A Babá Proibida do CEO

A Babá Proibida do CEOPT

Romance
Última atualização: 2025-12-11
Ju Andrade  Atualizado agora
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Índice

Ivy Collins nunca deveria ter invadido o escritório de Lucas Sinclair… mas foi exatamente por isso que sua vida pegou fogo. Aos dezenove anos, sem qualificações, sem dinheiro e desesperada para recuperar tudo o que perdeu, ela toma a decisão mais ousada da vida: encarar o bilionário mais intimidante de Nova York e implorar por uma vaga de babá. Quando está prestes a ser escoltada para fora, o filho de Lucas aparece chorando compulsivamente… e Ivy faz em segundos o que nenhuma candidata conseguiu: acalma o pequeno furacão que mordeu, gritou e expulsou todas as babás anteriores. É quando o milagre acontece: Lucas oferece uma semana de teste, com regras rígidas e a condição de morar na mansão. Ivy aceita, mesmo sentindo que está se jogando de cabeça num terreno perigoso. Ela só não esperava a química entre os dois. Muito menos descobrir algo que tornaria tudo ainda mais proibido. Agora Ivy precisa escolher entre manter o emprego que pode mudar sua vida… ou fugir antes que Lucas Sinclair se torne mais uma perda impossível de suportar.

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Capítulo 1

1. O Início

“Procura-se babá.

Buscamos profissional qualificada para cuidados de criança de 4 anos.”

Releio pela milésima vez o anúncio que Tiffany, minha amiga, me enviou há alguns dias e… rio.

Literalmente rio, parada no meio da calçada da Park Avenue como uma maluca, enquanto o formigueiro humano segue a vida ao meu redor.

— Francês e mandarim — murmuro, balançando a cabeça.

Claro. Porque toda babá precisa ensinar uma criança de quatro anos a pedir croissant em Paris e negociar acordos comerciais em Pequim.

Ah, esses ricos…

Tenho dezenove anos, um diploma do ensino médio e zero formações oficiais. As duas línguas que conheço são o inglês e o espanhol das aulas da Sra. Rodriguez, que quase reprovei, aliás.

Ao menos tenho experiência. Não com famílias americanas de alto padrão, obviamente.

Mas de manter meu irmão mais novo vivo e mentalmente estável, enquanto nossa mãe morria num hospital de uma cidadezinha de Ohio que nem aparece no G****e Maps.

— Você consegue, Ivy — sussurro para mim mesma, respirando fundo. — Chegou até aqui pra desistir? O que pode dar errado?

Tudo. Absolutamente tudo. Inclusive uma chance real de ser presa por invasão.

Mas é tarde demais pra voltar atrás.

Preciso desse emprego.

Preciso juntar dinheiro suficiente para contratar um advogado e recuperar a casa da minha mãe antes que o banco a leiloe.

E, principalmente, preciso de recursos para encontrar meu irmão mais novo, Liam.

Sem dinheiro para um advogado, não consigo resolver absolutamente nada. Sem essa vaga, não tenho dinheiro.

Simples assim.

Endireito os ombros, ajeito a bolsa e passo pelas portas giratórias do prédio espelhado que deve ter uns cinquenta andares.

Coragem, por favor, não me abandone agora.

Dentro, a Sinclair Industries é ainda mais intimidadora. Mármore, poltronas aveludadas, gente importante demais pra perceber minha existência… mas não posso perder tempo reparando nisso.

Sigo as instruções da Tiffany à risca: atravesso o saguão de cabeça baixa, evito olhar para os seguranças e vou direto para os elevadores do fundo.

Aperto o botão do último andar e torço pra ninguém entrar. Quando as portas se fecham, finalmente solto o ar.

— Consegui — murmuro, me sentindo a própria James Bond numa missão impossível. — Estou dentro!

Quando as portas abrem de novo, dou de cara com um corredor claro e silencioso. A recepção está vazia e, nas poltronas de couro, estão as candidatas.

Cinco mulheres impecáveis, com salto alto que grita dinheiro e cara de quem não perde tempo com conversa. Algumas no celular, outras revisando dossiês dignos de entrevista para a NASA.

E eu. O contraste ambulante.

Respiro fundo, escolho a poltrona mais distante, cruzo as pernas e tento parecer alguém que realmente deveria estar aqui.

“Cheguei até aqui… mas e agora? Como eu entro?”, penso, enquanto a ansiedade sobe igual a elevador sem freio.

Meus pensamentos são cortados por um falatório no fim do corredor. E pela voz do homem, autoritária, impaciente, claramente irritada, é impossível não prestar atenção.

— Eu te pedi a cópia desse contrato há dez minutos, Srta. Frazier! — ele esbraveja. — Por que tenho que vir aqui pessoalmente pedir de novo?

— Já vou imprimir — a moça diz, num tom que basicamente soa como “não me mate”.

— Você ainda vai imprimir? Quer que eu sente e faça o seu trabalho também? — ele dispara, impaciente. — Espero que não leve mais dez minutos. E traga meu café.

— Sim, senhor.

Não consigo ver o rosto dele, mas a postura denuncia tudo: autoridade, impaciência e tolerância zero.

Ele balança a cabeça e entra numa sala. A moça encara a porta fechada por dois segundos… e aí levanta o dedo do meio com a elegância de quem desistiu oficialmente do emprego.

— Eu não preciso disso — ela resmunga, juntando as coisas. — Pegue você mesmo o seu café, Sr. Sinclair.

Sinclair? Esse é Lucas Sinclair?

Meu cérebro, que claramente não funciona bem em momentos de crise, tem uma brilhante ideia.

Uma ideia brilhantemente terrível.

Mas situações desesperadas pedem medidas ainda mais desesperadas. Se eu levar o café, talvez eu consiga falar sobre a vaga. Talvez ele me ouça.

Talvez…

— Você é louca, Ivy — sussurro, levantando. — Mas vamos nessa.

Me aproximo da moça.

— Com licença… pode me dizer onde fica a copa? É meu primeiro dia e estou meio perdida.

— Fica no final do corredor, à direita — ela responde, pegando a bolsa. — E boa sorte para você, porque eu estou indo embora!

Ela nem espera meu “obrigada”, só some. Vou na direção indicada, rezando mentalmente para a copa estar vazia.

Após uma breve caça ao tesouro nos armários, pego um café na cafeteira, coloco na xícara e ajeito tudo na bandeja.

Passo pelas candidatas, que continuam ali, impecáveis e julgando o universo, e paro diante da porta onde o homem mal-humorado entrou. Meus olhos vão direto para a placa dourada: "Lucas Sinclair - CEO".

— Ótimo. Vou invadir o escritório do dono da empresa — murmuro, baixinho.

Mas não posso perder tempo pensando nisso. Respiro fundo três vezes, endireito a postura e bato.

— Entre — ele ordena, seco.

Prendo o ar e abro a porta.

A sala é gigantesca: enormes janelas de vidro, estantes cheias de livros, uma mesa de madeira que mais parece ter sido esculpida por deuses escandinavos no tempo livre…

E atrás dela, ele.

Lucas Sinclair.

Cabelos escuros perfeitamente penteados, maxilar marcado sob a barba baixa, terno impecável… O combo completo “não-chegue-perto”.

Ele nem olha para mim. Apenas faz um gesto vago com a mão, sem tirar os olhos do notebook.

— Deixe tudo aí e saia.

Obedeço… um pouco. Me aproximo devagar e coloco a bandeja na mesa, torcendo para minhas mãos trêmulas não me traírem.

Mas continuo parada, sem a menor intenção de sair. Os segundos passam. Ele digita como se eu fosse parte da mobília.

Quando finalmente percebe que não saí, levanta o olhar e nossos olhares se encontram pela primeira vez.

Os olhos dele são verdes, intensos, frios, do tipo que te escaneiam, te julgam e te descartam em meio segundo.

Ainda assim, prendem o suficiente para fazer meu estômago dar uma volta completa, ignorando o perigo.

Dois segundos. Três.

Ele limpa a garganta e recosta na cadeira.

— Quem é você? — pergunta num tom baixo, controlado. — E o que está fazendo na minha sala?

— Eu… sou uma funcionária nova — minto, tentando soar convincente. — Achei que poderia… ajudar com o café.

— Isso é impossível — ele retruca, estreitando os olhos. — Todos os novos funcionários passam por mim antes de serem contratados.

Mordo o lábio, passo a mão pelos cabelos. Posso inventar outra desculpa? Posso. Vai ajudar? Provavelmente não.

Honestidade mortal, mas tudo bem.

— Eu… na verdade… — limpo a garganta. — Estou aqui pela vaga de babá. Mas não me inscrevi porque… não tenho as qualificações que o senhor pediu e…

— E então decidiu invadir minha sala — Lucas me corta, frio.

Então, ele se levanta lentamente. E o ar parece sumir ao meu redor.

Porque, graças ao terno impecável esticado pelos ombros largos e à sua altura absurda, mais pareço uma formiga perto de uma geladeira.

Uma formiga que parece prestes a ser esmagada quando ele pega o telefone e disca algum número.

— Vou chamar a segurança. Agora.

— Espera! — exclamo, completamente desesperada. — Só me dá uma chance de…

A porta se escancara de repente, me interrompendo.

Os seguranças vieram a jato? Porque não é possível que chegassem tão rápido.

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