"Moscou"
Aylla sabia que Dália era uma mulher que não a deixaria em paz. Percebia isso pelo olhar dela, um olhar cheio de ódio.
— Aylla, eu fico pensando o que o Ayron viu em uma mulherzinha como você. Sem sal, medrosa… mas, bom, gostos peculiares não se discutem. Vou te passar um endereço. Esteja lá em trinta minutos. Caso contrário, doce Aylla, eu terei o prazer de cortar a garganta do seu pai na frente da sua mãe.
Aylla tremia. Sabia que Dália não brincava. Aquela mulher falava sério. Desligou o telefone com as mãos trêmulas, colocou o endereço no GPS e acelerou o carro. Precisava chegar rápido. O destino era um restaurante cinco estrelas. Ela se sentia péssima, vestindo apenas um moletom velho, com os cabelos desgrenhados e o rosto abatido.
Entrou no local. Dália estava sentada, com as pernas cruzadas à mesa. Havia seguranças por perto. Aylla se aproximou e sentou-se, sentindo que aquela conversa a levaria por um caminho sem volta. Dália batia as unhas bem feitas na mesa en