O sol da tarde dourava as ruas da pequena vila suíça, refletindo-se nas vitrines como cintilações de um sonho perfeito. Rafaella caminhava com passos leves, os olhos brilhando com uma alegria rara. Salvattore havia saído há pouco para uma reunião urgente com Matteo e Erich na cabana mais afastada. Antes de partir, a abraçou com ternura, deixando beijos suaves em sua testa e um pedido silencioso de que se cuidasse.

— Não preciso de seguranças se souber que você está protegida — murmurou ele, antes de desaparecer no carro blindado.

Com o coração leve, Rafaella continuou seu passeio. Foi então que viu.

A loja.

Toda decorada com tons pastel, ursinhos de pelúcia artesanais, roupas bordadas à mão, sapatinhos tão pequenos que mal cabiam entre seus dedos.

Ela entrou sem pensar duas vezes. O sino da porta tilintou como uma melodia infantil. Seus olhos percorreram cada prateleira, cada cabide, cada canto encantado como se fosse uma criança.

Otávio, o soldado mais próximo e leal, ficou do lado d