Cap. 4 Sombras e esperanças
Sem dinheiro e sem lar, perdida em uma estrada desconhecida, Agatha caminhava sob o sol escaldante, cada passo consumindo o pouco de força que lhe restava. Seu corpo suado e trêmulo misturava-se com a fraqueza. Os pés pequenos e delicados ardiam como brasas vivas, a pele marcada pelo esforço incessante. Seus cabelos longos e sedosos, outrora brilhantes, estavam agora emaranhados e grudados à testa pelo suor. A sede insuportável secava sua garganta, e a fome fazia seu estômago se revirar, produzindo um aperto doloroso e constante. Seus olhos, turvos e pesados, começaram a pregar-lhe peças. As imagens ao seu redor se distorciam, transformando-se em sombras e formas irreconhecíveis. O calor, como um inimigo cruel, pulsava contra sua pele, tornando cada movimento um desafio. Mas, ainda assim, ela continuava. Após horas caminhando sem direção, um brilho forte surgiu à frente, piscando e iluminando o horizonte como um chamado distante. Agatha forçou os olhos, tentando enxergar melhor. L
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