Isabella sempre foi uma rapariga rebelde, mas desde a separação dos pais que tem sido pior. A sua mãe namora com um homem mais novo do que ela, o bilionário Charles Salazar, um homem frio e arrogante, mas todo ele é fogo e quando Isabella conhece Charles, a chama é instantânea. Isabella se sente mal por saber que gosta do próprio padrasto e está traindo a mãe, mas o desejo de transar com ele é mais forte que o sentimento familiar, mas tem um detalhe: o que Isabela não sabe é que está se envolvendo com um homem que só está interessado em sexo, poder e dinheiro. Será que ela vai conseguir fazer Charles conhecer o amor?
Leer másISABELLA
—Por que você não escovou o cabelo? — Ela perguntou antes de fechar a porta de casa.
—Fiquei com preguiça — dei de ombros, mostrando minha postura relaxada.
Meus polegares começaram a brincar um com o outro enquanto minha mãe estacionava no Del Mar Carlin, um lugar bem caro para comer, devo acrescentar.
Minha mãe irradiava uma energia alegre e animada enquanto saltava do carro e praticamente voava em direção às portas. Eu, por outro lado, fiquei sentada no carro, pensando no que deveria dizer ou pensar sobre toda essa situação.
—Você consegue, Isabella — sussurrei para mim mesma.
Saí do carro colando um sorriso no rosto, me aproximei da porta quase tropeçando, mas me levantei suavemente, endireitando minha postura. O porteiro deu uma risadinha e eu sorri de volta, e daí? Sou desajeitada.
Assim que as portas se abriram, fiquei boquiaberta como uma idiota.
Era lindo, as paredes pintadas em um tom de rosa claro, com detalhes dourados, diamantes por toda parte enquanto as pessoas andavam como se nada de novo estivesse acontecendo, como se vissem aquilo todos os dias... gente rica.
—Bunny — ouvi minha mãe me chamar, então me virei devagar.
Lá estava minha mãe com seu lindo vestido longo azul e seu cabelo loiro perfeitamente penteado. Meus olhos viajaram até sua mão, que estava entrelaçada com outra.
Meus olhos subiram lentamente por essa pessoa. Ele usava um terno preto que se ajustava perfeitamente em seus enormes bíceps, o que me deu uma pista de que ele se exercita bastante. Meus olhos verdes encontraram os azuis dele, e minha respiração ficou mais pesada.
Seu cabelo castanho claro tinha cachos nas pontas, sua mandíbula era perfeita, seus lábios estavam inchados e ligeiramente separados, e tudo o que eu conseguia pensar era em manchá-los com meu brilho labial.
—Você está bem? — Minha mãe estava ao meu lado, olhando para mim preocupada, enquanto esse homem estava parado ali com uma sobrancelha levantada.
Até sua sobrancelha é incrivelmente sexy.
—Mhm — respondi brevemente.
Começamos a andar em direção a esse homem incrivelmente bonito, e meu coração começou a bater mais rápido.
—Essa é minha filha, Isabella — minha mãe me apresentou, e eu estendi minha mão trêmula para ele segurar.
—Sou Charles, o noivo da sua mãe — Charles roçou seu dedo na minha mão antes de apertá-la, fazendo com que eu inspirasse e expirasse profundamente enquanto apertava minhas pernas juntas.
Droga, ele é o noivo da minha mãe.
—Querida, você precisa fazer xixi? — Minha mãe perguntou.
Oh meu Deus, que vergonha, mãe.
—Acho que não — tossi minha resposta, me repreendendo mentalmente.
Charles deu uma risadinha. Eu nem tinha percebido, mas ainda segurava a mão dele. Ele me olhou de um jeito estranho antes de eu soltar sua mão.
—Vamos comer — disse minha mãe, tentando aliviar a energia desconfortável. Eu acenei com a cabeça.
Todos caminhamos até a mesa. Minha mãe e Charles sentaram-se lado a lado, enquanto eu me sentei ao lado da minha mãe, tentando evitar os olhos azuis gelados do noivo dela. Quero dizer, ele parece tão jovem e já está se casando... céus.
—Bella, você tem alguma pergunta para nós? — minha mãe perguntou.
—Algumas.
—Pode perguntar — sua voz profunda e rouca era música para os meus ouvidos.
—Quantos anos você tem? — disparei.
—Bella, isso é indelicado... — minha mãe começou a dizer, mas foi interrompida por Charles.
—28 — ele respondeu.
Eu pensei por um segundo. É uma grande diferença de idade.
—Mãe, você não acha que é um pouco velha para ele? — falei antes de pensar na minha resposta.
Ops.
—Isabella Lillian Evans — ela pronunciou meu nome completo em um tom irritado, me fazendo encolher.
Charles deu uma risadinha suave. Minha mãe lançou um olhar irritado para ele, impedindo-o de continuar rindo.
—Desculpa, isso foi um pouco demais — admiti.
—Você está perdoada — minha mãe sorriu, amargamente.
—Eu tenho uma pergunta para você, Isabella — meu nome deslizou da língua dele de forma tão perfeita que quase me fez gemer.
—Sim? — gaguejei como uma idiota.
Charles fez uma longa pausa. Não consegui evitar fixar meu olhar nele, com seus traços fortes e perfeitos.
—Nós vamos nos mudar para a casa do Charles — soltou minha mãe, me fazendo engasgar com o pedaço de comida que estava na minha boca.
Tapei a boca com as mãos enquanto lutava para engolir a comida.
—Você está brincando — falei, tomando um gole de água.
—De jeito nenhum — ela sorriu para Charles e depois de novo para mim.
—Mãe, só se passaram dois anos desde que o papai se foi — sussurrei, e sua expressão caiu ao mencionar meu pai.
—Não fale do seu pai, Bella — a voz da minha mãe tingiu-se de incredulidade e raiva.
—Claro, agora que você tem um novo marido jovem, esqueceu completamente do meu pai, sabe, o homem que você amava — gritei, irritada, sem me importar que estávamos em um lugar chique, sem me importar que Charles estava bem ali. —Quem se importa com ele, certo? — bati meu punho na mesa, sendo bem dramática.
—Seu pai se foi, ele nunca vai voltar, Bella. Você realmente precisa seguir em frente — gritou minha mãe, me assustando com a frieza na voz dela.
Balancei a cabeça, incrédula com seu tom. Meus olhos lacrimejantes se moveram dos olhos da minha mãe para os de Charles. Ele tinha pena escrita em seu rosto, mas havia outra emoção ali que eu não consegui identificar.
—Tenham um bom jantar — levantei-me rapidamente da cadeira e joguei o guardanapo na mesa.
—Querida, eu não... — minha mãe tentou falar, mas eu a cortei no meio da frase.
—Prazer em conhecê-lo, Charles — falei.
Saí furiosa daquele restaurante luxuoso e irritante, com lágrimas escorrendo pelas bochechas. Minha mãe nem tentou me impedir.
Eu não tinha as chaves do carro da minha mãe, nem as de casa, e muito menos as da casa do meu pai. Estou um caos, então comecei a caminhar até o único lugar onde sei que sempre sou bem-vinda.
—Grace.
Bati na porta da casa da minha melhor amiga, soluçando e tremendo de frio porque estava um gelo lá fora e eu não tinha trazido jaqueta.
A porta se abriu, e alguém que eu não esperava estava ali, bem na minha frente.
—Isabella, é você?
ISABELLAOlhei para a multidão se reunindo, meus nervos começaram a tomar conta de mim. Heidi insistiu em termos um casamento ao ar livre em dezembro, e graças a Deus estava nevando. Meu cabelo loiro estava preso em um coque enrolado, com algumas mechas soltas emoldurando meu rosto. Olhei para o meu anel de casamento, lembrando como ele me pediu em casamento, algumas semanas depois de ter levado o meu anel para gravar o nome dele.— Você está pronta, Coelhinha? — Perguntou meu pai, entrando com minha mãe ao seu lado.Minha mãe começou a se emocionar, seus olhos se encheram de lágrimas enquanto me olhava de cima a baixo. Meu vestido marfim me caía bem, a parte de trás tinha um formato de V que terminava logo acima dos quadris. Estava levemente maquiada, com um brilho labial em tom nude para dar um toque de cor.— Você está linda —. Minha mãe chorava enquanto batia no peito do meu pai. — Não está? — Ela lançou um olhar perigoso para o meu pai, exigindo que ele me elogiasse.— Claro. Ela
ISABELLA— Nathaniel, você não vai ter uma arma, você é muito jovem. — Charles diz para Nathaniel.Ele olha para Charles com uma expressão de desânimo, como se estivesse desafiando suas palavras. Nunca tinha feito isso antes, sempre se desculpava com um doce sorriso.— Sim, eu sou! — grita Nathaniel.— Nate, eu sou seu pai, o que eu digo é o que vale — Charles grita ainda mais alto.Todos ficam em silêncio e observam o que está prestes a acontecer. Charles e ele sempre discutem, parece que nunca se dão bem.— Sabe de uma coisa, acho que isso não foi uma boa ideia —. Meu pai ri secamente, mas para quando ninguém se junta a ele. Ele apenas olha para todos.— Você acha? — sussurra minha mãe, meu pai engole em seco ao ouvir o tom dela.— Você não é meu pai — grita Nathaniel.Meus olhos se afastam dos meus pais e eu olho para Nathaniel, com uma expressão confusa. Do que ele estava falando? Donovan se aproxima silenciosamente e envolve meu pescoço com suas pequenas mãos. Eu o coloco no meu
ISABELLACinco anos depoisCharles e eu nos casamos há um ano. Todos os dias aprendo algo novo com ele e adoro, ele mudou tanto. É um marido carinhoso, pai de dois meninos e uma menina a caminho. Charles e eu convidamos minha família hoje para anunciar a notícia de nossa menina. Charles ficou muito feliz quando soube que eu estava grávida de novo, e ficou ainda mais feliz quando descobriu que era uma menina.Sua princesinha.— Garotos, é melhor se vestirem! — grito enquanto arrumo a mesa de jantar.Estava silencioso demais, nunca há silêncio por aqui, principalmente quando se supõe que Charles os está vestindo. Sacudi a cabeça com um sorriso nos lábios. Olhei para minha barriga crescente, acariciei minha barriga com uma pequena mão.— Espero que você tenha um papai quando nascer, bebê.Fui até o quarto das crianças. Charles e eu decidimos que os meninos compartilhassem o mesmo quarto, já que no início tinham quartos separados, mas à noite se esgueiravam para o quarto um do outro. Eles
ISABELLAEu tinha medo de deixar Nathaniel sozinho, mesmo que fosse por alguns minutos. Não queria me afastar dele, mas precisava de ar. Envolvi-me em um cobertor e saí para a varanda. O ar fresco roçou minhas bochechas enquanto eu contemplava as luzes da cidade. Olhei para meu anel: a safira amarela é meu diamante favorito.—Você está linda esta noite— Ryan estava ao meu lado, olhando a cidade como eu.—Sim.—Eu preciso me desculpar por algo— Ryan disse.Eu me virei e arqueei uma sobrancelha. Agora olhando para Ryan, estou definitivamente confusa sobre meus sentimentos por ele.—A cada obstáculo que você enfrentou, eu não acreditava que você superaria—. Ryan me encarou completamente, e eu também. Ele passou a mão pelo queixo antes de baixá-la novamente ao lado do corpo. —Mas você conseguiu.Virei a cabeça, dando-lhe as costas.—Eu não sou tão forte…— sussurrei.—Você é mais forte do que pensa— Ryan disse muito sério. Ryan sempre teve essa habilidade de me fazer sentir melhor apenas c
ISABELLABangO corpo de Charles caiu no chão, sem vida. Lágrimas corriam pelo meu rosto, uma sensação de vazio me preenchia. Nathaniel estava ali parado, com o nariz escorrendo, seu pequeno corpo tremendo violentamente. Fiquei sem fôlego, com a cabeça baixa.Antes que eu pudesse levantar a cabeça de novo, vários tiros começaram a soar. Rolei para o lado, meus olhos voltaram para Nathaniel, que estava encolhido com as mãos cobrindo os ouvidos. Senti mãos atrás de mim, removendo a fita. Ryan, sou Ryan.—Sinto muito.— Ele disse, direcionando o olhar para o corpo de Charles. Ele me deu uma arma, eu a segurei e me virei para ver que Nathaniel havia desaparecido. Olhei para a porta e vi a mãe de Charles sequestrando meu filho novamente.Meu corpo correu automaticamente até o de Charles, ainda amarrado de bruços. Ajoelhei-me ao lado dele, arranquei a fita antes de virá-lo. Deitei minha cabeça em seu peito, agarrando sua camisa com força enquanto soluçava.—Charles, por favor... eu te amo— c
ISABELLA— Ryan, fique com Isabella. Siga-a por toda parte, se houver uma bala, quero você na frente dela — exigiu Charles.Olhei para Ryan que assentiu, ele estava louco? Olhei com ódio para Charles, que acabava de pedir a Ryan que arriscasse sua vida pela minha.— Não — disse a Charles.— Esse é o trabalho dele — respondeu pouco antes de sair com seus homens.Olhei para Ryan antes de me virar, segui atrás de Charles. Charles tinha homens cercando o prédio, era impossível que alguém conseguisse sair. Em vez de seguir Charles pela porta principal, encontrei uma escada que levava a outra porta. Subi as escadas com Ryan atrás de mim.— Que diabos você está fazendo? — sussurrou quando abri a porta. Puxei minha arma de trás e rastejei lentamente para dentro.— Tomando uma rota diferente. Precisamos de uma visão mais alta de tudo — sussurrei.Entramos sem problemas, escolhi a rota perfeita porque me dava uma visão geral de tudo. Era uma sala separada. Ambos nos aproximamos furtivamente da
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