Entre o Desejo do Médico e o Poder do CEO

Entre o Desejo do Médico e o Poder do CEOPT

Romance
Última atualização: 2025-11-18
Maya Durand  Atualizado agora
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Índice

Sete anos. Foi esse o tempo que Camille Morgan levou para reconstruir sua vida, ou, pelo menos, para fingir que conseguiu. Ela acreditava ter enterrado o passado até o dia em que ouviu, por acaso, o nome que mais temia: Adam Bennett. O homem que ela amou profundamente… mas se perderam. Quando seus olhares se cruzam novamente, o tempo parece parar. As lembranças voltam com força, os sentimentos esquecidos despertam, e o orgulho, o mesmo que os separou, ainda é o maior obstáculo entre eles. Camille e Adam foram vítimas do que não foi dito, das meias verdades e da imaturidade. Mas agora são adultos e o reencontro traz consigo a chance de finalmente descobrir o que realmente os separou. Entre o orgulho e o perdão, entre o passado e o presente, eles terão que escolher: reviver a dor ou se permitir amar outra vez.

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Capítulo 1

Capítulo 1 - O nome que ela nunca esqueceu

Fazia sete anos desde que Camille Morgan ouvira aquele nome. Adam Bennett. O som escapou entre as conversas de um café cheio, abafado pelo ruído das máquinas de espresso, mas bastou uma vez para o tempo parar. O tilintar das xícaras, o cheiro de café fresco, as vozes em volta, tudo se apagou por um instante. O corpo reagiu antes da mente. Um arrepio atravessou-lhe a pele, o coração perdeu o ritmo. Havia nomes que não se esquecem, apenas adormecem, à espera do momento certo para despertar.

E aquele, sem dúvida, era o nome capaz de despertar tudo. Camille ergueu o olhar. As portas de vidro se abriram, e um grupo de homens entrou conversando baixo, todos de terno escuro, pastas em mãos, postura de quem acabava de sair de uma reunião importante. E lá estava ele. Ela o reconheceu no mesmo instante, seria impossível não reconhecer. Mesmo à distância, no meio do grupo, entre gestos contidos e risos educados, era ele. Adam Bennett.

Mas, por um momento, o reconhecimento veio acompanhado de descrença. Porque o homem diante dela já não parecia o mesmo. O Adam que Camille guardava na memória tinha o olhar quente e o riso fácil, as mangas dobradas e as mãos marcadas pelo trabalho. O Adam que estava ali era outro. Altivo. Seguro. O corte de cabelo mais sóbrio, o terno perfeitamente alinhado, o relógio caro que reluzia discretamente no pulso. Ele caminhava com naturalidade, a presença dominando o espaço, um homem que não pedia lugar, ocupava. Conversava com os colegas de modo leve, mas havia uma autoridade silenciosa no modo como os outros o seguiam.

Camille não conseguia tirar os olhos dele. Era como observar uma versão reinventada de uma lembrança. O mesmo homem e, ao mesmo tempo, um completo estranho. Seu peito apertou com uma mistura de orgulho, surpresa e dor. Orgulho, por vê-lo bem. Surpresa, porque o tempo havia sido generoso com ele. E dor… por todas as magoas que guardava dele. Ela tentou voltar ao livro aberto diante dela, mas as palavras já não faziam sentido. O ar do café parecia diferente, mais pesado.

Ele ainda não a tinha visto. Falava com um dos homens do grupo, um leve sorriso curvando-lhe os lábios, aquele sorriso que um dia a fez esquecer o mundo. Camille desviou o olhar, tentando recuperar o controle, mas o som da voz dele a alcançou como uma lembrança viva. Grave, firme, amadurecida. O mesmo timbre, agora revestido de calma e autoridade. E então, inevitavelmente, ele a viu.

O movimento foi discreto, quase imperceptível. Mas, no instante em que os olhares se cruzaram, Camille soube que ele a reconhecera também. O sorriso dele se desfez, os músculos do rosto se contraíram levemente. Por um segundo, pareceu vacilar, só um segundo. Depois, recompôs-se. O coração dela disparou, e ela se odiou por isso. Sete anos, e ainda era assim. Aquele olhar tinha o poder de desfazer tudo o que ela construiu.

Adam murmurou algo aos colegas, que assentiram e se afastaram em direção a uma mesa mais ao fundo. Ele ficou para trás. Parado por um instante, como se pesasse a decisão entre se aproximar ou não. Camille abaixou o olhar para a xícara, fingindo distração. Mas quando o viu se mover, o coração pareceu esquecer como bater. Cada passo dele soava como um eco do passado. E, quando parou diante dela, o mundo pareceu se calar.

— Camille... a voz dele saiu grave, controlada, mas havia algo, um traço sutil de surpresa, talvez emoção, escondido nas entrelinhas.

Ela levantou os olhos. E o tempo, de novo, voltou. Mas o que viu ali não era o rapaz que conheceu. Era o homem que o tempo construiu sobre as ruínas do que viveram.

— Adam, respondeu apenas, num tom firme que custou a sustentar.

O silêncio que se formou foi cruel. Entre eles, havia mais do que lembranças. Havia o que o orgulho impediu de ser dito. Havia o que o tempo não conseguiu apagar. Camille quebrou o silêncio, forçando leveza.

— Mas que… surpresa.

Ele sorriu de um jeito discreto, quase educado demais.

— O destino tem um senso de humor complicado.

Ela percebeu: o sorriso não chegou aos olhos. Por baixo daquela fachada tranquila, havia uma reserva, talvez mágoa. O tipo de calma que só quem sangrou em silêncio aprende a fingir.

— Está morando aqui? Ele perguntou, a voz firme, impessoal.

—  Sim. Respondeu, sem baixar a guarda. E você?

— Negócios. Disse, seco.

Camille assentiu devagar, admirando-o em segredo. O tom frio não apagava o magnetismo. Ele exalava presença, uma autoconfiança quase perigosa e isso a desarmava ainda mais.

— Imagino que a vida tenha sido boa pra você. Arriscou, tentando soar indiferente.

Adam desviou o olhar para o balcão.

— Tenho tentado fazer o melhor dela. 

Simples. Sem emoção. Mas o modo como ele apertou os punhos dizia outra coisa. O silêncio seguinte foi denso, como se ambos caminhassem sobre vidro. Cada palavra contida, cada lembrança engolida, pesava entre eles. Camille foi a primeira a se mexer. Pegou a bolsa, ajeitou o vestido e esboçou um sorriso contido.

— Bem, foi bom te ver.

Ele hesitou um instante. Depois, apenas assentiu.

— Igualmente.

Mas, quando ela virou as costas, o olhar dele a acompanhou em silêncio. E, por trás daquela serenidade, algo se moveu, uma lembrança antiga, incômoda, que o tempo não conseguiu apagar. Camille saiu do café com o coração acelerado. Andou alguns passos sem olhar para trás, mas o pensamento ficou. Ele estava diferente, mais forte, mais distante, mais homem. E talvez fosse isso que doía: perceber que o tempo o fez tão bem, enquanto ela ainda tentava se curar.

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Capítulo 1 - O nome que ela nunca esqueceu
Capítulo 2 - O silêncio depois do reencontro
Capítulo 3 - Lembranças do Passado
Capítulo 4 - Como tudo começou
Capítulo 5 - As Sombras Retornam
Capítulo 6 - O Dia em Que Eles Se Perderam
Capítulo 7 - Desencontros
Capítulo 8 - Adam
Capítulo 9 - Cinco Minutos
Capítulo 10 - Bennett Solutions
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