Após um término humilhante, Aurora decide que é hora de parar de ser a garota certinha. Depois de ouvir as opiniões do ex-namorado sobre ela, Aurora decide se rebelar. Em um ato de pura raiva e ousadia, Aurora coloca seu vestido mais ousado, esquece os filtros e vai direto para a boate mais caótica que conseguiu encontrar, determinada a se perder por uma noite imprudente. O que ela não esperava era dar de cara com o próprio ex. Sem pensar duas vezes, Aurora agarra um desconhecido e o apresenta como seu novo namorado. Para sua surpresa, o homem entra no jogo com naturalidade e a química entre eles faz a mentira parecer deliciosa demais para acabar ali. O que era para ser apenas uma farsa impulsiva termina em uma noite ardente e inesquecível. Mas o verdadeiro choque vem depois, quando Aurora entra no novo emprego e descobre que o homem misterioso da boate é, na verdade, seu novo chefe.
Leer másAURORA SUMMER
— Tem certeza disso, Aurora? — perguntou minha melhor amiga enquanto me observava passar batom. Estava decidido: eu iria para a balada. Meu namorado tinha acabado de terminar comigo porque, segundo ele, eu era “tensa” e “sem graça”. Ele não achava isso nos últimos dois anos de relacionamento, mas de repente decidiu me deixar como se eu fosse o problema. Lágrimas ameaçaram embaçar minha visão, mas eu as engoli. Ryan não valia minhas lágrimas e eu não podia estragar a maquiagem. — Estou bem, Maju, não precisa se preocupar comigo — falei, penteando o cabelo com os dedos para deixá-lo com um visual bagunçado. Ficou perfeito… e sexy. Ela só estava preocupada porque sabia o tipo de garota que eu era. Eu não me dava bem com muita gente, nem com álcool, mas estava na hora de me soltar. Talvez ele tivesse razão e eu fosse mesmo tensa. — É só que… você está deixando o Ryan te afetar. Sinto que está fazendo isso por causa dele — disse ela. Embora parecesse verdade, não era. Eu não estava fazendo isso por Ryan. — Não, Maju. Eu não me importo com ele. Isso é por mim. Quero saber como é ser selvagem e louca. E você sabe que pode vir comigo, se quiser — ofereci. — Quem me dera… — respondeu com um suspiro. — Eu quero, mas tenho plantão no hospital hoje à noite. Sim, ela era enfermeira e precisava trabalhar, o que significava que eu ficaria sozinha a noite toda. Bem, eu poderia me misturar se quisesse. — Não faça nada imprudente — alertou enquanto me abraçava e sorria. — Sim, mamãe — provoquei, pegando minha bolsa e saindo do quarto. — Até amanhã! — gritou para mim. — Bye bye! Meu Uber já me esperava na porta. Entrei no carro e respirei fundo. Eu não quis dirigir porque planejava ficar bêbada e não queria correr o risco de causar um acidente. [...] A fila da boate estava enorme. A maioria parecia adolescentes que mal haviam completado dezoito anos e estavam ansiosos para experimentar a vida noturna. Abaixe um pouco mais a parte de cima do meu vestido, expondo um decote generoso, e abri um sorriso sensual. Caminhei direto até o segurança da entrada. Nem precisei dizer uma palavra. Eles simplesmente me deixaram entrar. O poder de uma mulher. A música alta vibrava em cada fibra do meu corpo. As luzes piscavam como se eu tivesse entrado em outro universo. Passei por pessoas dançando, algumas já bêbadas mesmo no início da noite. Caminhava em direção ao bar quando alguém agarrou minha mão. Virei-me e vi um homem que mal conseguia ficar de pé. — Vamos dançar, gatinha — disse ele, puxando-me para si. — Hoje não, bonitão — respondi, me soltando de sua mão. Antes que ele tentasse de novo, me afastei rapidamente. — Me dá a sua bebida mais forte — pedi ao barman, sentando-me no banco alto. Ele arqueou a sobrancelha, mas eu só dei de ombros. O líquido queimou minha garganta na primeira dose, mas não foi tão ruim quanto eu imaginava. Quando olhei para a pista de dança, lá estava ele. Ryan. Ele não estava sozinho. Estava no meio da pista com uma garota loira, e antes que eu pudesse reagir, vi quando ele segurou o rosto dela e a beijou. Então é isso… pensei, com o estômago revirando. Estava com ela enquanto estávamos juntos? A cena diante de mim doía mais do que eu gostaria de admitir. Eu não sabia se aquilo começou antes ou depois do nosso término, mas uma pontada de raiva percorreu meu corpo. Coloquei um sorriso falso no rosto e tomei um gole da minha bebida com a postura de quem não se importa. Quando ele me viu, afastou-se rapidamente da garota, arregalou os olhos e veio até mim. — Aurora? — perguntou, a voz quase sumindo. — Oi, Ryan. — cumprimentei, com um tom doce e venenoso ao mesmo tempo. Ele se aproximou, como se não tivesse acabado de enfiar a língua na boca de outra. — O que você está fazendo aqui? — Eu é que deveria perguntar isso a você. — rebati. — Eu… vim tomar uma ou duas bebidas com os caras. Uma ou duas bebidas com os caras... que piada. E o que ele tinha a ver com o que eu faço? — Não vejo por que minha presença te preocupa. Você deveria voltar a beber com "seus amigos". Eu não gostaria que meu namorado te encontrasse aqui. Ele franziu o cenho. — Namorado? — Sim, ele foi ao banheiro. Deve voltar a qualquer momento. — Você está falando sério? A gente acabou de terminar e você já tem um novo namorado? Olhei para ele, irritada. — Você esperava que eu chorasse por você? Que me trancasse no quarto como se fosse o fim do mundo? Você é uma piada, Ryan. Nesse momento, avistei um homem extremamente bonito vindo em direção ao bar. Levantei-me e caminhei até ele, decidida. — Ei, amor. Demorou tanto que eu comecei a ficar preocupada. — falei para o desconhecido, que me olhou confuso. Aproximei-me e sussurrei, só para ele ouvir: — Por favor, jogue junto. Me salve. Os olhos dele brilharam de diversão antes de relaxar o rosto. — Desculpe, amor. Tive que buscar meu celular no carro, esqueci lá. — disse ele, passando o braço pela minha cintura e me puxando para um beijo na testa. Mas eu queria mostrar mais. Puxei-o pela gola e o beijei nos lábios. O que começou como uma encenação se transformou em algo intenso. Seus lábios eram quentes, macios, e me fizeram esquecer completamente Ryan e tudo ao redor. Quando terminei o beijo, olhei de soslaio para o bar. Ryan havia desaparecido. — Você beija todo mundo que conhece assim? — perguntou o desconhecido com um sorriso provocador. Foi então que olhei de verdade nos olhos dele e me perdi, eram tão lindos que eu poderia ficar hipnotizada para sempre. — Desculpe, eu não queria. Eu estava mesmo arrependida? Não. — Sem problema. A propósito, eu sou o Douglas. — Aurora. — Então, minha bela Aurora, aceita tomar um drink com seu namorado de mentirinha?AURORA SUMMER Quando acordei, Douglas não estava ao meu lado. Peguei o celular no criado-mudo e, para minha surpresa, vi uma mensagem de um número desconhecido:"Ainda não desisti de nós. Você voltará a ser minha. Com amor, seu Ryan."Fiquei paralisada por alguns segundos, lendo aquelas palavras que faziam meu estômago revirar. Respirei fundo, bloqueei o número e coloquei o celular de volta. Eu não ia deixar nada estragar a minha manhã.Levantei-me e fui ao banheiro tomar um banho antes de me vestir e descer as escadas.Douglas estava cozinhando, então eu me encostei na parede, observando-o. Ele estava apenas cozinhando, mas parecia muito sexy. Por que algo tão simples como fazer omelete fazia seus músculos saltarem como se ele estivesse se esforçando? Falando em se esforçar, ele se esforçou bastante em agradar meu corpo ontem à noite.Não consegui evitar morder os lábios ao lembrar disso.— Você parece estar pensando em alguma coisa interessante. Gostaria de saber o que é. — ele dis
DOUGLAS WARD A viagem de volta para casa foi tranquila e cheia de tensão. Eu ainda estava com as pernas balançando, tentando me controlar antes de fazer coisas terríveis com ela no carro. Eu podia sentir seus olhos em mim, mas não disse uma única palavra. Quando a limusine estacionou em frente à casa, saí e abri a porta para ela. Ela me deu um sorriso em agradecimento, mas não retribuí o gesto. Eu estava irritado demais. Entramos juntos em casa e caminhei silenciosamente para o meu quarto. Aurora continuava me observando. Não havia nada que pudesse falar que a salvasse da minha ira. Ao entrar no meu quarto, tirei a roupa que usava e fui ao banheiro tomar um banho. Depois vesti outra peça confortável. Era hora de conversarmos sobre o mau comportamento dela nessa noite. Talvez não fosse exatamente uma conversa, mas um acerto de contas. Saí do meu quarto e fui até o dela. Quando entrei, não havia sinal de Aurora, mas o som da água correndo no banheiro indicava que ela tomava banho
DOUGLAS WARD — Você está falando sério? Isso é hilário — disse Aurora, rindo do que o senhor Messina acabara de dizer. E essa não era a primeira vez que ela ria das palavras dele. Era como se achasse graça de tudo o que saía da boca daquele desgraçado, e ele aproveitava a oportunidade para continuar falando. Eu me segurava para não jogá-la por cima do ombro e sair daquele prédio. Não queria aparecer nos noticiários no dia seguinte parecendo um homem das cavernas. Não seria bom para a empresa, nem para mim. Mas ela estava dificultando tanto que precisei ficar abrindo e fechando as mãos para me impedir de enrolá-las no pescoço do Messina. Deus, o sorriso dela era tão lindo… e ela estava sorrindo para outro. — Depois daquele dia, prometi a mim mesmo nunca mais tentar uma loucura dessas. Imagine tentar pilotar um helicóptero quando nunca sequer encostou num antes. Quase perdi minha vida. — disse ele, e Aurora riu novamente. — Ainda bem que sobreviveu. Espero que tenha aprendido
AURORA SUMMER— De jeito nenhum, você não vai sair com esse vestido. Você está linda pra caralho. Vou matar alguém. — disse Douglas assim que me viu, mas minha única resposta foi sacudir o cabelo e andar mais majestosamente. — Não, não, troque o vestido, droga. Mesmo se você usasse um saco, ainda estaria linda. O que eu fiz para merecer tal tormento? Imagine como seria bom ir com você nesse jantar como minha namorada. Todos os homens ficariam longe. Agora eu não posso fazer isso. Eu odeio isso, eu odeio isso, eu odeio isso. — Douglas reclamou como uma criança.— Bem, você não tem escolha a não ser me levar com você. — respondi, dando de ombros. Ele apenas me olhou como se quisesse me acorrentar em um quarto para sempre. Não duvido que o pensamento passasse em sua cabeça...— Existe alguma maneira de você parecer menos bonita? — perguntou ele, e eu ri. Esse homem tinha mesmo jeito com as palavras.— Não sei, será que existe? — perguntei, caminhando até ele, passando lentamente a mão pe
AURORA SUMMER — Senhor, esta é sua programação e tudo o que o senhor fará na Suíça. A primeira noite será um jantar de apresentação e haverá um passeio para todas as pessoas que quiserem conhecer a Suíça. O senhor também sairá para discutir…— Nossa, você pode parar logo? — disse Douglas, e eu o encarei, confusa. Estávamos no avião a caminho da Suíça.— Hum, desculpe, senhor, eu fiz algo errado? — perguntei.— Sim. Primeiro você está me chamando de senhor. E segundo, você não pode apenas relaxar? Pode me contar tudo isso quando chegarmos à Suíça. — disse ele.— Mas senhor, estou apenas fazendo meu trabalho. Não vou para a Suíça como sua namorada, mas como sua secretária, e não quero misturar prazer com trabalho. — Ele rapidamente se virou para me olhar, seus olhos examinando os meus.— O que isso quer dizer? — perguntou ele.— Significa que o senhor é meu chefe até voltarmos. — eu disse, e por um minuto inteiro sua boca ficou aberta, incapaz de falar.— Senhorita Summer, deixe-me ver
AURORA SUMMER Fiquei deitada na cama, satisfeita, enquanto Douglas brincava com meu cabelo e eu passava os dedos pelo seu peito.— Haverá uma conferência na semana que vem — comentei, e ele olhou para mim.— Você acha que eu quero ficar falando sobre alguma conferência quando você está deitada ao meu lado?— É só que eu quero saber se vou com você — falei.Essa conferência seria realizada na Suíça e duraria duas semanas. Eu precisava saber se iria com ele.— O que você acha? Que eu te deixaria aqui para ir a uma conferência de duas semanas sem você? De jeito nenhum, você vem comigo. — disse ele, me puxando para mais perto e me abraçando com força. Inspirei fundo, aproveitando o cheiro dele.Logo adormecemos. Já era madrugada, e meu corpo estava exausto e dolorido depois de tudo o que tínhamos feito.Quando acordei na manhã seguinte, Douglas ainda dormia profundamente ao meu lado. Levantei-me com cuidado, peguei a camisa dele que estava jogada no chão, vesti-a e fui para a cozinha.Eu
Último capítulo