Henrico, do outro lado da linha, descrevia o que havia interceptado: um grupo de gerentes das “lojas” marcara uma reunião num hotel de luxo em Alhambra, aparentemente incomodados com o sumiço de um tal “Lupo”.
Glauco sorriu, lento, satisfeito.
— Então estão preocupados por não verem mais o Lupo? Perguntou, levantando-se e se dirigindo até a janela. Ficou um instante olhando para o mar Tirreno, o horizonte escuro refletindo a sua calma feroz.
— Sim. Ao que indica, esse tal Lupo comanda tudo. Não sei quem ele é, mas, se pegarmos os chefes, talvez algum deles nos dê a localização dele. A voz de Henrico tinha firmeza, mas também reconhecimento do risco.
— Não há necessidade de buscá-lo direto. Disse Glauco com frieza calculada. — Precisamos garantir que todos os “gerentes” estejam lá. Concentramos, isolamos, observamos.
— Acho que nem todos estarão. Advertiu Henrico. — Pelos e-mails que interceptei, falta um da França e outro de Ibiza.
— Nós cuidamos desses. Respondeu Glauco. — A loja da