123. Musa
O salão principal da Mansão Emberlain havia sido transformado em um estúdio improvisado — e, mesmo sendo amplo, com pé-direito alto e janelas gigantescas, naquele dia parecia pequeno demais.
Pequeno por causa das luzes.
Pequeno por causa das câmeras.
Pequeno por causa da equipe inteira correndo de um lado para o outro.
Mas, principalmente, pequeno porque eu estava prestes a explodir.
A Lunaria ainda não tinha enviado a coleção Emberskin.
Ou melhor: alguém tinha comprado a coleção inteira antes de nós.
— Eles repetiram: não tem nada, Ágatha — disse Sabrina, voltando com o celular na mão. — A Lunaria vendeu a coleção completa para um cliente privado. Exclusividade total.
— Exclusividade? — Téo arqueou a sobrancelha enquanto posicionava refletores. — Puts… isso tem cara de bilionário mimado comprando lingerie para a musa do coração.
Ele sorriu pra mim.
Eu levantei uma sobrancelha.
— E por que você está olhando pra mim?
— Vai saber, né? — ele deu de ombros. — Tem gente com sor