122. No comando
A sala de reunião principal da Rabbit parecia menor do que o normal — talvez porque estivesse lotada de gente demais… ou de um CEO específico que eu havia colocado para ficar em silêncio.
Literalmente.
Eu entrei primeiro.
Cadeira central.
Mesa toda minha.
Equipe inteira me olhando como se eu fosse a convidada especial do Oscar.
E o Dante… sentou-se na ponta da mesa.
Distante.
Quase dois metros.
Contrato cumprido.
O simples fato de vê-lo acomodado daquele jeito — quieto, contido, perfeitamente amarrado no próprio auto-controle — me deu uma paz interior que terapeuta nenhuma conseguiria reproduzir.
— Vamos começar — anunciei, cruzando as pernas e ajeitando meu blazer. — Próxima capa trimestral: eu.
A equipe nem tentou esconder o choque.
Dante também não.
Ele abriu a boca para falar — e eu o cortei apenas levantando um dedo.
Um dedo.
Ele fechou a boca.
A sensação de poder? Inenarrável.
— Bom — disse Sabrina, diretora de arte, com olhos brilhando. — Precisamos então de c