Capítulo 5
O Dom em Fúria
Eu me movi em um borrão. Marco não viu nada. Aquele desgraçado somente abria a boca para falar besteira.
Agarrei o colarinho do seu paletó e o girei, jogando-o contra o mármore da parede. O impacto o deixou ofegante, e o som seco do choque ecoou no vasto hall.
- Não toque nela. - Eu rosnei, meu rosto a centímetros do dele. Minhas mãos apertaram o tecido e sua garganta, a força pura do Dom Mancini em ação. - Nunca mais.
Marco tentou recuperar o fôlego, a surpresa em seus olhos.
- O quê? É só uma... vadia! Por que está agindo assim? - A ira me consumia. Minha mão se apertou mais, cortando sua respiração. - Quantas mulheres já dividimos, quantas?
- Você entra na minha casa, a casa, e coloca suas mãos imundas sobre minha propriedade! - A palavra saiu errada. Eu não a via como propriedade, mas era a única forma de justificar meu surto para ele. - Esta é minha casa, Marco. E os meus funcionários não são entretenimento para a sua luxúria. Saia. Agora. - Eu