Era rápido, quase imperceptível. Mas a semelhança com Carlos Rossi era forte o bastante para fazer seu estômago revirar.
Ela não disse nada de imediato. Mas aquela imagem, que parecia impossível, começou a se repetir em sua mente. Nos traços do rosto encoberto, na postura ao longe, na maneira como andava…
Seria mesmo ele? Ou só mais um fantasma, como o que haviam lhe dito?
Glauco ao ouvi-la levantou-se bruscamente, deixando cair a coberta que envolvia suas costas.
— Senhor… o senhor está ferido. Disse um dos seguranças, arregalando os olhos.
— Eu sei. Respondeu Glauco, indiferente, para espanto de todos. A raiva e a sensação de impotência ocupavam tanto espaço que já não havia lugar para a dor.
— Ferido? Amália se levantou num sobressalto. Com as mãos trêmulas, os dedos mais brancos do que já eram por causa do frio, ela começou a deslizar as mãos pelo peito dele, procurando o ferimento.
Fez isso na frente dos seguranças. Mas nem se deu conta. Seu desespero era tão visível… que todos e