Enquanto a tensão crescia entre o Don e seu irmão, portas se abriram com pompa e passos firmes ecoaram pelo salão. O pai do Don, Manuel, entrou acompanhado por alguns assessores, o olhar avaliando tudo à sua volta. — O que é isso? — a voz firme cortou a tensão. — Não fui convidado para a cerimônia, e, segundo as tradições, a noiva só é oficial depois de ser aprovada pela família. Todos se calaram por um instante, inclusive o irmão do Don, que parecia pronto para questionar cada palavra. O Don manteve a postura, mas um leve arqueamento de sobrancelha denunciava surpresa. Manuel caminhou até Juliana, avaliando-a com olhos críticos, mas sem demonstrar hostilidade imediata. — Então você é a minha nova filha… — disse, a voz grave, analisando cada detalhe do vestido, postura e expressão. Juliana respirou fundo, sentiu o peso do olhar dele e da situação, mas não demonstrou impaciência. Um sorriso contido e elegante se formou em seus lábios — falso, mas convincente. — Muito prazer,
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