Enrico foi criado para ser o dom da Cosa Nostra, desde pequeno aprendeu sobre honra e dever, sabe que a família sempre vem em primeiro lugar e que deve ser cruel e implacável com seus inimigos. Quando seu pai diz que ele precisa se casar para assumir oficialmente a cadeira de dom, Enrico concorda imediatamente, mesmo não fazendo ideia de quem seja a noiva. Movido por sua curiosidade, ele vai atrás dela, na intenção de observá-la de longe, somente para saber quem é a mulher com quem vai se casar. Quando vê a linda garota de cabelos ruivos de tom alaranjado e ar inocente, ele se apaixona à primeira vista e uma profunda obsessão toma conta do mafioso. Enrico só não contava que a bela ruiva era, na verdade, sua cunhada, irmã mais nova de sua noiva, e filha bastarda do Subchefe da Camorra. Annastacia Petrov sabe que é fruto de uma traição e paga na pele pelo erro de seu pai, aguentando diariamente os maus tratos da madrasta, mesmo assim não perde sua essência, ama profundamente o seu pai e sua irmã. Ela só não esperava se apaixonar pelo dom da Cosa Nostra, noivo de Isabela. Annastacia nunca poderia imaginar que o belo e misterioso homem com quem vinha trocando olhares era, na verdade, Vitório Greco. Agora eles estão envoltos em sentimentos proibidos, e uma atração impossível de resistir. Ele não vai desistir. Ela quer ir embora. Ele vai lutar para ter a mulher que deseja. Ela se sente culpada por amar o noivo de sua irmã. Ele é o Dom da Cosa Nostra. Ela é uma bastarda. Um amor que parece impossível, um homem obstinado e um plano ousado. Vitório e Annastacia formam um casal totalmente improvável, mas quando duas almas se completam, nada consegue afastá-las.
Ler maisSerena Marino Serena_ Os soldados não vão nos acompanhar?Pergunto quando Santino arranca com o carro, notando que nenhum outro veículo está nos seguindo.Santino _ Não há necessidade.Não questiono sua resposta, mesmo achando estranho, nunca o vi andar sozinho, há sempre um grupo de soldados com ele, mesmo que se mantenham a uma certa distância, nos dando privacidade, é impossível não notar a presença deles.Santino dirige por cerca de cinco ou seis minutos, ele nem chega a sair do condomínio dos Greco e logo para em frente, há uma bela mansão com um lindo jardim na frente.Fico encantada com aquela casa, todos os detalhes, cada pedacinho daquela construção exala um tipo de áurea que remete a um lar feliz.É claro que ela é luxuosa ao extremo, mas dá para ver que foi pensada e construída para ser um lar de verdade.Olho para meu agora marido, confusa.Serena_ O que estamos fazendo aqui? Pensei que fossemos para o seu apartamento.Santino _ Me desfiz do apartamento, vamos morar aqui.
Santino Greco Quando as portas da igreja se abrem e Serena entra em seus passos lentos, quase perco o fôlego, minha sereia está deslumbrante.O vestido valorizou suas curvas perfeitas, realçando sua cintura fina e se abrindo aos seus pés, fazendo com que ela se pareça com uma sereia de verdade.O longo véu com a coroa de diamantes que dei a ela de presente só completa o visual mágico, quase etéreo.Quando os olhos de Serena encontram os meus, o resto do mundo desaparece, somos só nós dois ali, ela é a minha perdição, minha obsessão e meu mundo.Os últimos dois anos vêm à minha mente, cada minuto em que a observei mesmo de longe, cada noite em que invadia seu quarto, cada suspiro que eu, feito um idiota apaixonado, soltava pensando nela, na minha doce sereia.Lembro-me também da nossa última noite, quando fizemos as pazes há três dias, da forma como ela correu para os meus braços, de como me senti completo.Dormi em sua cama naquela noite, queimando de desejo, mas não a toquei, respei
Santino GrecoEm dois anos, quatro dias foram o maior tempo em que fiquei sem ver minha sereia.Estava puto com ela, muito puto, mas sabia que muitas das suas atitudes mal pensadas eram por conta da pouca idade, não podia cobrar maturidade de alguém tão jovem.Mesmo assim, não podia evitar a raiva que me dominava toda vez que fechava os olhos e via aquele desgraçado com as mãos imundas tocando nela.Nem mesmo arrancar as mãos e cortar fora a boca do filho da puta, com ele ainda vivo, me trouxe alguma satisfação. Ver o cara urrar de dor e se mijar todinho também não foi o suficiente.Estava tão sem paciência que nem quis mais o torturar, acabei com tudo, atirando em sua cabeça e mandei que jogassem o seu corpo em um beco qualquer.Só não contava que, quando sua foto saísse nos jornais anunciando o seu assassinato, fossem aparecer tantas mulheres o acusando de estupro.Merda, em pensar que Serena estudou com ele e conviveu por anos com o perigo sem saber.No fim, ao menos ela não carreg
Serena Marino Não vejo Santino há quatro dias, ele não tem aparecido em meu quarto à noite, nem na mansão Greco, onde sabe que tenho passado a maioria do meu tempo devido à organização do nosso casamento.Se é que ainda vai haver casamento, também não sinto mais a sua constância presença como antes.No fundo, eu sei que ele está me punindo pelo que aconteceu, vi o quanto ele ficou com raiva quando me viu sem o anel de noivado.Até mesmo titia estranhou o seu sumiço, mas eu não tinha nenhuma explicação para dar.O problema é a saudade que me consome, em dois anos convivo com a sua presença silenciosa todos os dias e mesmo pensando que estava maluca imaginando coisas, eu gostava daquilo, me sentia segura, protegida e desejada.Agora as noites pareciam mais longas, os dias mais sem graça e um vazio opaco se instaurou dentro de mim.Tenho feito tudo de forma mecânica e todos ao meu redor notaram a minha tristeza aparente, felizmente ninguém questionou nada, provavelmente devem estar pens
Serena Marino Pelo resto do caminho, fomos em silêncio, Santino com um semblante ainda carregado de raiva e eu perdida em pensamentos, analisando o fiasco que foi a noite.Quando chegamos ao prédio onde Santino morava, fiquei de boca aberta com a grandiosidade do lugar.Ele me guiou até um elevador privativo ainda em silêncio, apesar de toda a tensão que nos envolvia. Não aguentei mais e decidi ser a primeira a falar.Serena_ Você está bravo comigo?Santino_ O que você acha? Saiu sem a minha permissão, deixou que outro homem te tocasse e ainda teve coragem de defendê-lo.Sua fala é cortante, mas dessa vez não o deixo me intimidar, preciso me impor ou vou acabar perdendo minha essência nessa relação.Serena_ Em primeiro lugar, o fato de estarmos noivos não te faz meu dono, em segundo lugar, não deixei que ninguém me tocasse, aquilo não foi consensual e, em terceiro lugar, eu não defendi ninguém.Santino _ Não? Porque me lembro muito bem de você me pedir para não matar aquele filho da
Serena Marino Tinha me esquecido que aceitei sair com a Antonella, a semana foi tão intensa, tantas coisas aconteceram, e, na verdade, eu mal me dei conta de que o final de semana havia chegado.Estava tão envolvida com Santino que nem ao menos havia falado com a minha amiga depois da nossa última conversa.Não contei a ela que estou noiva, nem que o casamento é daqui a sete dias.Talvez por isso, não consegui dizer não quando ela chegou lá em casa toda animada e pronta para ir à festa.Devia ter ligado para ela e cancelado tudo, até porque nem estava a fim de sair, sempre ficava deprimida quando visitava Andrea e o via naquele estado de coma, sem nenhum sinal de melhora.Sem contar que detestava música alta e gente bêbada, mas agora era tarde demais, não poderia deixar Antonella na mão, é por isso que estou aqui nessa boate, com os tímpanos quase estourando, sorrindo e fingindo que estou adorando tudo, quando, na verdade, queria mesmo era estar em casa jogada no sofá com titia, assi
Último capítulo