Elora, marcada por cicatrizes do passado e detentora de um poder há muito adormecido, carrega segredos que podem mudar seu destino. Dorian, o dominador Rei Lycan, inspira temor e desejo a cada passo, fazendo com que até as sombras se curvem diante de sua presença. Quando seus caminhos colidem, uma faísca proibida rasga a noite — desejo e raiva se entrelaçam em uma tensão tão intensa que até o próprio destino parece tremer. As forças sinistras cercam Elora, sedentas pelo poder oculto que ela carrega. Ainda assim, ela sente-se irresistivelmente atraída por Dorian — o homem capaz tanto de salvá-la quanto de arrastá-la para a perdição. Em meio às trevas e encantamentos de um reino ancestral, cada encontro entre Elora e Dorian sussurra segredos e emoções arrebatadoras, tornando o desfecho tão sedutor quanto imprevisível.
Ler maisPonto de vista: EloraAs palavras de Velora ainda queimavam em minha mente, como brasas deixadas para trás após uma fogueira ancestral. A imagem de seu rosto — sereno e triste — me acompanhou mesmo depois de despertar, e embora estivesse em um quarto sombrio no castelo de Vo’korr, eu sentia que parte de mim ainda flutuava entre mundos.Darian estava de pé perto da janela, os olhos cinzentos cravados na noite escura. A luz da lua fazia com que sua pele parecesse esculpida em prata. Quando me mexi sobre os lençóis, ele se virou, atento.— Você estava inquieta. — Ele se aproximou, sentando-se à beira da cama. — Teve algum sonho?— Sim — murmurei, a voz ainda trêmula. — Foi há uma semana, logo após nossa primeira vez, antes da batalha.Darian franziu o cenho, sem dizer nada.— Ela me mostrou algo — continuei. — Um passado esquecido. Um amor antigo. Uma linhagem dividida entre luz e sombras. Você... Darian, você é como ele. O rei que ela amou. O rei sombrio.Ele não reagiu de imediato. Mas
A alvorada mal havia tocado o céu quando Kaela e Liliane se alinharam à frente de suas matilhas. O campo à frente da fortaleza de Darian já começava a se encher de névoa e tensão. Kaela, com o olhar fixo no horizonte, sentia a adrenalina correr em suas veias — não era lealdade à Liliane que a movia, mas a chance de tomar o poder de Darian para si. Ela sabia que algo nele o tornava especial, e se pudesse absorver aquele poder, talvez tivesse uma chance real de derrotar o inimigo que a assombrava há gerações.Liliane, por sua vez, se enchia de fúria e mágoa. Ela acreditava piamente que Elora havia matado seu filho Cedric por puro ódio, por vingança. A traição de Cedric não justificava, aos olhos de Liliane, a sentença cruel que a bruxa havia selado. E agora, ela viera cobrar esse preço — com a vida de Darian.As duas se transformaram junto de seus guerreiros, corpos se estendendo, peles se rasgando, ossos realinhando-se até que os lobos se ergueram. Liliane, apesar da fraqueza de seu lo
Ponto de vista: EloraO sono me alcançou como uma onda morna, mas algo nele era diferente. Não havia paz, nem esquecimento. Havia chamado.Fui sugada para um lugar onde o tempo não existia — uma clareira banhada por uma luz pálida, prateada, como luar sobre neve. As árvores eram negras e retorcidas, mas o ar não era hostil. Era... sagrado.E então, ela surgiu.Velora.Alta, esguia, com cabelos longos como seda negra e olhos que brilhavam como estrelas opacas. Seu rosto era meu reflexo mais maduro, mais sofrido, mas cheio de uma força indestrutível. Uma aura a envolvia — feita de poder antigo e tristeza eterna.— Finalmente — sua voz era como vento entre folhas. — Você está pronta para ouvir o que ninguém mais pode lhe contar.Eu queria falar, mas minha garganta estava travada. Eu só conseguia escutá-la, absorver cada palavra como se fossem raízes cravando fundo em mim.— Nós sempre fomos caçadas, Elora. Cada filha que carrega meu sangue nasceu marcada. Com poder demais... ou amor dema
Darian: Um sorriso triunfante surgiu em meus lábios ao ouvir seu gemido de prazer, e um rosnado baixo escapou de minha garganta ao sentir suas paredes apertadas envolverem meu membro. Seu corpo inteiro estremeceu sob o meu, e eu pude sentir cada curva e contorno do seu corpo pressionado ao meu.— Isso, Elora — suspirei, os dedos traçando as curvas do seu corpo. — Você é minha, por completo.Meus quadris se moviam em um ritmo constante, entrando e saindo do seu corpo em um ritmo intenso. Senti seu corpo inteiro se contorcer de prazer, seus lábios entreabertos em um convite silencioso.Suspirei, os dedos subindo para seus cabelos. — E eu vou te mostrar o quanto posso te fazer minha.Me inclinei para frente, meus lábios capturando os seus em um beijo intenso e cheio de paixão. Minha língua invadiu sua boca, explorando cada canto, reivindicando seu gosto. Senti você se derreter em meus braços, seus lábios se movendo contra os meus em um beijo cheio de desejo e luxúria.Meus dedos desceram
Ponto de Vista: EloraO mundo à nossa volta parecia ter sumido. Só existia ele.Darian me puxou pela cintura, com uma firmeza calculada, seus olhos cinzentos faiscando sob a luz pálida das tochas. Sua respiração era um sopro quente contra minha pele, carregada de um desejo que ele já não se esforçava para esconder.Sem dizer nada, ele me ergueu no colo, como se eu não pesasse mais que uma pena, e começou a caminhar pela fortaleza. Os guardas desviavam os olhos, tensos, como se sentissem o ar se contorcer ao nosso redor — carregado demais, proibido demais.Eu enterrei o rosto em seu pescoço, sentindo o cheiro de terra molhada, fumaça e algo selvagem. Algo só dele. Meu coração batia acelerado, não de medo… mas da entrega que se aproximava.Ao chegarmos aos corredores dos aposentos reais, Darian empurrou a porta do quarto com o ombro, sem nunca me soltar. O quarto era feito de pedra escura, peles grossas cobrindo o chão, e um fogo ardia baixo na lareira.Ele me colocou de pé no centro, m
Ponto de Vista: de Elora O calor do olhar de Darian ainda queimava sobre minha pele quando um movimento brusco no bosque chamou nossa atenção. Era Ragnar, o Beta de Darian, surgindo das sombras com a expressão carregada de tensão. — Meu rei. — Ragnar inclinou a cabeça respeitosamente, mas seus olhos estavam cravados em Darian com urgência. — Preciso falar com você. Em particular. Darian nem se moveu. Seus olhos dourados ainda estavam presos em mim, como se Ragnar fosse nada mais que um ruído distante. — Agora. — Ragnar insistiu, a voz baixa, quase uma advertência. Darian soltou um suspiro pesado, os músculos do maxilar se contraindo. Sem tirar os olhos dos meus, ele disse: — Fale. Ragnar hesitou por um momento antes de soltar a verdade: — Você está se expondo, meu rei. Ela é... mais do que parece. Existe magia antiga nela. E quanto mais você se aproxima, mais vulnerável fica. — Eu não me importo. — Darian rosnou, sua voz rouca, cheia de algo primal. Ragnar fr
Ponto de vista de Elora: A presença dele era uma muralha de calor atrás de mim. Cada vez que Dorian se aproximava, meu corpo reagia antes que eu pudesse ordenar o contrário. Era irracional, selvagem... perigoso. (Pensamento meu) "Ele é uma tempestade. E eu estou cansada de fugir da chuva." — Concentre-se, Elora. — a voz de Lilith soou, puxando-me de volta para o presente. — Você precisa aprender a chamar seu poder. Sentir o que corre em suas veias. Eu respirei fundo, afastando — ou tentando afastar — a imagem de Darian da minha cabeça. Lilith se movia com a graça de uma predadora, os olhos dourados brilhando sob a luz filtrada pelas árvores. Ela era um lembrete vivo do que eu poderia me tornar: poderosa, indomável. — As filhas de Velora não pedem permissão à magia. — disse ela, aproximando-se. — Elas a tomam. Senti Dorian se mover mais perto, como se seus próprios instintos se rebelassem contra a distância que Lilith tentava impor entre nós. Era como se ele me cercasse sem toc
Ponto de Vista: Elora A tensão no ar estava tão espessa que eu mal conseguia respirar. Dorian estava perto demais, e ao mesmo tempo, sua presença era inescapável. Cada movimento dele parecia intencional, desenhado para me desestabilizar, e estava funcionando. Quando Lilith se afastou, seus passos se perderam rapidamente no eco do pátio de treinamento. Aquele breve instante de liberdade foi curto demais, pois Dorian, com sua postura imponente, se aproximou ainda mais. A distância entre nós sumia com cada passo que ele dava, até que eu senti o calor de seu corpo quase colado ao meu. Ele parou bem na minha frente, tão próximo que não podia mais ignorar o calor da sua pele, nem o peso de seus olhos sobre mim. O silêncio entre nós era carregado de algo visceral, algo que eu não sabia identificar, mas que estava me consumindo. O ar parecia mais denso, a cada segundo que ele ficava ali, observando cada respiração minha. — Elora... — a voz dele era um sussurro rouco, carregado de autorid
Ponto de Vista: KaelaA brisa da manhã carregava o cheiro amargo da matilha de Liliane. Um grupo desorganizado, quebrado pela dor e pela fraqueza. Uma vergonha para o sangue que carregavam. Ainda assim, pedaços podiam ser aproveitados. Um lobo faminto é fácil de domar com promessas e medo.Liliane caminhava à minha frente, o corpo tenso, mas a esperança brilhando nos olhos cansados. Pobre mulher. Ainda acreditava que havia uma aliança entre nós. Ainda pensava que eu moveria céus e terras para ajudá-la a se vingar de Elora.(Pensamento de Kaela)"Se ao menos soubesse que, no fundo, eu até simpatizo mais com Elora do que com ela... Cedric era um porco infiel. Nunca valorizou o que tinha. Elora fez o que qualquer fêmea poderosa faria: sobreviveu."Mas simpatia era irrelevante. Eu não estava aqui para julgamentos morais. Eu estava aqui para poder.— Está pronta? — perguntei, olhando para Liliane como quem observa um inseto interessante.Ela assentiu, o rosto endurecido pela sede de vingan