Os dias seguintes trouxeram um tipo de paz diferente. A tormenta do escândalo começava a se dissipar, substituída por um cotidiano silencioso, de gestos pequenos e afetos que cresciam com naturalidade. Gabriel insistia que Isabel não se deixasse abater, e ela, embora ainda temesse o julgamento alheio, começava a acreditar que o amor poderia ser mais forte que qualquer rumor.
Naquela manhã, o sol entrava pela varanda do quarto, e Isabel estava sentada diante do espelho, penteando o cabelo com calma. Gabriel se aproximou por trás, apoiando as mãos em seus ombros.
— Gosto quando deixa o cabelo solto — disse, observando o reflexo dela no espelho. — Parece que o dia fica mais leve.
Isabel sorriu, tímida.
— Então deixarei sempre assim, se isso te fizer sorrir.
Ele inclinou-se e beijou-lhe a nuca, devagar, o gesto terno e silencioso. Era nesse tipo de carinho — simples, constante — que Isabel começava a se reconstruir.
Depois do café, decidiram caminhar juntos pelos jardins. As flores começa