NOIVA DA MAFIA  O CONTRATO COM O PERIGO

NOIVA DA MAFIA O CONTRATO COM O PERIGO PT

Máfia
Última atualização: 2025-09-17
Souzaruba  Atualizado agora
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Índice

Catarina foi lançada ao inferno pelo próprio pai e pela madrasta. Filha legítima da temida máfia Lorenzo, cresceu com a marca da tragédia: sua mãe, a verdadeira chefe da organização, foi enganada e morta pela amante do marido. Agora, anos depois, Catarina retorna à cidade. Oficialmente, para cumprir um casamento arranjado com a máfia americana. Secretamente, para recuperar o legado de sua mãe e derramar o sangue de quem a traiu. Ninguém desconfia que a doce noiva é, na verdade, a assassina mais cruel da máfia. Entre paixões proibidas, intrigas que corroem e um desejo avassalador, Catarina terá de escolher: se render ao amor ou completar sua vingança até o fim.

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Capítulo 1

1

Olá, me chamo Juliana. Sou médica, recém-chegada à clínica mais… peculiar da cidade — aqui só atendemos o submundo. Antes que me julguem, escutem: eu precisava do dinheiro. Minha família foi deixada na falência pelo meu pai, que, após a morte da minha mãe, casou-se com sua amante. Ela tem uma filha mais velha que eu.

Não vivo exatamente miserável — afinal, para tocar o dinheiro da minha mãe, ele precisa cuidar de mim. Mas o dinheiro, aquele que era meu por direito, não chega nem perto das minhas mãos. Então eu trabalho. Muito. Tenho dois empregos: de dia, salvo vidas como médica. À noite… bem, digamos que ajudo a “desaparecer” alguns problemas do submundo.

Ei, não me julguem. Eu disse que precisava do dinheiro.

Capítulo 1

O sol ainda nem tinha decidido se levantaria quando Juliana foi arrancada do sono pelos gritos estridentes de sua meia-irmã, Lúcia.

— Juliana! Você viu minha blusa nova?! — berrava do quarto ao lado, a voz atravessando as paredes finas do apartamento. — Onde você colocou?! Eu preciso dela AGORA!

Juliana bufou, jogando o cobertor para o lado. Aquela era a rotina matinal que ela odiava: despertar já estressada, com o coração acelerado e o cérebro tentando funcionar antes mesmo de receber sua primeira dose de café.

Ela levantou-se com preguiça, esfregando os olhos. “Por que eu não posso ter um minuto de paz?” murmurou, passando pelo corredor estreito, desviando de sapatos espalhados e roupas pelo chão. Lúcia estava no meio do quarto, jogando tudo para o alto como se o mundo tivesse acabado.

— Lúcia, pelo amor de Deus… — disse Juliana, tentando soar calma, mas a irritação já subindo pela garganta. — Você sempre faz isso! Todo dia o mesmo drama!

Mas, é claro, Lúcia não ouviu. O berreiro continuava, ecoando pelo apartamento, como se fosse projetado especialmente para torturá-la logo no início do dia. Juliana respirou fundo, sabendo que aquele era só o primeiro dos muitos desafios que a esperavam antes de sequer colocar os pés fora de casa.

E, naquele momento, ela já se perguntava se conseguiria sobreviver a mais um dia inteira entre caos, gritos e a pressão de manter seus dois mundos — o médico e o mortalmente perigoso — em equilíbrio.

Juliana finalmente conseguiu passar pelo quarto de Lúcia sem ser esmagada por mais uma tempestade de roupas espalhadas pelo chão. Chegando à cozinha, preparou rapidamente seu café — forte, amargo, exatamente como precisava para enfrentar o dia que se anunciava caótico.

Enquanto tomava o primeiro gole, seu olhar se perdeu pela janela. A cidade despertava com a mesma pressa de sempre, mas para Juliana, a rotina era mais do que simplesmente encarar o trânsito e os compromissos. Ela carregava dois mundos dentro de si, e nenhum deles podia saber do outro.

Após se vestir com o jaleco impecável de médica, checou rapidamente a bolsa: estetoscópio, luvas, máscara… tudo em ordem. Tudo pronto para salvar vidas. Ou pelo menos tentar.

Mas no fundo, Juliana sabia que a noite traria outro tipo de desafio. Um mundo onde a vida e a morte dançavam em um fio invisível, e onde ela tinha que ser tão certeira quanto na mesa de cirurgia. Um mundo onde cada decisão podia custar caro.

Ela respirou fundo, tentando engolir a ansiedade que já borbulhava em seu estômago. O dia começava, e com ele, a rotina implacável que ela não podia abandonar. Primeiro, salvar vidas. Depois, lidar com as sombras que só ela conhecia.

Com um último olhar para o café ainda quente, Juliana saiu de casa. O caos familiar ficaria para trás — por enquanto.

Juliana empurrou a porta da clínica e foi imediatamente recebida pelo aroma familiar de antisséptico misturado com café forte.

— Bom dia, Juliana! — chamou Milena, com o sorriso típico que sempre conseguia aliviar um pouco da tensão que ela carregava desde o apartamento.

— Você chegou cedo hoje… — acrescentou Jonatas, apoiando-se casualmente no balcão, o olhar divertido brilhando por trás dos óculos.

— Oi, gente… — respondeu Juliana, tentando parecer mais calma do que se sentia. — Mais cedo que de costume, sim. Lúcia resolveu me acordar aos gritos. É o início perfeito do dia, né?

Milena riu baixinho, balançando a cabeça.

— Ah, eu lembro desses dias… — disse. — Mas você sobreviveu, e isso já é algo. Quer café?

Jonatas deu uma piscadela.

— Melhor se preparar bem. Hoje o plantão vai ser puxado… e a noite nem se fala.

Juliana sorriu, mas por dentro seu coração acelerou. Eles sabiam. Não precisava dizer mais nada — Milena e Jonatas também dividiam a vida dupla. Durante o dia, salvavam pacientes. À noite, lidavam com os “serviços” que ninguém ousava nomear.

— Certo, vou me preparar então… — disse Juliana, guardando sua bolsa no armário e lavando as mãos. — Vamos fazer o que fazemos de melhor.

— Salvar vidas de dia, destruir problemas de noite… — completou Jonatas, com um leve sorriso malicioso. — Nada como um trabalho equilibrado, não é?

Milena riu novamente, enquanto Juliana sentiu aquele raro momento de camaradagem que só quem vive os dois lados do mundo podia entender. Por um instante, o caos familiar, a pressão do dinheiro, tudo isso pareceu distante.

Mas ela sabia que não duraria muito. O dia ainda estava começando, e a noite… bem, a noite teria seus próprios desafios.

O dia passou rápido demais. A clínica parecia uma zona de guerra, refletindo fielmente o caos que tomava a cidade. Vários mortos e feridos chegavam em ondas, vítimas das disputas sangrentas entre as máfias locais.

Juliana respirava fundo entre um atendimento e outro, cada sutura e cada compressa de sangue a lembrando do preço que a cidade pagava por seu poder. Pelo menos, pensou, era dinheiro a mais entrando no bolso — dinheiro que poderia, de alguma forma, equilibrar a injustiça que sua própria família tinha cometido contra ela.

Quando finalmente conseguiram um momento de respiro, Jonatas se aproximou, inclinando-se contra o balcão com aquele sorriso malicioso de sempre.

— Tá com a cabeça onde, boneca? — perguntou, olhando para Juliana com olhos que misturavam diversão e preocupação. — Recebemos um pedido alto dessa vez. Vai ser complicado… mas pelo menos a gente vai ficar mais quente do que ficamos nessa sala.

Juliana não pôde evitar rir, apesar do cansaço e do cheiro de sangue que ainda pairava no ar.

— Ah, vocês dois… — disse, sacudindo a cabeça. — Sempre prontos para complicar ainda mais a minha vida, né?

Milena, que passava por ali, soltou uma risadinha, entendendo perfeitamente o duplo sentido.

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