Amália se assustou, se encolhendo sobre a cama, ao ver Glauco abrir a porta. — É assim que me agradece? Trago você para minha casa, ofereço minha comida... e você a recusa? Glauco disse diretamente. Assustada, Amália baixou os olhos. — Eu... — Vou te mostrar que não tem nada na sopa. Disse ele, direto. Aproximou-se da mesa. Pegou o prato e com um pouco mais de quatro colheradas, comeu toda a sopa, até raspar o prato por completo. Amália o olhava, atônita. Aquele homem grande, arrogante, de feições fortes... estava ali, de pé, devorando a sopa que ela recusara. — Apenas me deixe ir. Disse, baixinho. Talvez, se o tocasse com algum senso de piedade, ele a deixasse partir. — Ir? Tem alguém lá fora te esperando? Um amante? Glauco se inclinou, invadindo seu espaço. — Não tenho ninguém. Não sei do que está falando. Amália piscava rápido, ansiosa. Sua voz quase sumia. O calor dele, o cheiro amadeirado de sua pele, a intensidade dos olhos verdes... tudo a desnorteava. Sentia o coraçã
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