertido brilhando por trás dos óculos. — Oi, gente… — respondeu Juliana, tentando parecer mais calma do que se sentia. — Mais cedo que de costume, sim. Lúcia resolveu me acordar aos gritos. É o início perfeito do dia, né? Milena riu baixinho, balançando a cabeça. — Ah, eu lembro desses dias… — disse. — Mas você sobreviveu, e isso já é algo. Quer café? Jonatas deu uma piscadela. — Melhor se preparar bem. Hoje o plantão vai ser puxado… e a noite nem se fala. Juliana sorriu, mas por dentro seu coração acelerou. Eles sabiam. Não precisava dizer mais nada — Milena e Jonatas também dividiam a vida dupla. Durante o dia, salvavam pacientes. À noite, lidavam com os “serviços” que ninguém ousava nomear. — Certo, vou me preparar então… — disse Juliana, guardando sua bolsa no armário e lavando as mãos. — Vamos fazer o que fazemos de melhor. — Salvar vidas de dia, destruir problemas de noite… — completou Jonatas, com um leve sorriso malicioso. — Nada como um trabalho equilibrado, não é? Milena riu novamente, enquanto Juliana sentiu aquele raro momento de camaradagem que só quem vive os dois lados do mundo podia entender. Por um instante, o caos familiar, a pressão do dinheiro, tudo isso pareceu distante. Mas ela sabia que não duraria muito. O dia ainda estava começando, e a noite… bem, a noite teria seus próprios desafios. O dia passou rápido demais. A clínica parecia uma zona de guerra, refletindo fielmente o caos que tomava a cidade. Vários mortos e feridos chegavam em ondas, vítimas das disputas sangrentas entre as máfias locais. Juliana respirava fundo entre um atendimento e outro, cada sutura e cada compressa de sangue a lembrando do preço que a cidade pagava por seu poder. Pelo menos, pensou, era dinheiro a mais entrando no bolso — dinheiro que poderia, de alguma forma, equilibrar a injustiça que sua própria família tinha cometido contra ela. Quando finalmente conseguiram um momento de respiro, Jonatas se aproximou, inclinando-se contra o balcão com aquele sorriso malicioso de sempre. — Tá com a cabeça onde, boneca? — perguntou, olhando para Juliana com olhos que misturavam diversão e preocupação. — Recebemos um pedido alto dessa vez. Vai ser complicado… mas pelo menos a gente vai ficar mais quente do que ficamos nessa sala. Juliana não pôde evitar rir, apesar do cansaço e do cheiro de sangue que ainda pairava no ar. — Ah, vocês dois… — disse, sacudindo a cabeça. — Sempre prontos para complicar ainda mais a minha vida, né? Milena, que passava por ali, soltou uma risadinha, entendendo perfeitamente o duplo sentido.capítulo- 12A manhã entrou suave pela varanda, iluminando a mesa do café da manhã. Juliana apareceu no salão vestida de maneira casual, jeans, camiseta e tênis, com uma mochila pendurada no ombro O cheiro de café fresco pairava no ar, mas ela parecia alheia, concentrada no próprio ritmo.Todos já estavam sentados à mesa, o Don Matheus, à cabeceira, observando com os olhos escuros— Onde vai com essa mochila? — perguntou, com olhos percorrendo cada gesto dela.— Vou trabalhar. — respondeu Juliana, tranquila.O rosto do Don endureceu imediatamente, a irritação explodindo como uma tempestade.— Não vai. — disse, firme. — Não enquanto estiver aqui.— Matheus… — ela começou, tentando manter a calma. — Eu preciso…— Não! — cortou ele, levantando-se de um salto, a fúria evidente. — Você não vai.O clima ficou tenso, a discussão crescendo, palavras afiadas voando entre eles. Até que Manuel entrou no salão, a presença autoritária— Basta. — disse ele, firme. — Juliana pode ir.Juliana respi
capítulo -11 O vapor ainda escapava do banheiro, envolvendo o quarto em uma névoa leve. Juliana estava sentada na beira da cama, apenas de toalha, secando os cabelos com calma, finalmente respirando depois da confusão. De repente, a porta se abriu com força, batendo contra a parede. Juliana, instinto à flor da pele, girou o corpo pronta para atacar. A perna ergueu-se em um chute rápido, mirando o intruso — mas antes que pudesse atingir, uma mão firme agarrou seu tornozelo no ar. — Calma, gatinha — a voz do Don soou grave, próxima, carregada de deboche e desejo. — Vai me receber assim? Ela tentou puxar a perna de volta, mas ele a segurava com força, o olhar fixo nela, O contraste era claro: ela, apenas envolta em uma toalha, vulnerável; ele, de pé.dominando o espaço sem pedir permissão. — Você enlouqueceu? — ela sussurrou, irritada, — Invadindo o quarto de uma mulher desse jeito… Ele inclinou-se, trazendo o rosto próximo ao dela, os olhos escuros percorrendo cada detalhe.
Capítulo 10 O silêncio que se seguiu foi denso. Os olhares convergiam para Juliana, cada um avaliando Ela ela com o sorriso contido no rosto. — Sete provas, então… — disse com calma. — Não parece tão difícil. O irmão do Don deu um riso curto. — Essa confiança toda vai se desfazer na primeira luta. Você é só uma boneca enfeitada. Juliana virou o rosto lentamente para ele. — Bonecas também têm dentes. — retrucou, sem elevar a voz. O Don observava em silêncio, claramente se divertindo com a coragem dela. Já Manuel cruzava os braços, os olhos de velho lobo avaliando a forma como Juliana encarava a provocação. — Começaremos amanhã. — decretou o Don. — O primeiro teste será o combate. Quero ver até onde vai sua coragem quando o sangue começar a correr. Juliana deu um passo à frente, aproximando-se dele. — Então preparem o ringue, porque eu não pretendo perder tempo. Por dentro, ela pensava: Esses homens subestimam demais. Não sabem que conheço provas bem mais difíceis do que es
Enquanto a tensão crescia entre o Don e seu irmão, portas se abriram com pompa e passos firmes ecoaram pelo salão. O pai do Don, Manuel, entrou acompanhado por alguns assessores, o olhar avaliando tudo à sua volta. — O que é isso? — a voz firme cortou a tensão. — Não fui convidado para a cerimônia, e, segundo as tradições, a noiva só é oficial depois de ser aprovada pela família. Todos se calaram por um instante, inclusive o irmão do Don, que parecia pronto para questionar cada palavra. O Don manteve a postura, mas um leve arqueamento de sobrancelha denunciava surpresa. Manuel caminhou até Juliana, avaliando-a com olhos críticos, mas sem demonstrar hostilidade imediata. — Então você é a minha nova filha… — disse, a voz grave, analisando cada detalhe do vestido, postura e expressão. Juliana respirou fundo, sentiu o peso do olhar dele e da situação, mas não demonstrou impaciência. Um sorriso contido e elegante se formou em seus lábios — falso, mas convincente. — Muito prazer,
Capítulo 8 Com o contrato assinado, Juliana se levantou, expressão fria, sem demonstrar medo ou entusiasmo. O Don a conduziu pelos corredores da mansão, silêncio absoluto, até chegarem à sala principal onde todos os empregados e homens da casa estavam reunidos. Quando entraram, o murmúrio parou. Cada olhar se voltou para ela, mas não houve surpresa — apenas respeito,O Don ergueu a mão como quem apresentasse uma mercadoria rara e disse: — Todos, esta é agora a minha esposa. Sr. Juliana. Um som uníssono percorreu a sala: — Bem-vinda, Sra. Juliana. Juliana manteve a postura impecável, inclinando levemente a cabeça em reconhecimento, os olhos frios e atentos Nenhum gesto dela denunciava medo, apenas o controle da situação Após a apresentação formal, dois capangas a conduziram a um dos aposentos privados. Lá, uma série de vestidos de gala estava preparada, junto com acessórios discretos mas luxuosos. O banheiro espaçoso, com iluminação quente, refletia a figura dela no espelh
capítulo- 7 Juliana entrou no banheiro espaçoso, abriu o chuveiro e deixou a água quente lavar o cansaço e o efeito do choque. Lavou-se com calma, cuidou da higiene, mas manteve a mente alerta. Quando terminou, dirigiu-se à pilha de roupas. Cada peça era provocante, decotes profundos e tecidos quase transparentes. Ela franziu a testa, percorrendo as peças com desdém. — Ele acha que sou garota de programa pra usar essa merda? — murmurou, jogando uma das roupas no chão. Então, entre os vestidos exagerados, seus olhos encontraram um vermelho vibrante, com franjas e detalhes que lembravam uma cigana, ajustado perfeitamente ao corpo. Sem pensar duas vezes, Juliana o puxou, vestiu e ajustou os contornos ao seu corpo atlético. Soltou os cabelos longos, deixando-os cair pelas costas em ondas perfeitas. Com passos firmes, bateu na porta. Os capangas abriram imediatamente, atentos a qualquer movimento. — Está pronta. — disseram de forma impessoal, conduzindo-a pelo corredor. O corredor se
Último capítulo