Conforme caminhavam entre os convidados, como no baile em Milão, as pessoas cumprimentavam Glauco com reverência, tentando se aproximar e conquistar sua simpatia.

As horas passavam. Glauco ficava cada vez mais impaciente. Nada novo, até que viu, atrás da escotilha de uma das cabines, os mesmos olhos verdes de Milão.

Ele acelerou o passo.

— Onde você vai? Perguntou Amália, quase correndo atrás dele, tentando não se chocar contra as pessoas.

Glauco olhou para o lado. Paolo estava posicionado. Trocaram um olhar rápido, Paolo assentiu, já sabia o que fazer.

— Fique aqui. Volto já. Disse Glauco, firme.

Antes que Amália pudesse dizer qualquer coisa, ele desapareceu entre o mar de gente que ria e conversava com taças nas mãos.

Ela olhou em volta e reconheceu Paolo não muito longe. Compreendeu: Glauco só a deixou porque sabia que Paolo estava ali.

Retirou-se um pouco, afastando-se da multidão, e ficou perto do guarda-corpo do navio. Contemplava as estrelas quando ouviu disparos. E depois, gri