Ela é uma jovem mãe que sonha em se aventurar pelo mundo. Desde criança Donatella fazia planos para um futuro promissor e cheio de aventuras, porém, com o passar dos anos ela conheceu a dura e cruel realidade do mundo. Vendida pelos pais para um homem bem mais velho, Donatella se vê acorrentada a um relacionamento abusivo, cheio de maldade e agressões. Seu único refúgio são seus filhos, que mesmo sendo fruto de um relacionamento forçado, ainda são sua fonte de vida. Após o falecimento do seu algoz Donatella se vê em uma vida miserável e cheia de dívidas. Para garantir a sobrevivência dos dois filhos, Donatella, sem pensar duas vezes, aceita assinar um contrato de casamento com dois homens que, ao seu ver, queriam apenas o status. Agora Dona se vê novamente acorrentada, porém, são suas duas mãos que estão atadas. Já Luan e Mikael, conhecidos como os Gemeos Rizzo, querem apenas uma garantia de que seu filho bastardo Dário tenha uma figura materna presente e Dona parece um ótimo pilar para o relacionamento que eles desejam construir com a criança. O destino, traiçoeiro e sacana, pretende surpreender a todos quando os dois homens que juraram nunca amar uma mulher, se vêem à mercê dos olhos castanhos e expressivos da mulher que a muito tempo sente dor, não física, mas sim dentro de sua alma. Será que Donatella deixará ser amada pelos dois estranhos que muito a olharam com desdém? Será que Luan e Mikael vão se entregar a esse amor quase impossível, um amor proibido? Venha embarcar comigo nessa nova aventura!
Leer más10 anos atrás
Donatella
Estava sentada em um balanço aproveitando os poucos raios de sol do inverno cruel que estava passando lentamente. Meus dedos estavam quase congelando e meus dentes rangiam, mas não deixaria de aproveitar um pouco da aparente liberdade que estava tendo naquele dia.
A paz estava reinando no quintal da casa antiga e bem conservada que eu vivia, coisa anormal para um ambiente com sete crianças. Sim, eu tenho sete irmãos de idades diferentes. Minha doce mãe pariu uma criança atrás da outra e eu sou a sétima.
Ela conseguiu fazer seis lindos garotos, para o orgulho do meu querido pai, e para o meu azar nasci menina.
Ele nunca expressou orgulho, amor ou qualquer coisa que um pai normal faria. Nunca fui a filha protegida, nunca fui amada por ele e muito menos pela minha mãe, que infelizmente está cada dia mais amarga.
Minha família tinha dinheiro, muito dinheiro e sempre ouvi meu pai se gabando disso para Deus e o mundo, porém tudo mudou quando nasceu dentro de seu peito mesquinho a sede por poder, por jogos e apostas.
Uma combinação explosiva que arruinou nossa família por completo e estava trazendo lentamente a ruína total.
Meus irmãos já não andavam mais com roupas de marca, eles já não tinham os aparelhos de última geração e até seus videogames que nunca pude nem sequer tocar um dedo estavam em suas posses, tudo vendido.
Meu pai enlouqueceu completamente, mas de acordo com ele tudo vai mudar no dia de hoje.
Ele fez com que todos ajudassem na arrumação da casa, já que não podemos mais contratar empregadas para a limpeza.
A única excluída fui eu. Por algum motivo milagroso não me colocaram para fazer as tarefas da casa, coisa que eu sempre fazia.
Quando a noite foi aparecendo decidi entrar, estava gelada.
_ Tome um banho e coloque a roupa que coloquei em cima da sua cama.
Disse minha mãe sem rodeios. Meus irmãos já estavam arrumados e sentados na sala.
Meu pai estava nervoso e dava pra ver isso no semblante dele.
Depois do banho que tomei coloquei a roupa que minha mãe havia deixado em cima da minha cama. Por milagre eu ainda tinha onde dormir.
Quando desci as escadas a tal visita que meu pai tanto falava havia chego.
O homem idoso me cumprimentou com um aperto caloroso de mãos e durante o jantar inteiro não tirou os olhos de mim, causando-me arrepios pelo corpo inteiro.
Meu pai estava animado, falava até pelos cotovelos e quando minha mãe tentava interagir um pouco sem vergonha alguma ele a mandava ficar quieta, que o assunto era de homens.
Eu posso não ter nenhum afeto com minha mãe, mas a forma que ele a tratava me deixava irritada.
Quando o homem finalmente estava prestes a ir embora fiquei surpresa com a fala de meu pai.
_ Donatella, você irá junto com o senhor Lourenço. Seja uma boa menina.
Olhei para o meu pai sem entender o real objetivo de suas palavras. O velho sorriu gentilmente, acenando em direção a porta. Meus irmãos estavam quietos, todos os seis.
Abri minha boca querendo questionar mas o olhar dele já disse tudo. Minha mãe estava fria como sempre e sem saída caminhei em direção a porta. Não tinha opção, nem que eu quisesse conseguiria correr ou fugir. Haviam nove pessoas naquela casa, e nenhuma delas me ajudaria. Por que lutar? Por que remar contra a maré? Não tinha escolha a não ser ir, fingindo ser uma marionete muda.
Quando entrei no carro que cheirava a novo olhei mais uma vez para a minha família, com ranço, amargura e tristeza.
Se fosse para ir para longe tudo bem, mas não queria vê-los nunca mais.
ThaliaAbri meus olhos sentindo meu corpo pesado. Tudo ainda estava na mais completa escuridão, e senti minha cabeça doer. Acho que a porra da bebida estava batizada, porque nunca senti uma dor de cabeça sequer, ainda mais com tão pouca bebida. Tentei me levantar, mas havia um par de braços fortes rodeando meu corpo, e por mais que tudo ainda estivesse escuro, o reconheci pelo cheiro. Matheus deu um verdadeiro show essa noite, e valeu a pena cada minuto. Confesso que me surpreendi muito, ainda mais pela pegada do garoto muito mais novo do que os outros homens com quem estive. A minha realidade atual é que estou com vontade de passar a noite inteira aqui, até clarear o dia e até ficar tarde novamente. Queria ficar deitada, confortável e sentindo o calor masculino, poderia dizer que gostaria muito de ser fodida novamente, da mesma forma que ele me fodeu antes. Porém…_ Ei, acorda. _ Cutuquei o homem. Ele resmungou alguma coisa, me apertando ainda mais contra o seu corpo. _ Matheus, a
LuanRespirei fundo, observando Donatella completamente apagada. É bom vê-la dormindo tranquila, e ainda mais vendo meu irmão tão sereno também. No fim das contas acabei pegando no sono ainda no escritório, então, os dois acabaram se divertindo sem mim. Justo, já que a minha foda com a mulher no escritório foi de tirar o folego. Peguei meu celular e vi que já é manhã. Caminhei tranquilamente para o jardim, e sentei um pouco. Nosso maior medo é perder Dona e as crianças, e por mais que possamos ter tudo em nossas mãos, ainda sim tememos pela perda da coisa mais preciosa de nossas vidas. É um sentimento estranho, algo raro, mas ainda sim está presente.Levantei e preparei todo o café da manhã, incluindo o das crianças. Quando chegou no horário certo Dona desceu com cara de cansada. _ Ué… pensei que ainda estivesse dormindo. _ Disse ela coçando o olho. _ Acordei cedo, não vi você. Tomei banho e preparei o café da manhã. As crianças ainda estão dormindo. _ Oh.. obrigado. Essa é a min
Thalia Matheus estacionou na nossa garagem. Esperei até que ele descesse, e quando saí do carro fingi uma tontura. _ Ei, a senhora está bem? _ Perguntou ao correr em minha direção. O garoto segurou meu braço com delicadeza, tentando manter-me em pé. Sou boa em fingir, porque a bebida que tomei não fez nem cócegas, quanto mais me deixar tonta. _ Me leve até meu quarto, por favor. _ Pedi educadamente, mantendo minha mão no rosto, como se estivesse com um mal estar. Ele prontamente me pegou no colo, e soltei um grito seguido de uma gargalhada. O rosto dele ficou corado enquanto caminhava comigo pela mansão. Senti que suas mãos me apertaram ainda mais enquanto subia as escadas, como se estivesse garantindo a minha chegada ao topo da escada em plena segurança. _ Você é forte, Matheus. _ Murmurei as palavras enquanto encarava-o. Ele nem piscou na minha direção, e continuou fazendo o caminho do meu quarto. Quando paramos em frente a porta, ele me colocou no chão._ Não vai me colocar
Thalia_ Vou ficar de castigo até quando, Matteo? _ Perguntei apertando os punhos. Ele deu uma risada carregada de ironia, e da mesma forma que eu estava com raiva, deu para ver que ele também. _ Até quando eu decidir, Thalia! _ Ele disse meu nome com uma breve pausa, como se me chamasse para a briga. O ódio começou a inflamar ainda mais forte dentro do meu peito. Ao mesmo tempo que a ânsia por fazer as pazes com a minha mãe e meu pai gritava. Mas não, não darei o braço a torcer. Virei as costas e subi as escadas, batendo meus pés com força contra os degraus. Sei que não vai adiantar de nada fazer birra como uma criança mimada, mas a essa altura até meu nível baixou. _ Ok, fique calma. _ Murmurei observando meu reflexo no espelho. Por sorte, ele e a mamãe estão de saída. Por mais que ele tente colocar os soldados atrás de mim, nada vai me impedir de sair, de curtir pelo menos uma noite de paz, ou loucura. Escorei meu corpo no batente da porta que dá para a varanda. Meu quarto é
ThaliaProcurei minha mãe pela casa e não a encontrei. Sei que ela ficou magoada com as minhas palavras e quero me redimir. Talvez não adiante muito conversar agora, até porque vou ter que mentir e dizer que me arrependo do que falei, ou que não foi intencional, quando na realidade eu realmente penso que minha mãe é muito sonsa. Não consigo acreditar que ela conseguiu sobreviver a um relacionamento com o meu pai, o cara maluco que matou meia máfia por ela. Mas enfim, gostos não se discute. Se eu fosse meu pai, teria escolhido uma mulher de sangue italiano puro, de família nobre e que enriquecesse ainda mais os Rizzo. Porém, ele quis viver um clichê de livro brega, e se casou com a pobretona que encontrou na rua desmaiada. Claro, sei que minha mãe não teve culpa de ter passado pelos perrengues que a vida lhe deu, e que por muito pouco não foi abusada, mas porra, ela poderia ser mais esperta, mais astuta. Graças a Deus eu puxei o sangue azul da família, e não a burrice da coitada da min
ThaliaSuspirei ao observar o jardim impecável da mansão. _ Que tédio. _ Murmurei. Obviamente, após voltar do shopping meu pai fez questão de colocar-me de castigo. Mesmo minha idade já sendo a de uma mulher adulta, ainda tenho que obedecer as ordens do senhor Matteo Rizzo. Ele odiou meu cabelo liso e mais loiro do que antes, mas honestamente, eu não liguei nada para a opinião dele. Já minha mãe ficou com aquela cara de choro que só ela tem. Não senti um pingo de remorso, de culpa nem nada relacionado. Mas claro que o senhor Matteo precisava tomar as dores da mulher, então agora estou proibida de sair de casa por uma semana.Eu fico puta, mas infelizmente ainda não tenho poder o suficiente para calar meu próprio pai. Espero que ele decida por uma aposentadoria logo, senão vou acabar maluca. O trabalho do meu pai é fácil, pois tudo que ele precisa fazer é tomar decisões. Sei que uma decisão errada pode acarretar em coisas muito pesadas e ruins, mas é só abafar com um pouco de dinhei
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