Mundo ficciónIniciar sesiónEle nasceu cercado de luxo, poder e expectativas… mas tudo o que realmente queria era fugir de tudo isso. Taylor Remington Miller é herdeiro de um império bilionário, filho da elite que governa o mundo dos negócios, das cifras astronômicas e das manchetes da Forbes. Mas, enquanto seus pais negociam bilhões, ele só quer negociar a paz. Seu lugar é no campo, entre cavalos, barro, cheiro de terra molhada e liberdade, bem longe dos ternos, dos contratos e dos holofotes. Porém, a vida, e sua avó, uma matriarca poderosa e manipuladora, tem outros planos. Gravemente doente, só que não, ela faz um último pedido impossível de ignorar: ver o neto amado… casado. E é assim que Taylor se vê arrastado para um acordo absurdo entre famílias, selado não por amor, mas por interesses. O detalhe? Sua futura esposa é simplesmente a personificação de tudo o que ele despreza. Lila Montgomery. Mimada. Arrogante. Acostumada ao luxo, às grifes de Paris e aos holofotes da alta sociedade. Uma mulher de salto agulha, bocas afiadas e zero paciência para cavalos, lama ou qualquer coisa que envolva poeira. Ela também não quer esse casamento. Aliás, ela quer tudo, menos ser esposa de um fazendeiro selvagem, mal-humorado e dono de uma beleza indecente. O problema? Nenhum dos dois tem escolha. E quando duas forças indomáveis são obrigadas a dividir o mesmo teto… o resultado é explosivo. Farpas, provocações, discussões hilárias, guerras declaradas e, no meio do caos, uma tensão tão insana, tão intensa, que nem eles serão capazes de controlar. O que começou com ódio e desprezo começa, lentamente, a se transformar em algo avassalador, intenso… e incontrolável. Prepare-se para se apaixonar por uma história onde o destino, às vezes, escolhe os caminhos mais improváveis para unir dois corações teimosos.
Leer más— UM CONTRATO DE CASAMENTO?— Lila arregalou os olhos, piscando várias vezes, esperando — sinceramente — que aquilo fosse algum tipo de pegadinha. — Não. Não, não e NÃO! VOCÊS SÓ PODEM ESTAR LOUCOS!
Cruzou os braços, levantou da cadeira da sala de jantar, bufando como uma leoa prestes a devorar qualquer um que respirasse perto demais.
— Isso é uma piada, certo? Me diz que é uma pegadinha, que tem uma câmera escondida em algum lugar… Cadê? Onde tá? — Ela começou a olhar pros cantos do cômodo, girando sobre os próprios pés. — Em que ano estamos?
— Lila… — a voz de sua mãe saiu polida, paciente, controlada… o que só significava uma coisa: ela estava a dois segundos de perder essa paciência. — Sente-se. Vamos conversar civilizadamente.
— Civilizadamente? — Arqueou as sobrancelhas, segurando a mão na cintura. — Vocês basicamente estão vendendo a própria filha e querem que eu aceite isso civilizadamente? Ah, claro… só se for com champanhe e canapé na mão!
— Ninguém está te vendendo, Lila. — O pai interveio, ajeitando os óculos no rosto. — É um contrato… um entendimento entre as famílias.
— Um entendimento?! — Ela deu uma gargalhada debochada. — Parabéns! Vocês acabaram de criar um contrato social digno do século XV. Sabe o que mais rolava no século XV? Queima de bruxa. E, sinceramente… eu prefiro a fogueira!
Do outro lado da mesa, seu irmão, Thomas, observava a cena com uma expressão de puro entretenimento. As mãos cruzadas atrás da cabeça, os pés apoiados na mesa, e o sorriso mais largo e debochado que ela já vira no rosto dele.
— Meu Deus… — Thomas deu uma gargalhada. — Isso tá melhor que N*****x.
Lila lançou um olhar mortal para ele.
— Você, cala essa boca antes que eu jogue essa jarra na sua cara, Thomas!
— Tenta. Vai ser divertido. — respondeu, mordendo o lábio inferior pra segurar mais uma gargalhada.
— Pelo amor de Deus… — A mãe massageou as têmporas. — Lila, seja racional por cinco minutos.
Ela bufou, chutou uma das cadeiras pro lado e cravou o olhar nos pais.
— Não. Eu não vou me casar. Isso aqui não é o período medieval, e eu não sou peça de xadrez de família nenhuma. Esqueçam. Cancelem. Deletem. Formatem o HD. Isso NÃO VAI ACONTECER!
O pai se levantou, ajustou o paletó, respirando fundo como se contasse até mil.
— Vai acontecer, sim. E sabe por quê? Porque esse casamento não é apenas sobre você. É sobre legado. É sobre manter alianças, fortalecer os negócios e, acima de tudo, honrar o desejo da sua avó. Você sabe… ela não está bem. E o último pedido dela foi ver você e Taylor casados.
O nome fez o corpo de Lila enrijecer como uma estátua.
Ela piscou, os olhos arregalaram ainda mais.
— Taylor… Miller?! — A boca dela abriu num “O” perfeito. — O fazendeiro?
— O herdeiro de um império, Lila. — corrigiu a mãe, cruzando os braços.
— O herdeiro que se recusa a ser herdeiro! — Ela praticamente gritou, andando de um lado pro outro. — Aquele cara selvagem que vive no meio do mato, plantando sei lá o quê, cuidando de vacas e cavalos como se fosse o século dezenove?
Thomas riu tanto que quase caiu da cadeira.
— Por Deus, Lila… continua. Tá cada vez melhor.
Ela lançou um olhar que prometia homicídio.
— Cala. A. Boca.
— Filha… — a mãe segurou suas mãos, apertando com firmeza. — Você precisa entender. Taylor também não quer isso. Ele tá tão contrariado quanto você. Ninguém tá feliz. Mas às vezes, na vida, a gente faz coisas… não por querer, mas porque é necessário. E, quem sabe… esse convívio… mude vocês dois.
Lila soltou as mãos, respirou fundo, apertou os olhos e então explodiu:
— Isso é surreal! Meu Deus, cadê uma câmera? Cadê alguém pra gritar “pegadinha”? Isso não é real. Isso não é possível. Eu juro… eu prefiro viver na Antártida comendo pedra de gelo do que casar com aquele… aquele… fazendeiro rústico!
— E eu que achava que ela só era dramática com cartão de crédito bloqueado… — Thomas comentou, rindo mais ainda.
Ela apontou o dedo na cara dele.
— Você devia agradecer que não é você, seu inútil!
— Tá bom, princesa. Relaxa. — Ele ergueu as mãos, rindo. — Mas olha… se precisar de alguém pra segurar sua cauda no altar… me chama.
Ela jogou uma almofada na cabeça dele.
O pai cruzou os braços, sério.
— O casamento está marcado, Lila. E você vai cumprir esse acordo. Quer você queira… ou não.
Ela parou. Ficou imóvel por alguns segundos. Então cruzou os braços, ergueu o queixo, encarando os pais.
— Isso não vai acabar bem. — Disse, com a voz mais firme e desafiadora que conseguiu. — Pra ninguém.
Girou sobre os saltos, saiu marchando do cômodo, batendo a porta com tanta força que os quadros da parede tremeram.
Thomas olhou pros pais, ainda sorrindo, e comentou, divertido:
— Vocês têm certeza de que juntar dois furacões desses é uma boa ideia?
O pai respirou fundo.
— A gente não tem ideia, filho. Mas ou vai dar muito certo… ou vai explodir o universo inteiro.
Obrigada a todos os meus leitores.Essa é a primeira palavra e talvez a mais verdadeira que eu quero deixar registrada depois dessa jornada cheia de caos, amor, hormônios, famílias expansivas, cavalos temperamentais, partos dramáticos, vizinhos intrometidos e um cowboy que jurou dominar o mundo… e acabou dominado pela mulher que mudou tudo.Obrigada a quem leu cada capítulo.A quem se emocionou.A quem riu do surto, xingou a ruiva russa, tremeu no altar, vibrou no casamento e segurou a respiração quando a bolsa estourou na varanda.Obrigada a quem se apaixonou por personagens imperfeitos — porque eles foram criados assim: reais, exa
Tomás e Clara tinham se casado numa cerimônia simples, na própria fazenda.Nada de exageros. Só flores do campo, luzinhas penduradas nas árvores, mesas compridas, comida farta, música boa e muita risada.Clara usou um vestido leve, o cabelo preso de forma despretensiosa, e um olhar tão apaixonado para Tomás que até Lila chorou de soluçar.— Eu não sei o que me emociona mais — cochichou Lila para Catarina, com Lucas no colo e Luna mordendo seu ombro — saber que ele vai ser feliz ou saber que ele não volta mais pra cidade.Tomás aderiu à vida no campo com uma rapidez surpreendente.Morava agora
Seis meses passaram rápido demais quando se media o tempo em mamadas, choros, primeiras risadas e noites maldormidas.A fazenda, que já tinha virado cenário de casamento, parto e surto coletivo, agora respirava numa cadência nova: a dos gêmeos. Tudo girava em torno de Luna e Lucas. Horário das refeições? Em função das sonecas. Reunião de família? Em volta do tapetinho de atividades na sala. Até o galo parecia cantar mais baixo quando um dos dois finalmente pegava no sono.Fiorella e Magnólia decidiram, obviamente, que aquele era o melhor lugar do mundo para passar uma semana.Quando chegaram, foi basicamente um sequestro dos bebês.Lila mal teve tempo de di
O tempo entre o “eu faço o parto” de Dona Emília e o primeiro choro parecia ter durado uma eternidade e cinco minutos ao mesmo tempo.A casa virou um quartel-general improvisado.Maria corria da cozinha para o quarto com toalhas quentes empilhadas nos braços, o avental manchado de farinha e água. Catarina segurava a mão de Lila, respirando junto, suando quase tanto quanto ela. Taylor fazia tudo e nada.Ele andava de um lado para o outro, entrando e saindo do quarto, tentando ajudar, atrapalhando lindamente.— Eu trago mais travesseiro? Água? Gelo? Um médico? — ele disparava.— Traz juízo! — rosnou Maria, passando por ele feito um furacão de cinquenta quilos.Lila dei
A frase atravessou a varanda como um trovão.Maurício engasgou com a cerveja.Taylor parou no meio da nota, sentindo o copo congelar. Os dois viraram ao mesmo tempo.Viram Lila sentada, com uma mão na barriga, a outra agarrando o braço da cadeira, o vestido escuro começando a colar nas pernas.O mundo girou. O rosto de Taylor perdeu a cor em tempo recorde.— O quê? — ele murmurou, com a voz saindo num tom ridiculamente fino para um homem daquele tamanho.Catarina correu até a cunhada, se ajoelhando ao lado dela.— Respira, respira… tá tudo bem
— Vamos comemorar.E eles levaram isso literalmente a sério.Algumas horas depois, o sol já tinha se despedido atrás do horizonte, deixando o céu tingido de roxo e laranja. As luzinhas pela varanda estavam acesas, a fazenda inteira envolta naquele clima de festa doméstica que só quem cresceu ali entendia: risadas, cheiro de comida, música tocando baixinho no rádio.Na mesa grande da varanda, tinha de tudo: bolo que Maria jurou que era “simples”, mas parecia saída de programa de confeitaria, pastéis, coxinhas, pão de queijo, mais sonhos polvilhados de açúcar… e, claro, garrafas de cerveja e uma dose de uísque que Taylor e
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