Carol e Fernando vivem um casamento feliz, jovens e apaixonados, veem o casamento desmoronar quando viajam para outra cidade. Carol descobre que está sendo traída pelo seu marido, ela vai embora e pede um divórcio litigioso. Quatro anos depois, Fernando descobre que sua ex esposa teve um filho, e nunca lhe comunicou dessa paternidade. Um romance cheio de drama e paixão.
Ler mais- Nosso casamento também terá altos e baixos, meu amor. Mas o que sentimos um pelo outro é inexplicavel. Não vamos deixar com que a rotina esfrie o que sentimos um pelo outro. Vamos superar cada obstaculo.
Essa foi uma das frases dos votos do meu marido no nosso casamento. Eu acreditei piamente em cada palavra dos seus votos. Eu sabia que enfrentariamos dificuldades, mas nunca imaginei que seria no nosso terceiro ano de casamento.Há um mês atrás, o Fernando me comunicou que nos mudariamos temporariamente de São Paulo, para Minas Gerais. Inicialmente, eu não achei a ideia tão ruim, apesar de ter me pego de surpresa, achei que a mudança de ares não pudesse ser de todo mal, hoje sinto como se eu estivesse prestes a assinar os papéis do nosso divórcio.É certo que todo casamento tem seus altos e baixos, com o meu não seria diferente. Eu só tenho 25 anos e conheci o Fernando quando tinha 20, há cinco anos atrás, no aniversário de um amigo que temos em comum. Ele chegou em mim naquela noite dizendo que ficou enfeitiçado pela minha beleza, que não conseguia parar de olhar para mim. Eu já havia tomado algumas taças de vinho então nem repreendi seu comportamento. O Fernando sempre foi um homem muito bonito, e naquela noite em especial, sua presença e masculinidade estavam mesmo chamando a atenção, eu seria boba se não tivesse notado. Passamos a noite inteira conversando e no final, dei um beijo carinhoso em sua bochecha. Não dei meu número de telefone a ele, apesar de sua insistência, mas eu sempre fui uma pessoa de valores e mesmo que estivesse encantada pelo Fernando, eu não sairia dando meu telefone para qualquer um, afinal, ele era um estranho. No dia seguinte, voltamos a nos encontrar por coincidência, tinhamos alguns amigos em comum e como ele morava em Minas Gerais, nunca tinhamos nos visto antes, mas como ele estava em São Paulo naquele período, acabamos nos conhecendo. Não demorou muito para que ele se mudasse definitivamente para São Paulo.Começamos a sair juntos, ele me levou para conhecer inúmeros lugares, já que eu havia vindo cedo para trabalhar em São Paulo e minha família era do interior. Em pouco temos nós começamos a namorar, eu estava muito apaixonada pela maneira que ele me tratava, como cuidava de mim e com 9 meses de namoro, ele me pediu em casamento quando fomos viajar para o interior para que ele conhecesse minha família. Minha mãe gostou instantaneamente do Fernando, ele era muito educado e respeitoso e isso conquistou a confiança deles. Um ano e alguns meses depois, nos casamos. A família dele nunca se demonstrou descontente com ele ter casado com alguém que não fosse da mesma classe social que eles, pelo contrário, a dona Irene, mãe do meu marido, era uma pessoa maravilhosa, sempre foi muito carinhosa comigo. O Fernando vinha de uma família abastada. Minha família nunca deixou que faltasse nada para mim, mas eu sabia que passavamos dificuldades e só ganhavamos o suficiente para comer e pagar as contas, por isso quando passei em uma faculdade de São Paulo, eu agarrei essa oportunidade com unhas e dentes e vim sozinha mesmo. Recebi muito apoio da minha família, quando fui para a capital. E foi isso que me impulsionou diariamente. eu sempre fui apaixonada por moda. Apesar de ser magra, não tinha altura suficiente para as passarelas, mas confesso que nunca me vi desfilando, eu preferia desenhar e costurar roupas. Quando terminei a faculdade de moda, criei um ateliê próprio na avenida paulista e foi um sucesso, eu sabia que grande parte desse sucesso poderia ser atribuída a ser casada com um homem de família influente em são Paulo, mas não posso negar que eu dedicava muito esforço em cada peça. O sobrenome do meu marido ajudava, mas meu esforço e trabalho bem feito era crucial.O Alonso tinha morrido. Afogado no próprio amor doentio que sentia pela Cíntia. Ou melhor, queimado. O fim que ele havia planejado para ela, por ter se envolvido com o Henrique, era perturbador demais até para ser imaginado. Mas foi ele quem ardeu — consumido pelas próprias obsessões.Agora, eu olhava para a minha vida e me perguntava: até que ponto eu era diferente dele? O quanto as minhas atitudes não refletiam a mesma loucura disfarçada de amor? Alonso amou demais. E eu? Talvez tenha amado errado demais.Me envolvi com o Fernando. Desde sempre, fui loucamente apaixonada por ele. Mas então ele conheceu a Carol. E ela se tornou tudo. O riso fácil. A paz. O futuro. E eu? Eu continuei sendo o nada.Foi aí que o estrago começou. Comecei a querer ferir tudo e todos. Já que o Fernando não me queria, decidi me aproximar do Alonso. Me envolvi com ele como quem escolhe uma arma. Queria atingir quem estivesse ao redor. Queria ferir a Cíntia — a esposa do Alonso, prima do Fernando, aquela que
Epílogo O som das ondas quebrando suavemente na praia era a trilha sonora perfeita para aquele momento. O sol brilhava alto, aquecendo a areia, e as crianças estavam em um frenesi, correndo pela praia, construindo castelos e se molhando nas beiradas da água. O cenário parecia um sonho, e eu não conseguia deixar de me sentir grata por tudo que vivemos até ali. Eu e Henrique estávamos naquelas espreguiçadeiras, assistindo à diversão dos pequenos enquanto conversávamos. Nosso filho, já com quase dois anos, estava na sombra, ao lado de Sofia, filha de Ana e Felipe, que estava fazendo quatro anos. Os dois estavam brincando com blocos de areia e rindo como se o mundo ao redor não existisse. Pedro, filho de Carol e Fernando, com seus quase 9 anos, também se divertia ao lado deles, tentando ensinar o bebê a correr atrás das bolhas que ele fazia com uma pistola de sabão. A visão me emocionava. Eu me vi pensando em como nossa história tinha mudado tão radicalmente em tão pouco tempo. H
O som insistente do despertador me tirou do sono profundo, e eu precisei de alguns segundos para me situar. O peso da barriga já era algo que eu havia me acostumado, mas algumas manhãs eram mais difíceis que outras. Ao meu lado, Henrique dormia tranquilamente, o peito subindo e descendo em um ritmo sereno. Meu olhar se demorou nele por um instante. Eu ainda me perguntava como tive a sorte de tê-lo ao meu lado. O amor que ele demonstrava por mim – por nós – era algo que eu nunca tinha vivido antes. Com cuidado, me levantei e segui para o banheiro. O reflexo no espelho mostrava minha barriga já avançada, mas isso nunca me impediu de seguir com minha rotina. Meu trabalho na construtora era importante para mim, e eu nunca cogitei parar. Arquitetura sempre foi minha paixão, e meu pai me incentivava a continuar na ativa enquanto me sentisse bem. Henrique acordou quando voltei para o quarto, esfregando os olhos e me observando com um sorriso preguiçoso. — Bom dia, amor. Dormiu bem?
Carol estava claramente em pânico, e, para ser sincera, eu também estava. Foi algo que nos pegou completamente de surpresa, um daqueles momentos em que a vida simplesmente vira de cabeça para baixo sem aviso. Mas, ao contrário dela, eu enxergava a situação por um ângulo diferente. Um que ela ainda não conseguia ver no meio do choque. — Carol, essa é a chance do Fernando acompanhar toda a sua gravidez agora. — falei, tentando trazer um pouco de calma para a tempestade de emoções que estava se formando. Ela ergueu o olhar para mim, ainda atordoada, como se não tivesse pensado nisso até então. Carol e Fernando tinham uma história cheia de altos e baixos. Eles se divorciaram no passado, e, na tentativa de se afastar de tudo, ela escondeu por quase quatro anos o filho que tiveram juntos. Viajou para fora, recomeçou a vida, mas no fim voltou com Pedro já perto de completar quatro anos. E, apesar do tempo perdido e das mágoas, aquilo não foi suficiente para apagar o que sentiam um pelo
O silêncio no banheiro se tornou ensurdecedor. Meu coração começou a bater mais rápido, e uma sensação estranha subiu pelo meu peito, como se, de repente, eu não tivesse mais controle sobre meu próprio corpo. — Isso não faz sentido… — murmurei, mais para mim mesma do que para as outras. Ana arqueou uma sobrancelha. — Só tem um jeito de ter certeza. Carol bufou e cruzou os braços, ainda com o rosto pálido. — Isso é uma perda de tempo. Eu passei mal por causa daquela comida horrível, só isso. Ana não respondeu, apenas continuou olhando para nós duas com a paciência de quem já sabia a resposta. Minhas mãos estavam suadas. Não era possível. Quer dizer… não era impossível, mas… Minha mente começou a repassar os últimos meses, tentando fazer cálculos que, até então, eu nem tinha parado para pensar. A verdade era que minha vida tinha sido um turbilhão de emoções, de decisões inacabadas, de idas e vindas com Henrique. Eu não estava prestando atenção nos detalhes. E, de repente
Cíntia Meu coração ainda batia forte, como se quisesse sair do peito. Eu nunca imaginei que teria coragem de falar tudo aquilo para Henrique, de admitir, sem reservas, que o amava e que não queria mais fugir. Mas, agora que tinha dito, sentia uma paz estranha, como se tivesse tirado um peso que carreguei por tempo demais. Ele ainda segurava meu rosto, os olhos fixos em mim, como se estivesse memorizando cada detalhe, cada nuance da minha expressão. Henrique sempre foi intenso, sempre olhou para mim como se enxergasse algo que nem eu mesma conseguia ver. E, naquele momento, eu me permiti acreditar. — Então vamos tentar. — Minha voz saiu mais suave do que eu esperava, mas carregada de certeza. Henrique sorriu, aquele sorriso torto que sempre me desarmava, e me puxou para um beijo. Diferente dos outros, não havia pressa, nem urgência. Era um beijo que selava algo maior, uma promessa silenciosa de que dessa vez seria diferente. Quando nos afastamos, ele passou os dedos pelo me
Último capítulo