Paolo evitava encarar Glauco. Gostaria de ter mais elementos, mais provas, mais do que apenas uma imagem casual.
— Não, senhor. Tirei apenas essa foto. Foi por acaso, estava saindo em meio ao caos e, ao olhar para o navio, tive a impressão de vê-lo. Na verdade… me desculpe, mas há muito tempo acho que Danilo não aparenta ser quem parece.
Glauco o olhou com cuidado e curiosidade. Conhecia Paolo há anos sempre discreto, dedicado, leal.
— É ele. Não tenho dúvida. Disse Glauco, com voz firme. — Agora… o que ele estava fazendo lá, eu gostaria muito de saber.
Levantou-se lentamente, caminhando até a janela do escritório. Embora estivesse fechada, ele manteve o olhar fixo ali, como quem tenta extrair uma resposta do horizonte.
— Você tem gente em quem confie? Perguntou Glauco.
— Entre nós? Paolo devolveu, cauteloso.
— Sim.
— Toda a equipe que o senhor chamou para esta operação é de absoluta confiança. Não comentei nada sobre a foto porque queria falar com o senhor antes.
Glauco se virou deva