Os dias seguintes passaram como uma sucessão de sombras. Cada um mais opressor do que o anterior. Elora, uma prisioneira sem nome, era forçada a servir os nobres e soldados de Vo'korr, os quais viandavam pelos corredores do castelo como monstros em busca de diversão macabra. Seu corpo estava exausto, mas sua mente ainda queimava com a necessidade de resistência. Os guardas não lhe davam descanso, e os outros prisioneiros a olhavam com desconfiança — como se a beleza quebrada de Elora fosse um símbolo de algo que eles já haviam perdido.Era um ciclo sem fim: limpar, servir, ajoelhar. Os soldados riam dela, e cada olhar, cada palavra, parecia uma lâmina afiada em sua pele.Mas em meio a tudo isso, algo começou a mudar.Um dia, enquanto limpava o salão principal após mais uma festa que terminara em sangue, Elora encontrou uma figura que se destacava entre os outros. Não era uma mulher jovem nem bonita, mas havia algo em sua postura que chamou sua atenção. Uma escrava, como ela, mas com u
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