A caminho da igreja, no dia que seria o mais feliz da sua vida, Bia é sequestrada e levada na presença de um homem rico, poderoso, mas especialmente sedutor. Bea é seduzida pelo misterioso sequestrador e logo em seguida descartada como forma de punição. Depois disso, sua vida vira pelo avesso, não consegue reatar o noivado, pois a culpa de ter-se entregado para outro por vontade própria, lhe consome. Mas muitas coisas o destino ainda lhe reservava. Aquele estranho sedutor ainda lhe surpreenderia, movido pela sede de vingança. Sentimento esse que ela desconhecia, pois na sua visão, não se lembrava de tê-lo visto antes, até que o amor surge e com ele muitos obstáculos para conquistar o coração ferido do príncipe do Café, um dos homens mais ricos do país, que possivelmente lhe deixou uma sementinha naquela noite inesquecível.
Leer másE foi isso o que aconteceu. Eu relutei muito para não ter que voltar. Estava eu e minha amiga, numa sorveteria à beira mar, na orla carioca. — Não sei o que está acontecendo, Nicole! Vou acabar tendo que aceitar a proposta de trabalho naquele lugar, com aquele homem inescrupuloso! Nicole estava tensa, sem saber o que me dizer, diante da situação inusitada. — Minha amiga, nem sei o que te dizer. Sei o quanto é difícil para você ficar sem trabalho! Eu também moro sozinha e é uma luta constante! Se ao menos tivesse se casado com o Daniel! — İsso está fora de cogitação, Nicole! — Mas ele é capaz de te perdoar, Bea. Você precisa se colocar no lugar de vítima dessa história! — Eu não sou vítima, Nicole. Eu quis, eu deixei, ele não me obrigou a nada! Eu devia ter me guardado para o Daniel, estava combinado! Minhas mãos desalinharam meus cabelos, nervosamente. — Amiga, eu penso nele todas as noites, todos os dias, eu o desejo, dá pra acreditar nisso? Nicole ficou inquieta.
Desliguei o telefone, pulando de alegria. Finalmente consegui um emprego, depois de tantas tentativas. Nicole veio jantar comigo em casa e conversamos a esse respeito. — İncrível, Bea! Um emprego numa multinacional, mesmo sem ter experiência! É muita sorte! Fiquei intrigada, matutando. — Amiga, pior que não me lembrava de ter enviado um círculo para esta empresa. É uma exportadora de café. Já pesquisei tudo a respeito dela. — Sério! Eu estava eufórica! — Ela tem sede em Minas Gerais, o Ceo é chamado de Príncipe do Café! Menina, estou ansiosa para começar logo! Eles precisam pra já! Chegou o momento em que eu esperava. Achei que não iria conhecer o todo poderoso tão logo, mas veio uma moça simpática e anunciou: — Senhorita Beatriz Gomes? — Perfeitamente!— Me levantei sorridente. — O senhor Ruan Medeiros vai atendê-la. Respirei fundo ansiosa, ouvi o nome Ruan, achei familiar, mas o nervosismo não me deixava pensar direi
O homem moreno e magro, de meia idade, tentou sorrir para tornar aquele assunto menos doloroso. — O senhor não se parece nada com aquele menino que ela conheceu na infância. Era desajeitado, comia tudo o que via pela frente, e não gostava de pentear os cabelos! Ruan suspirou com tristeza. — Eu a beijei e ela cuspiu na minha cara! Disse que me odiava e que eu era nojento! José meneou a cabeça repetidas vezes, sorrindo. — Ela era só uma menina! Contou para a mãe e saíram às pressas, na calada da noite! Ruan ficou pensativo, olhando pela janela, enquanto o carro se afastava rumo a sua casa, longe dali. — Tem certeza que quer voltar para casa de Minas Gerais, senhor? Não seria melhor ficar aqui no Rio mesmo? O senhor tem negócios aqui e… Depois de respirar fundo guardando sua dor, Ruan respondeu: — Eu já fiz o que precisava por aqui, José, me leve para casa, tenho muito trabalho a fazer. O carro pegou a estrada e levou para lo
Quando ele finalmente me penetrou, eu senti que nunca mais conseguiria retomar meu casamento, não encontraria o caminho de volta, não subiria jamais o altar com Daniel. Era um caminho sem volta, a Beatriz de antes não voltaria mais, eu não poderia mais ser a noiva que se guardou para o casamento. Uma lágrimas escorreu pela minha face, enquanto o meu corpo estava feliz, querendo desesperadamente continuar com aquilo. Mas ele era um estranho! Eu gritava isso para mim, no meu eu, tentando acordar, reagir, mais o prazer me sucumbiu e me deixei levar por aquele estranho misterioso e sedutor. O meu corpo ficou satisfeito, mesmo que tivesse sentido dor, o prazer superou qualquer incômodo. — Eu sou louca!— começava a recuperar a consciência. Ele se afastou lentamente, se desprendendo do meu corpo e eu senti um medo inexplicável. Como se estivesse entendendo finalmente a gravidade da situação. Eu ia me casar virgem. Fui sequestrada, mas não abusada, eu diria que fui seduzida! Ele fi
Ele virou-se e veio caminhando em minha direção. Não usava mais a gravata, nem o paletó. O mais intrigante, é que ele não parecia um criminoso, nem um estranho ameacador. Havia algo nele... um magnetismo difícil de explicar. Confundia meus pensamentos. Daniel, meu noivo, era tranquilo, nunca me forçou a nada, por isso apressou o casamento. Por eu não me sentir preparada para me entregar a ele, apesar de namorarmos havia dois anos. Eu já tinha dezenove anos, devia ser bem experiente, mas antes de morrer, minha mãe ficou alguns anos doente e eu não tirava minha atenção para outra coisa, senão cuidar dela. — O que você quer?— perguntei, tentando manter a voz firme. — Quero você!— ele disse isso e me encostou na parede, segurando meu rosto com ambas as mãos, num gesto dominador, ou seria ... sedutor? Senti meu coração acelerar. Ofegante, tentei me esquivar, arqueando meu corpo. — Se afaste, eu estou noiva!– murmurei, mais para mim, do que para ele. — E está fugindo do se
Esse deveria ser o dia mais feliz da minha vida. Eu estava a caminho da igreja, numa limousine, segurando meu buquê de rosas brancas. Mas quis o destino que algo terrível acontecesse. Dois carros pretos se colocaram no caminho, impedindo que continuássemos o nosso trajeto. Quatro homens de preto desceram rapidamente. A cena era assustada. Um deles me arrancou do carro, puxando-me pelo braço, enquanto eu me debatia sem entender direito o que acontecia. Em questão de segundos, me vi sentada em outro carro, entre dois homens que me seguravam à força. Tentei escapar dali de qualquer jeito, mas um deles pressionou um lenço contra meu rosto, e o cheiro forte me fez perder os sentidos. Acordei num quarto desconhecido. O som do mar entrava suavemente pela sacada. Antes que eu conseguisse entender o que se passava, a porta se abriu, e dois homens sisudos entraram e me arrastaram dali, mesmo eu gritando por socorro. Fui jogada dentro de uma sala, sem nenhuma delicadeza. Eu já estava de
Último capítulo