— Pois bem. — começou Lorena, a voz cruel, cortante e fria como uma lâmina de gelo recém-afiada. Seus olhos, agora estavam como duas pedras duras e opacas, imóveis, sem qualquer vestígio de emoção. O silêncio entre os três era quase palpável, como se o ar tivesse se tornado denso demais para respirar. — Já que eu não significo mais nada para você, Alexander... — continuou, pausadamente, cada palavra carregada de dor e desprezo.
Ela deu um passo à frente, os saltos de couro fino ecoando no piso como marteladas secas, cada som marcando a sentença que ela estava prestes a impor.
Lorena parou a dois passos de Alexander, erguendo o queixo com firmeza. Seus ombros estavam tensos, o maxilar travado, e as mãos cerradas ao lado do corpo, como se contivessem uma tempestade prestes a explodir. Ela o encarou com uma intensidade cortante, como se quisesse atravessá-lo com o olhar.
— Saia da minha casa agora mesmo. — disse ela, com a voz firme, mas trêmula nas bordas, como se cada palavra fosse um