Tentação Proibida: A babá virgem da máfia
Tentação Proibida: A babá virgem da máfia
Por: DhaSantana
Prólogo

Prólogo

Scarlett Jonhson

“- Senhorita Jonhson, você é tão cheirosa... – a fala arrastada de Rocco é a prova que ele está alterado pelo consumo excessivo de álcool.

Eu tinha pedido para ele não beber tanto, mas ouvi meu chefe falar que eu não era a sua babá, e sim, a babá do seu filho.

Engoli seco, ando engolindo muitas palavras e atitudes desse homem por depender integralmente desse emprego. Literalmente a minha vida depende de engolir as palavras cortantes de Rocco Mancini.

- Se comporte Senhor Mancini, acredito que a bebida que ingeriu essa noite vai te deixar com muita dor de cabeça amanhã pela manhã. - Digo me afastando do seu nariz que está perto demais do meu pescoço.

Tínhamos acabado de deixar Luigi dormindo sereno em seu quarto, protegido por uma muralha que seu pai criou para ele não ser descoberto. Eu fazia parte desse sistema de proteção, e não pensaria duas vezes em me colocar na frente dele para o proteger.

Luigi era a minha luz em meio às trevas, já não me imaginava sem ele, mesmo sendo somente a sua babá.

Estava o colocando para dormir, quando Rocco entrou no quarto para ver o filho, e me pediu para o acompanhar até o seu dormitório.

Eu podia negar?

Não! Ele é meu chefe e tem a minha vida na palma das suas mãos como ele adora dizer quando quer me colocar medo.

A questão é que eu já não tenho medo, de alguma forma, abracei a minha situação atual e não consigo me ver fora daqui.

Se a minha mãe hoje está bem, é graças a ele.

Se hoje eu cuido da criança que salvei, e tenho um grande amor profundo, é por causa da sua benevolência dele.

Rocco Mancini tem algo a mais que me prende a ele, como o bom dominador que é. Tem o fato dele também ter o meu tolo coração, mesmo não fazendo a menor questão.

Sim, depois de tudo que vivi e vi ao lado desse homem, ainda tive a coragem de me apaixonar por ele. Sou louca o suficiente para me apaixonar por um mafioso que acha que amor é fraqueza e defeito. Que amar o faz vulnerável. Ser amado te faz ser uma praga a ser aniquilada.

Rocco ou melhor, Senhor Mancini estava com cheiro de whisky caro, charuto e aquele perfume que me deixa quente.

Ele queria me manter longe, mas vivia me vigiando e à espreita. Eu acreditava ser porque eu cuido do filho dele, mas os seus olhos sempre dizem outra coisa.

Olho para o homem que parece ter sido afetado pela bebida, mas ele é um mafioso. Eles nunca estão fora da sua performance, então era difícil acreditar que ele se deixou embriagar.

Senhor Rocco está rindo de lado olhando para mim, em um corredor que não é tão longo ao ponto dele se perder. Ele tinha se mudado para a nossa ala, segundo ele, era questão de segurança.

- Não estou bêbado, somente bebi para esquecer o que eu não posso ter... – Rocco fala começando a andar ao meu lado.

Fico em silêncio porque ele nunca é tão aberto ao diálogo assim.

Com nosso andar sincronizado, Rocco faz questão de esbarrar seu braço nos meus, e fecho os olhos tentando conter aquela sensação que fujo todas às vezes que fico tão perto dele.

Eu sempre me faço de neutra e distante, mas tenho uma paixonite reprimida por esse homem que é frio, exigente e meio possessivo.

Paramos na porta do seu quarto, como eu disse, ele não precisava de ajuda.

- Quem diria que um mafioso precisasse de companhia para vir ao seu próprio quarto? – Rocco me olha com aqueles olhos azuis piscina mais brilhantes que nunca.

- Porque está tensa senhorita Jonhson? - Pergunta com um sorriso sacana nos lábios.

- Não estou tensa, estou cansada..., Luigi está começando a engatinhar e... – Ele arqueia a sobrancelha. Ele não acreditava em minhas palavras.

- Sabia que você fica engraçado tentando se manter nessa pose de babá perfeita! - Diz sem nenhum cuidado. - Eu sei que está pensando em mim, senhorita Jonhson. Sempre lhe vejo suspirando pelos corredores ou sentada lendo livros quando eu passo. - Ele retira um dos meus cabelos que estava soltos do meu pescoço.

- Eu sei que você é doida para ir para minha cama com as mulheres que te obrigo a dizer para irem embora na manhã seguinte... - Sinto a minha pele se arrepiar, minha respiração falhar e minhas pernas fraquejarem.

Ele fazia exatamente isso, deveria ser para me punir.

- O senhor está bêbedo! - Determino não dando importância às suas palavras, ele realmente me obriga a desconversar todas as mulheres que ele leva para a sua cama.

Mas o que realmente chama a minha atenção é o fato do meu chefe está mais sociável, ele sempre está pronto para me matar com as suas próprias mãos e agora está rindo com um sorriso perfeito e tão branco como propagando de pasta de dente.

- Acho melhor o Senhor entrar em seu quarto e tomar um banho frio para dissipar o álcool do seu organismo. - Digo dando graças a Deus que ele está com a mão na maçaneta.

Ando apressada para o meu quarto, queria trancar a porta urgentemente e me afastar do meu chefe bêbado.

- O que eu preciso fazer para ir para a cama comigo? - Estanco no lugar. - Eu sei que você quer, sei que é solteira e não tem nada a perder em uma noite sem compromisso. - Ali estava meu chefe, com as mãos no bolso, olhos penetrantes e parecia que nem estava mais bêbado.

- Melhor esquecermos essa conversa, Senhor Mancini. O senhor pode me mandar embora amanhã, mas eu não posso me dar ao luxo de perder o meu emprego. Até porque não se sai depois de tudo que eu vi, certo? Tenho a minha mãe para cuidar e tenho Luigi que preciso proteger. – Digo firme, mas meu coração balança com a possibilidade de ser sua, pelo menos uma noite.

Mesmo sabendo que amanhã ele vai me tratar como lixo.

- Se você não for para a cama comigo, você não terá um emprego amanhã... - Ele solta essas palavras como se fosse nada, um soco seco e sem arrependimento.

Ali estava meu chefe, Rocco Mancini. O homem que acabou de quebrar uma regra que eu mantinha dentro de mim, a distância. Precisava me manter distante para não cair na teia dele.

Fechei os olhos para tudo, pois muita coisa dependia de mim naquele momento.

Quando abri meus olhos, eu fui até ele e peguei na sua mão que estava estendida.

- Não faça essa cara, eu sei que você quer. – E o pior, eu queria.

Venho a meses desejando esse homem, me derretendo todas às vezes que ele me defendia, me falava algo bom e até me olhava por mais tempo. Que ele lembrava de mim em gestos, que demonstrava ser um pai presente, não amoroso, mas cuidadoso.

Eu sonhava alto, com algo que não podia ter.

Eu queria ter ele para mim, mas Rocco Mancini sempre deixou claro que nunca iria amar alguém. Que não iria se entregar tão fácil assim.

Então, essa era a minha oportunidade. Eu seria dele por uma noite, e o amanhã. Quando o sol raiasse no horizonte, seria o momento que eu poderia julgar os meus atos.

O ar que nos cercava ficou denso, quase sufocante, carregado com o cheiro inebriante de desejo e whisky caro. Senti a mão de Rocco apertar a minha, um aperto firme e inegável que me puxava não apenas para o quarto dele, mas para um abismo de consequências que eu estava, surpreendentemente, disposta a encarar.

Meus olhos encontraram os dele — aquele azul piscina, agora escurecido pela intensidade e pela embriaguez do desejo — e vi um lampejo que não era de escárnio, nem de simples luxúria, mas de uma necessidade quase selvagem. A minha alma reconheceu e atendeu ao chamado dele. E agora eu iria me afogar nesse mar de incertezas.

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