Na empresa, Glauco estava em uma reunião importante com o conselho. De pé, falava com firmeza, gesticulando sobre projeções e relatórios, quando sentiu o celular vibrar no bolso. Ignorou.
Mas o telefone continuou tocando, uma, duas, três vezes.
Seu assistente lançou-lhe um olhar preocupado.
Glauco respirou fundo, tentou continuar o discurso… mas algo dentro dele apertou o peito. Pegou o telefone.
Ao ver o nome na tela — Amália — Sentiu o estômago revirar.
Atendeu imediatamente.
— Amor?
Do outro lado, a voz dela era entrecortada.
— Glauco… a bolsa… estourou…
Ele não esperou mais nada. O coração martelava.
Virou-se para o grupo e apenas disse:
— Surgiu uma urgência. Continuem sem mim.
Saiu apressado. Seu assistente tentou acompanhá-lo.
— Senhor Glauco, o senhor está bem?
— Avise o pessoal… eu aviso depois. Respondeu, já entrando no elevador.
Na recepção viram-no passar quase correndo, o carro já o esperava na porta.
Dirigiu o carro em velocidade alta, o suor brotando na testa, o volant