Lorena engoliu em seco. O tempo parecia ter parado. E naquele instante, ela soube que não havia mais como fugir.
Com passos hesitantes, como se cada movimento exigisse coragem, ela caminhou até Alexander. Os olhos agora marejados refletiam a luz trêmula dos relâmpagos que cruzavam o céu lá fora. As lágrimas escorriam silenciosas, não mais como disfarce, mas como confissão. Quando finalmente chegou perto, se jogou nos braços de Alexander, como alguém que busca abrigo no meio de um furacão.
— Alexander, por favor, eu... — começou, mas a voz falhou, engasgada pela emoção. — Eu não queria. Me perdoa, meu amor?
Alexander permaneceu imóvel por um segundo, como se o toque dela o congelasse. Então, com um gesto contido, retirou os braços dela de seus ombros. O toque não foi violento — foi firme, decidido, como quem fecha uma porta que não pode mais ser aberta. Ele deu dois passos para trás, rápidos e precisos, e Lorena, desequilibrada pela rejeição, caiu de joelhos no chão. O impacto foi suav