Aylla sempre foi o tipo de mulher que passa despercebida para si mesma, mesmo carregando uma beleza de tirar o fôlego. Aos 25 anos, recém-saída de um relacionamento de cinco anos com o homem que pensava ser o amor da sua vida, ela se vê devastada. Tímida, com autoestima frágil e marcada pela traição, Aylla não esperava que uma simples noite planejada por sua melhor amiga com um misterioso garoto de programa mudaria tudo.Eyron é perigoso. Filho de um homem temido, ele foi criado em meio ao caos, à frieza e ao crime. Aos 30 anos, tenta deixar para trás um passado sujo, mas seu coração se é que ainda tem um está preso a uma obsessão que nasceu anos atrás, Desde aquele dia, Aylla passou a ser dele. Mesmo sem saber.O que começa como uma noite sem compromisso se transforma em um jogo de sedução, loucura e controle. Eyron fará de tudo para manter Aylla em suas mãos. Ele manipula, mente, protege... e mata. Ninguém pode tocá-la. Ninguém pode tê-la. Porque ela é sua.E quando a obsessão tem olhos âmbar... não há como escapar.
Ler maisAylla escutava muitas histórias de bicho-papão quando era criança. Ela tinha medo, ficava na cama abraçada aos pais, e a qualquer barulho corria para deitar entre eles. E agora, ali naquela sala para onde fora levada, estava um homem que, para ela, era o verdadeiro bicho-papão.Ele a agarrou.— Aylla... O que eu faço com você?Ela não respondeu. Ele parecia mais transtornado do que da última vez em que o viu.— Aylla, sabe quantas pessoas eu matei pra chegar até você? — Ele riu. — Ah, você não deve saber, minha doce Aylla... — Seu tom ficou mais sombrio. — Sabe, eu realmente tô puto da vida. Me desculpa se eu for um pouco brusco.Então, ele a beijou, um beijo carregado de raiva. Colocou a língua com violência, como se quisesse marcar território. Aylla tremia. Ele a soltou e se jogou numa poltrona, batendo a mão no colo, indicando que era pra ela sentar ali. Aylla obedeceu. Sabia que com ele não havia meio-termo. Era tudo ou nada.Ele falou em seu ouvido:— Então, Aylla... ou Victoria,
Aylla, filha, você um dia terá um marido bom que cuidará de você assim como o papai cuida da mamãe.Aylla cresceu acreditando nisso. Para ela, uma vida como essa era seu único destino: ser uma esposa, mãe e cuidar de um marido até a velhice. Mas quem diria que sua vida se tornaria isso no final? Um homem maluco. Mesmo ela tendo fugido para um lugar distante por culpa desse sentimento, ele estava ali. E agora havia Ivi. Sua vida não era mais como antes. Tinha uma bebê inocente que não sabia que seu pai era um psicopata. Ela precisava ser forte por essa nova vida.Mas, mesmo assim, um desejo deprimido de ver esse homem se estendia por seu corpo. Talvez fosse realmente uma doença sem cura. Porque não era normal passar dois anos agonizando por um homem.Ivi não parava de balbuciar. Aylla a pegou no colo e ninou. A pequena caiu no sono, e Aylla a colocou com cuidado no bercinho. Foi preparar um chá. Seus pensamentos não a deixavam em paz.Impossível. Ayron não pode saber que estou aqui. Me
"Nosso passado" Aylla tremia com aquele resultado. Tinha vontade de gritar, talvez assim a dor saísse do seu corpo. Não podia ser verdade. Ela estava grávida. E só de imaginar isso, tinha vontade de se jogar da janela. Ela não podia ter uma criança de Ayron. Sua vida estava realmente uma merda. Como colocar um ser inocente nesse mundo podre, ainda mais com um pai verdadeiramente lunático? Um homem que tinha uma estranha obsessão por ela. Aylla ficou olhando aquele teste por minutos, horas... ela não sabia, só sabia que um vazio havia tomado seu ser. E ela sabia, a partir dali, que sua vida seria totalmente diferente. Tentou seguir. O trabalho no hospital ajudava a esquecer a merda de vida que levava. Uma vida que ela não desejava nem para o pior inimigo. Ela fez tudo certo, foi uma boa filha, uma boa amiga, e por que acabou assim? Não podia ser real. No hospital em que trabalhava havia um médico, o doutor Damian, um homem jovem. Aylla fez amizade com ele. Os dois estavam em um pa
"Moscou" Aylla sabia que Dália era uma mulher que não a deixaria em paz. Percebia isso pelo olhar dela, um olhar cheio de ódio. — Aylla, eu fico pensando o que o Ayron viu em uma mulherzinha como você. Sem sal, medrosa… mas, bom, gostos peculiares não se discutem. Vou te passar um endereço. Esteja lá em trinta minutos. Caso contrário, doce Aylla, eu terei o prazer de cortar a garganta do seu pai na frente da sua mãe. Aylla tremia. Sabia que Dália não brincava. Aquela mulher falava sério. Desligou o telefone com as mãos trêmulas, colocou o endereço no GPS e acelerou o carro. Precisava chegar rápido. O destino era um restaurante cinco estrelas. Ela se sentia péssima, vestindo apenas um moletom velho, com os cabelos desgrenhados e o rosto abatido. Entrou no local. Dália estava sentada, com as pernas cruzadas à mesa. Havia seguranças por perto. Aylla se aproximou e sentou-se, sentindo que aquela conversa a levaria por um caminho sem volta. Dália batia as unhas bem feitas na mesa en
" Cárcere da obsessão" Ayron tinha adormecido, mas ainda a segurava. Aylla percebeu que ele estava com alguns hematomas pelo corpo, provavelmente da surra que levou daquele homem. Mas ela não entendia como, depois de tudo, ele ainda agia como um lunático. Por que ele tinha essa obsessão por ela? Nada se encaixava. E agora ele tinha feito algo que ela nunca pensou que ele seria capaz: a levou para aquele lugar e a trancou ali. Ele tinha realmente enlouquecido. Enquanto ele dormia tranquilamente, ela passou a mão pelos cabelos negros dele. Era realmente lindo. Tinha um rosto que parecia o de um anjo, mas era um anjo caído. Os ombros largos, os braços bem torneados… Nunca pensou que um homem assim ficaria tão maluco por ela. Ela, que nunca teve tantos atrativos, que sempre foi uma boa filha, uma boa médica. Mas desde que conheceu Ayron, sua vida virou uma bagunça. Ela não conseguia sair de problema, e ele… mentia. A cada palavra, ela percebia. Mesmo assim, por mais que tentasse, não co
"Cativeiro" Aylla estava na casa da amiga há alguns dias. Tinha desligado o celular para não receber chamadas. Estava realmente com medo. Vanessa não perguntou nada. Aylla não conseguia dizer tudo o que se passava. Era difícil admitir que havia alguém como Ayron em sua vida. Pensou até em visitar os pais, mas temia causar problemas para eles. — Aylla, você pode ficar aqui o tempo que quiser — a amiga disse em um tom acolhedor. Aylla sabia que Vanessa jamais a abandonaria. Naquele dia, no entanto, a amiga avisou que precisaria viajar, mas deixou tudo comprado para o que Aylla pudesse precisar. Fez um chocolate quente e deitou no sofá. Ligou a TV para assistir algumas séries. Estava frio. Acabou adormecendo ali mesmo. Quando acordou, deu um pulo. Estava horrorizada. Era Ayron. Ele a encarava como um louco. — Ayron... — ela disse, gaguejando. — Como entrou aqui? Como me achou? Ele não respondeu. Ela percebeu os machucados em seu rosto. Ayron a segurou com força pelo br
Último capítulo