POV Salvattore Bianchi
O salão estava impecável.
Tulipas azuis e copos-de-leite brancos compunham a decoração como se tivessem brotado da memória da minha mãe. Era impossível olhar ao redor e não senti-la presente ali, mesmo tantos anos depois. Aquela era uma homenagem de Chiara à nossa mãe, Giulia Bianchi — e, sinceramente, não podia ter sido mais perfeita.
Chiara era o retrato da felicidade. Estonteante no vestido branco rendado, com um sorriso leve e lágrimas insistentes que ela tentava conter. Matteo, com toda sua imponência de irmão mais velho, entrou com ela na cerimônia, orgulhoso como nunca o vi antes. Eu e Rafaella éramos os padrinhos, e caminhar com ela ao meu lado — minha mulher, minha alma — me dava uma sensação de completude absurda. Ainda me surpreendia como ela conseguia me deixar mais apaixonado a cada dia.
Erich estava nervoso, visivelmente desconcertado no altar. Era quase engraçado ver aquele homem acostumado com o perigo, com armas e decisões de vida ou morte, trem