Mundo de ficçãoIniciar sessãoEm Los Angeles dos anos 50, onde o glamour de Hollywood convive com a escuridão dos negócios ilícitos, três vidas são empurradas para um mesmo destino perigoso. Emilly, a recém descoberta herdeira Kinahan, tem sua história marcada por segredos e traumas que nenhum olho deveria testemunhar, e encontra proteção em Cillian Barnes, o homem encarregado de mantê-la segura, mas que falhou no momento mais crucial. Devastado pela culpa, Cillian faz de sua missão pessoal reconstruir o que não pôde impedir. Mas quando Arthur Holbech, um professor de astronomia que só queria sobreviver a uma noite social, cruza o caminho de Emilly, algo desperta nele. Um fascínio silencioso, imprudente, impossível de admitir diante do olhar vigilante dos Kinahan. Dois homens, tão diferentes quanto luz e sombra. Uma jovem que nunca foi livre para escolher. E um mundo onde sentimentos podem ser mais perigosos que qualquer arma. À medida que festas opulentas escondem ameaças, alianças e verdades sufocantes, Emilly, Cillian e Arthur se veem presos em um triângulo onde amor, dever e sobrevivência se confundem. Porque em Hollywood, ninguém ama impunemente, e muito menos quando o amor envolve sangue Kinahan.
Ler maisEmilly — Quem é ele, Emilly? — minha mãe perguntou devagar.Ele? Ela acha que eu estou envolvida com alguém?Bom isso é melhor do que ela saber a verdade.— Não existe nenhum “ele” — eu a encarei, tentando não me deixar intimidar.Eu fechei os olhos, me preparando mentalmente para outro tapa, virando o rosto com o impacto assim que sua mão atingiu minha bochecha mais uma vez.— Não tente me fazer de boba, Emilly. Eu o vi do outro lado da rua!Um pequeno soluço escapou de meus lábios enquanto eu me segurava para não chorar na frente dela. — Eu não sei do que a senhora está falando, eu não sei de homem nenhum — eu fiz o que pude para manter minha voz firme.Mas aquilo serviu apenas para irrita-la mais. Em um movimento rápido ela embrenhou a mão em meus cabelos, me arrastando em direção a escada.— Você pensa que pode me enganar? Eu estou farta dos seus joguinhos, Emilly — ela gritou enquanto eu tentava me livrar dela. — Me solta! — Eu a empurrei, sentido meus olhos se encherem de lag
EmillyChequei o horário em meu relógio de pulso mais uma vez, torcendo para que eu conseguisse retornar antes de minha mãe. Era quase hora do almoço, então tinha que me apressar para chegar antes dela.Nós não chegamos a uma decisão do que deveríamos fazer com tudo o que descobrimos naquela manhã, mesmo após passar a manhã inteira na companhia do homem, contando a ele detalhes de tudo o que eu sabia sobre minha falsa história de vida. Mas suas últimas palavras ainda estavam frescas em minha mente.“ Eu voltarei para Los Angeles ainda hoje, senhorita, mas esses são os meus contatos, não hesite em procurar por meu assistente se precisar de alguma coisa, ele providenciará tudo.” Observei o elaborado cartão de visitas em minha mão, onde ele tinha anotado o endereço e telefone de Cillian Barnes, que ele dizia ser seu assistente pessoal, mas eu duvidava que fosse apenas aquilo— Esse local está adequado, senhorita? — a voz do mesmo homem que me levou para casa na noite anterior me tirou d
FrancisO som dos pássaros e a brisa suave que me acalentava enquanto eu tomava café da manhã em um pequeno gazebo no jardim do hotel trazia um ambiente tranquilo e reconfortante para minha mente agitada enquanto eu fingia ler as notícias no jornal que um dos garçons me entregara mais cedo.Por mais que eu me esforçasse, eu não conseguia parar de pensar em tudo que aconteceu na noite anterior, assim que sair da festa meu motorista me levou até a casa onde ele havia deixado a jovem. Observei a residência de longe até as luzes se apagarem na esperança de ter algum vislumbre da mulher que poderia enfim confirmar ou descartar minha suspeitas. Minha mente começou a trabalhar em uma nova maneira de descobrir o que estava acontecendo, mas todas pareciam tolas até aquele momento. Seria possível que após tantos anos aquele demônio ressurgiria para atormentar a minha vida?Eu já tinha instruído meu assistente para conseguir um detetive para descobrir tudo sobre aquela garota e sua mãe, A grand
Emilly — Você não vai falar nada? — eu cruzei os braços, mantendo um olhar altivo. — Falar? Eu não gasto minha saliva com uma criatura tão traiçoeira, vil e egoísta — ela me olhou com desprezo. Eu respirei fundo, sabendo todo o drama que viria a seguir. — Você não acha que está exagerando? Eu fui apenas a uma festa que você já tinha permitido que eu fosse. — Exagerado? Sua menina ingrata! Eu dediquei toda a minha vida a você, Emilly! Toda a minha vida. Abri mão de tudo por você, para no fim, você não ter a mínima consideração pela sua própria mãe! — ela começou a erguer a voz, ameaçando chorar. Normalmente eu me comoveria com suas palavras, mas tudo o que aconteceu naquela noite e as dúvidas plantadas por Francis estavam dominando minha mente. E pela primeira vez em minha vida, eu não sentiria culpa, eu não podia confiar em minha mãe. — É claro que eu tenho consideração por você, você é minha mãe, e eu sempre te respeitei. — tentei trazê-la de volta à razão. — Me
Emilly Uma brisa suave agitou os fios espessos e rubros de minha cabeça, eu beberiquei o conteúdo da taça de champanhe que eu segurava, observando a escuridão da noite que nos cercava. Eu tinha decidido aproveitar um pouco a distração causada pelo caro presente que Francis Kinahan trouxe para os Hayes e fui para uma das varandas que dava para a frente da casa, tentando acalmar minha mente. Não se apavore, Amy. O homem tem a mesma cor de olhos e cabelos que você, mas isso não significa nada. Tudo bem, olhos violeta são extremamente raros, principalmente combinados com cabelos ruivos. Mas coincidências acontecem, certo? Sim, uma coincidência, apenas isso. Eu não tenho nenhum motivo para pensar o contrário. Um calafrio passou pela minha espinha e eu me virei depressa ao sentir uma presença tão forte que era quase opressora perto de mim. — Sr Kinahan! Ele estava parado junto a porta recém fechada, me observando com um olhar analítico sem a menor cerimônia. — Boa noite, senhorit
ArthurRespirei fundo, tomando um gole de whisky que um garçom me serviu, observando os convidados daquele evento. Eu já tinha conversado com nossos anfitriões que pareciam decididos a me apresentar a cada convidado, como se eu fosse algum tipo de espécime raro a ser exibido.Por que eu aceitei participar disso?Eu poderia estar tranquilo em minha casa, ou até mesmo visitando meus pais, mas não. Eu tinha que ceder às súplicas de minha amiga e me envolver nessa confusão.E a pior parte foi ter me envolvido sem saber com quem eu teria que lidar.Mas meu pensamento foi interrompido quando uma figura surgiu em meu campo de vista.Ela tinha cabelos ruivos, traços delicados e chamativos adornavam seu rosto e seu corpo estava envolto por uma seda azul marinho, destacando sua figura elegante.Meu olhar começou a acompanhar cada passo que aquela intrigante mulher dava, Margareth tinha se afastado, me deixando em um lugar um pouco oculto, livre para apreciar a beleza daquela jovem que parecia a





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