Lorena Fischer é uma jovem médica talentosa e apaixonada pela profissão. Forte, determinada e independente, ela vive para salvar vidas e se dedicar ao hospital onde trabalha em Nova York. Mas seu mundo vira de cabeça para baixo quando um homem ferido dá entrada na emergência e, junto com ele, vem Rick Ocasek — um homem perigoso, arrogante e dono de uma presença intimidadora. Rick não é apenas um homem qualquer. Ele é um líder implacável, acostumado a ter o controle de tudo ao seu redor. Quando Lorena desafia sua autoridade sem medo, ele se vê intrigado pela coragem e audácia da doutora. Então, decide que ela será dele, custe o que custar. Entre confrontos, tensão e uma química avassaladora, Lorena e Rick se veem presos em um jogo perigoso, onde o destino parece brincar com seus sentimentos. Ela sabe que deveria manter distância, mas o olhar dele diz que já é tarde demais. Entre o amor e o perigo, entre o desejo e a razão, Lorena precisará decidir se está disposta a arriscar tudo por um homem como Rick Ocasek. Será que o amor pode sobreviver a um mundo onde a lealdade e a violência caminham lado a lado?
Ler maisO hospital estava mergulhado em sua calmaria habitual, apenas o som distante dos monitores cardíacos e o murmúrio dos funcionários preenchiam os corredores. Lorena Fischer aproveitava esse breve momento de paz em sua sala, organizando alguns relatórios, quando uma voz grave e furiosa cortou o silêncio.
— Cadê o médico? Não tem médico nessa porra não?! — A voz ecoou pela recepção, carregada de impaciência e fúria.
Camila, a enfermeira, ergueu o olhar, mantendo a postura profissional.
— Senhor, por favor, acalme-se. Em que posso ajudá-lo?
O homem à sua frente não parecia disposto a ouvir. Sua mandíbula estava travada, os olhos intensos como lâminas afiadas, e a presença dele exalava autoridade.
— Eu quero a porra de um médico AGORA!
Lorena franziu a testa ao ouvir a discussão. Saiu da sala com passos firmes, sentindo a tensão no ar aumentar a cada segundo. Assim que chegou à recepção, seus olhos captaram a cena. Um homem de terno preto, ombros largos e expressão feroz dominava o espaço. Atrás dele, sentado em uma cadeira, estava um segundo homem — este, no entanto, parecia à beira do colapso. Seu rosto estava pálido, o peito subindo e descendo com esforço. O sangue encharcava sua camisa e escorria pelo chão branco, deixando um rastro rubro.
Sem hesitar, Lorena correu até ele. Mas antes que pudesse se aproximar, sentiu um aperto firme no braço.
— Quem você pensa que é? — A voz do homem soou baixa e ameaçadora, seu hálito quente roçando sua pele.
Ela ergueu o olhar, enfrentando a fúria intensa que queimava nos olhos dele.
— Sou médica e ele precisa de ajuda. Agora, se me der licença, poderia soltar meu braço? — Sua voz permaneceu firme, sem um traço de medo.
Ele apertou um pouco mais antes de soltar, como se testasse sua determinação.
— Você não vai encostar nele. Não é qualificada para isso. É só uma garotinha.
Lorena estreitou os olhos, sentindo o sangue ferver nas veias.
— Sou a única médica disponível. Ou o senhor me deixa cuidar dele, ou com certeza ele vai morrer. A escolha é sua.
Os olhos do homem analisaram-na por alguns segundos, um silêncio tenso pairando entre eles. Então, sem dizer uma palavra, ele fez um leve aceno de cabeça para os seguranças ao lado do ferido.
Assim que Lorena se ajoelhou ao lado do paciente, sentiu uma mão forte segurar seu pulso. Ela se virou e encarou novamente o homem intimidador. Seu olhar penetrante segurava o dela como uma corrente invisível.
— Se acontecer alguma coisa com ele… você morre. — A ameaça veio fria, letal, mas Lorena apenas sustentou seu olhar sem desviar.
O cheiro de sangue era forte, misturado ao leve aroma de álcool que exalava da pele do ferido. O hospital, normalmente um ambiente seguro, agora parecia ter se transformado em um campo de batalha silencioso.
Ela engoliu em seco. O que quer que estivesse acontecendo ali, não era só um caso médico comum.
***
A sala de cirurgia estava mergulhada no som dos monitores cardíacos e no ruído constante dos aparelhos respiratórios. O cheiro metálico de sangue misturava-se ao aroma forte do antisséptico, impregnando o ar. Lorena Fischer manteve-se focada, as mãos firmes enquanto costurava a última incisão. A cirurgia havia sido complicada, mas, contra todas as probabilidades, o paciente estava vivo.
Após limpar-se rapidamente e remover as luvas, saiu para encontrar o homem que esperava impaciente do lado de fora. Assim que o viu, ele já avançava em sua direção, seus olhos queimando de raiva contida.
— Senhor, a cirurgia foi complicada — começou Lorena, sua voz profissional e controlada. — As balas perfuraram o rim dele, ele perdeu muito sangue, teve uma parada cardíaca e...
Ela não teve tempo de terminar. O homem a empurrou contra a parede com força, sua mão grande envolvendo seu pescoço com agressividade. O impacto a fez arfar, e o frio das azulejos contra suas costas contrastava com o calor da mão dele apertando sua pele.
— Eu disse que se acontecesse alguma coisa com ele, você ia morrer — a voz dele saiu baixa e ameaçadora, cada palavra carregada de fúria contida.
Lorena lutou para respirar, seu coração batendo forte contra as costelas. Com dificuldade, murmurou:
— O senhor deveria ter mais paciência... Seu amigo está vivo... está estável...
A intensidade do olhar dele não diminuiu, mas, após um momento de hesitação, ele a soltou. Ela ofegou, levando a mão ao pescoço dolorido, recuperando o ar que lhe fora tirado.
— Onde ele está? Me leve até ele — ordenou, sua voz ainda carregada de raiva.
Lorena ergueu o queixo, recusando-se a recuar.
— Ele está no quarto, mas o senhor não pode vê-lo agora.
— Como não? — a irritação cresceu visivelmente em seu rosto.
— Senhor, ele passou por uma cirurgia, precisa descansar. Precisa de paz e sossego nesse momento e... — Ela cruzou os braços, desafiando-o com o olhar — eu duvido que o senhor seja capaz de dar isso a ele agora.
Um músculo na mandíbula dele saltou. Ele não gostava de ser desafiado. As mãos se fecharam em punhos ao lado do corpo.
— Não me importo. Exijo que me leve até ele agora.
Lorena arqueou uma sobrancelha.
— O senhor pode não se importar, mas eu sim. Sou a médica dele, e estou dizendo que o senhor não vai entrar agora.
O silêncio entre eles era cortante, carregado de tensão.
— Mas... — Rick tentou retrucar, sua voz um tom mais baixo, como se lutasse contra o impulso de gritar.
— Sem mais, senhor. Agora, se me der licença, preciso cuidar dos meus pacientes. — Ela se virou para sair.
Rick observou-a, seus olhos escuros avaliando cada detalhe daquela mulher que ousava desafiá-lo. Que garota atrevida.
Antes que ele pudesse responder, Lorena parou e voltou-se para ele, seu olhar frio e calculado.
— Ah! Senhor, eu tenho algo que acredito que o senhor queira.
Ele franziu a testa, impaciente.
— O que eu poderia querer de você?
Com calma, Lorena enfiou a mão no bolso do jaleco e estendeu a mão para ele. Quando abriu os dedos, duas balas descansavam ali, brilhando sob a luz fria do hospital.
Os olhos de Rick se estreitaram ao vê-las. Sem dizer mais nada, ela colocou as balas na palma da mão dele e saiu, sem olhar para trás.
A brisa da noite soprou suavemente pelas grandes janelas do salão, carregando consigo o perfume das flores frescas que adornavam o altar decorado com rosas brancas, velas altas e pequenos pontos de luz dourada pendendo do teto como estrelas. A música suave ao fundo — um instrumental de cordas emocionado — acompanhava o murmúrio silencioso dos convidados, todos atentos e comovidos diante da pequena cerimônia de renovação de votos.Rick e Lorena estavam de pé frente a frente, de mãos dadas, o olhar preso um no outro como se o tempo tivesse voltado vinte anos. Um silêncio respeitoso pairava no ar, entrecortado apenas pelo leve estalar das velas e pelos suspiros emocionados de alguns convidados.Após a breve cerimônia conduzida por um amigo próximo da família, Rick deu um passo à frente, o coração visivelmente acelerado. Ele apertou levemente as mãos de Lorena e, com a voz firme, porém embargada pela emoção, começou:— Lorena, ao longo dos anos, nosso casamento
O salão estava tomado por uma atmosfera acolhedora e festiva. A luz amarelada dos lustres refletia suavemente sobre os arranjos florais brancos e dourados, espalhando um leve perfume de lírios e jasmim pelo ar. A música de fundo, suave e instrumental, dava um toque de elegância à noite. Conversas animadas preenchiam o ambiente, interrompidas apenas pelo tilintar das taças erguendo brindes entre risos e abraços.Foi nesse clima de celebração que Rick se levantou com o microfone em mãos, o olhar sereno e o sorriso carregado de emoção. O burburinho foi silenciado aos poucos, até que todos os olhares se voltaram para ele. Ele caminhou lentamente até o centro do salão, ajustando o paletó escuro com elegância, enquanto sua presença imponente capturava a atenção de todos.Ele respirou fundo, olhando em volta para os rostos queridos — amigos, aliados, familiares. Então, com a voz firme e calorosa, começou:— Boa noite a todos. Hoje celebramos um marco muito especial em
Pensamentos de Lorenzo.Enquanto a música suave preenchia o ambiente com notas envolventes, misturando-se ao tilintar de taças e ao murmúrio constante das conversas, Lorenzo permanecia recostado próximo a uma das colunas de mármore, com um copo de uísque em mãos e os olhos atentos ao movimento do salão. O aroma de perfume refinado, de flores frescas e do álcool caro no copo criava um cenário envolvente, quase cinematográfico.Seus olhos, porém, se fixaram em uma única figura — Rick Ocasek, seu pai. Impecável em seu terno escuro, Rick sorria de maneira genuína ao lado de Lorena, sua esposa, enquanto os dois interagiam com convidados, trocavam olhares cúmplices e pequenos gestos de afeto que passariam despercebidos a olhos desatentos. Mas Lorenzo percebia tudo.Ele sentia admiração. Verdadeira. Profunda. Para ele, o pai era mais que um líder. Era um símbolo. Um homem que dominava com firmeza o submundo da máfia, mas que ali, diante da família, se
Enquanto a festa segue animada, Nina se sente cheia de alegria ao olhar ao redor e ver como tudo está perfeito. Ela se aproxima de Lorena, que está radiante em seu vestido elegante.Lorena sorria, conversando com alguns familiares, e assim que viu Nina, abriu os braços com ternura.— Lore, a festa está tão linda, meus parabéns pelos 20 anos de casados — disse Nina, com um sorriso sincero e emocionado.Lorena segurou com carinho as mãos de Nina, os olhos brilhando de gratidão.— Obrigada, Nina. Fico feliz por sermos uma família... Eu, você, Camila. É um presente ter vocês aqui, caminhando comigo nessa jornada.Nina sorriu, apertando as mãos de Lorena com carinho. Era bonito ver que, apesar das circunstâncias difíceis pelas quais todos já haviam passado, o amor e a união ainda eram os pilares daquela família.Nesse momento, o som de passos firmes e ritmados se aproximou da mesa. Era Gael, filho de Camila, com os cabelos bem penteados e um tern
Ao entrarem no salão principal da festa, Lara foi imediatamente envolvida por um ambiente que parecia ter saído de um sonho. Os lustres pendiam do teto abobadado, lançando reflexos dourados sobre as paredes espelhadas. O som suave de um quarteto de cordas preenchia o ar com uma melodia romântica e envolvente, enquanto o perfume sutil de flores frescas — lírios, orquídeas e gardênias — pairava no ar, misturando-se ao aroma delicado do champanhe e dos canapés que circulavam em bandejas prateadas.A decoração era impecável: tons de dourado e branco se misturavam em detalhes clássicos, com velas altas e arranjos florais distribuídos por todo o salão. Havia um brilho de celebração no ar, mas também um sussurro constante de conversas discretas, cumprimentos entre famílias importantes e olhares avaliadores.Lara observava cada detalhe com encantamento, até que, entre os convidados, seus olhos encontraram Heloíse. A amiga estava próxima de uma das colunas decoradas com heras e
O espelho refletia o brilho suave das luzes amareladas do quarto, que destacavam o vestido de seda champagne que Lorena ajustava com cuidado. O tecido deslizava pelo seu corpo como se tivesse sido feito sob medida para aquela noite. O perfume adocicado de jasmim envolvia o ar, misturando-se ao leve aroma de madeira nobre que vinha dos móveis antigos.Ela girou parcialmente o corpo, tentando alcançar o zíper nas costas, mas seus dedos não conseguiam puxá-lo. Um leve suspiro escapou de seus lábios.Foi quando a porta se abriu, revelando Rick já vestido com um terno escuro perfeitamente alinhado, a gravata vinho realçando o magnetismo natural que ele carregava. Seus olhos imediatamente encontraram os de Lorena através do espelho, e um sorriso lento surgiu em seu rosto.— Chegou na hora certa, amor — disse ela, com um meio sorriso, apontando o zíper com um gesto sutil. — Preciso de ajuda com isso.Rick aproximou-se sem pressa, com aquela confiança silenciosa
Último capítulo