Cristal e Jade se empolgam quando anuncio que vamos fazer um passeio após o lanche. Elas se arrumam com seus vestidos rodados azuis iguais, pegam as bolsinhas, também iguais.
— Prontas! — praticamente gritam.
Ofereço uma mão para cada.
Vamos dar uma volta pelo parquinho que vi não muito longe daqui. Logo vai anoitecer, não quero ficar muito tempo longe de casa com elas.
— Onde está o traste invasor? — É o que escuto quando estou descendo as escadas com as meninas.
— Aqui — digo na intenção de assustar a mulher que me chama de invasor.
Qual não é a minha surpresa quando a mulher me olha como se eu fosse um petisco. É uma morena, com menos curvas que a dona da casa, cabelos presos em um coque e terninho cinza. É bonita, mas nada comparada a morena petulante.
Jade pergunta quem é ela e, antes que eu responda, a mulher literalmente bate palmas olhando as meninas como se fosse seres encantados e nos convida para morar com ela. E juro que não parece brincadeira.
Acabo rindo.
Tento disfarçar