Capítulo 8 A Mãe De Luto

Ponto de Vista: Liliane

O frio entranhava-se nos meus ossos, mais profundo do que qualquer inverno que já vivi. Nenhuma lareira, nenhuma prece aos antigos, nenhum consolo sussurrado por criados poderia abrandar o que agora me corroía: a ausência.

Cedric.

Meu filho.

Meu orgulho.

Minha ruína.

As chamas da lareira crepitavam diante de mim, mas não havia calor nelas, apenas a lembrança cruel do que foi perdido. O calor dele. O riso rouco. O brilho de vida selvagem nos olhos dourados. Tudo agora reduzido a cinzas na memória.

Agarrei o cálice de vinho com força, meus dedos pálidos quase estalando sob a pressão. O líquido espesso tingia o cristal como sangue recém-derramado. Sorvi-o lentamente, saboreando a metáfora. Era um bom presságio. Prometia morte.

Um rangido suave anunciou a presença de alguém. Sem me virar, senti a hesitação pairando no ar.

— Senhora Liliane... — sussurrou uma criada, quase invisível à entrada do salão.

A raiva, viva e cortante, ergueu-se como uma fera dentro de mim.
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