— Não me faça essa pergunta. — A voz saiu baixa, densa, mais próxima de um rosnado do que de qualquer resposta. Eu estava prestes a explodir também. Mas o peso daquelas palavras… estava ali. Como uma arma engatilhada entre nós dois.
Mas Luka não recuou. Nem um centímetro. Ele avançou. Um passo. Dois. O ar entre nós ficou denso. Mortal.
Os olhos dele queimavam. O rosto era puro desprezo. A voz, quando veio, era um veneno contido entre os dentes:
— Você não percebeu o que fez? — ele rosnou, a frieza na voz como uma lâmina afiada. — Ela é uma distração. Um risco. Você transou com ela e agora está tudo perdido. A missão, a lealdade, o que você tinha… tudo se foi porque você não consegue deixar de pensar com o pau, Alexey.
Cada palavra dele parecia pesar mais, me jogando contra a parede de uma forma que eu nunca tinha experimentado antes. Ele sabia onde tocar. Sabia onde me ferir.
Mas eu estava além do ponto de recuar. Olhei nos olhos de Luka, mais enfurecido do que nunca.
— Não. Nã