Mundo de ficçãoIniciar sessãoCapítulo 8
Com o contrato assinado, Juliana se levantou, expressão fria, sem demonstrar medo ou entusiasmo. O Don a conduziu pelos corredores da mansão, silêncio absoluto, até chegarem à sala principal onde todos os empregados e homens da casa estavam reunidos. Quando entraram, o murmúrio parou. Cada olhar se voltou para ela, mas não houve surpresa — apenas respeito,O Don ergueu a mão como quem apresentasse uma mercadoria rara e disse: — Todos, esta é agora a minha esposa. Sr. Juliana. Um som uníssono percorreu a sala: — Bem-vinda, Sra. Juliana. Juliana manteve a postura impecável, inclinando levemente a cabeça em reconhecimento, os olhos frios e atentos Nenhum gesto dela denunciava medo, apenas o controle da situação Após a apresentação formal, dois capangas a conduziram a um dos aposentos privados. Lá, uma série de vestidos de gala estava preparada, junto com acessórios discretos mas luxuosos. O banheiro espaçoso, com iluminação quente, refletia a figura dela no espelho enquanto se preparava para as formalidades do casamento que o Don queria. Juliana se olhou no espelho, ajustou o vestido e soltou os cabelos longos. Cada movimento era calculado: ela sabia que aquela cerimônia era uma armadilha do Don, da casa e de seus homens. Cada gesto poderia ser usado mais tarde. Enquanto o Don aguardava do lado de fora, Juliana respirou fundo, sentindo que o jogo realmente começava ali — e que, embora estivesse sob contrato, ainda tinha formas de virar cada peça a seu favor A mansão estava iluminada para o evento. Candelabros enormes refletiam a luz sobre a mesa e o corredor central, tudo cuidadosamente arrumado para a cerimônia que oficializaria Juliana como “noiva” do Don. Os empregados e homens da casa aguardavam em silêncio, cada um atento a cada passo da entrada da jovem. Juliana caminhava com elegância pelo corredor, vestindo o vestido de gala escolhido, cabelos longos soltos, postura firme e olhos frios. O Don caminhava ao seu lado, mantendo o rosto calmo, quase impassível, observando a reação de todos. De repente, portas se abriram com força. Um homem entrou, passos largos, presença dominante. O irmão do Don, o o segundo sucessor de direittos da família, fitou Juliana com olhos de fogo. — O que é isso? — rugiu, a voz ecoando pelo salão. — Essa mulher… não era esperada! Quem lhe deu o direito de nao cumprir as tradições da família? O Don manteve a calma, mas a tensão subiu. — Ela é minha escolha. — disse, firme, os olhos fixos no irmão. — Eu ja sou bem grandinho e posso escolher O irmão avançou um passo, ameaçador. — Se você quiser que eu nao seja o próximo don vai seguir essas regras, você precisa lembrar do seu posto. Aceite as tradições, ou poderá perder tudo. Juliana, sentindo o peso do olhar dos dois homens e a tensão da sala, não recuou. Ela manteve a postura impecável, o olhar dela fixou-se no irmão, quase desafiador. — Então teremos que ver se ele é capaz de manter seu posto… enquanto eu faço meu próprio jogo. — murmurou para si mesma, controlando a respiração.






