O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR

O CHEFE QUE EU ODIEI AMAR PT

Romance
Última actualización: 2025-08-25
Débora Oliveira   Completo
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9.6
191 Reseñas
431Capítulos
192.9Kleídos
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Resumen
Índice

Ela fugia da dor. Ele vivia sua despedida de solteiro. Um acidente. Uma noite. E um amor que mudará tudo. Celina acreditava viver um casamento perfeito… até ser traída da forma mais cruel. Com o marido sempre dormindo fora e cada vez mais distante, sua alegria foi se apagando junto com a mulher que ela costumava ser. Em um último esforço para salvar a relação, decide fazer uma surpresa. Mas é ela quem recebe o golpe final. Após flagrar o marido nos braços da secretária, ela sai sem rumo pelas ruas, afoga-se na bebida e, sob o tempo chuvoso, atropela um morador de rua. Com medo de escândalos, decide levá-lo a um hotel para prestar socorro sem imaginar que aquele homem sujo e misterioso, despertaria nela desejos incontroláveis. E assim, vivem uma noite de puro prazer. O que seria apenas uma noite intensa, se transforma em um turbilhão de reviravoltas. Expulsa de casa e agredida pelo marido, Celina precisa reconstruir sua vida. Mas o destino a surpreende mais uma vez: na entrevista para um novo emprego, ela reencontra o homem do hotel. Agora, limpo, elegante… e seu novo chefe. Thor Miller. Um homem arrogante, frio e que a todo momento finge que nunca à viu. E como se não bastasse, ele está noivo. E Celina, grávida. Entre amor e ódio, verdades perigosas, cicatrizes do passado e segredos que ameaçam o futuro, os dois precisarão encarar uma conexão que começou por acaso e que tem o poder de mudar tudo.

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Capítulo 1

1 - A DESCOBERTA DA TRAIÇÃO

O silêncio cortante da manhã foi o primeiro golpe que atingiu Celina ao despertar. Não era apenas a ausência de som — era a ausência dele. De novo. O lençol de cetim, frio e intacto ao seu lado, gritava uma verdade que ela já não conseguia mais ignorar: César não havia voltado para casa. E aquilo se repetia há meses.

Com os olhos ainda grudados pela noite mal dormida, ela permaneceu imóvel, encarando o teto branco do quarto gigantesco que mais parecia um palco abandonado. A mansão, imponente por fora, era agora uma prisão dourada por dentro. O luxo dos móveis, as obras de arte nas paredes, os arranjos de flores perfeitamente trocados pelas mãos das funcionárias... tudo era supérfluo diante do vazio que consumia seu peito.

Ela se sentou devagar, com um nó apertando a garganta. Os pés descalços tocaram o chão gelado. O eco dos seus próprios passos, enquanto caminhava até o closet, parecia zombar da solidão que a rodeava. Parou diante do enorme espelho e se encarou.

O reflexo a fez prender a respiração.

“Será que estou feia?” — pensou, apertando os próprios braços como se buscasse abrigo em si mesma. “Será que estou envelhecendo? Será que ele encontrou alguém melhor? Mais bonita? Mais interessante?”

Seus olhos vasculhavam o próprio corpo com uma crueldade silenciosa. As olheiras denunciavam noites maldormidas. A pele estava opaca, sem o brilho que costumava exibir. Os lábios, secos, já não sorriam como antes. O brilho nos olhos... havia sumido. Mas o pior não era o que via. Era o que sentia.

“Será que deixei de ser suficiente?”

Ela respirou fundo, os olhos marejando. A voz interna sussurrava todas as suas inseguranças — a rejeição, a solidão, o medo de estar sendo esquecida, descartada. Aquela mulher no espelho não era a Celina que César conheceu. Mas estava ali. Ferida, sim. Mas ainda de pé.

Ela levou a mão aos cabelos soltos e, naquele momento, uma fagulha reacendeu. Não era raiva. Era dor transformando-se em impulso.

— Eu não vou me destruir por isso… — murmurou, com a voz embargada. — Eu vou me lembrar de quem eu sou.

Determinada, começou a escolher roupas. Roupas que há tempos não usava. Vestidos que acentuavam suas curvas, sapatos que a faziam caminhar como quem sabe onde pisa. Revirou as gavetas até encontrar uma lingerie preta de renda fina, ainda com etiqueta. Presente de uma época em que ela ainda acreditava que eles se amariam para sempre.

Separou tudo com cuidado. Depois, ligou para o Spa que costumava frequentar antes da vida começar a desmoronar.

Horas depois, Celina estava mergulhada em um processo de renascimento. As mãos delicadas da esteticista faziam massagens em seus ombros tensos, enquanto uma playlist suave preenchia o ambiente. Fez as unhas, depilou-se, cuidou da pele, do cabelo. A maquiagem realçou seus olhos verdes e suavizou seus traços marcados pelo cansaço.

Quando se olhou no espelho do salão, no fim da tarde, mal se reconheceu. A mulher que a encarava estava deslumbrante. Forte. Pronta.

Ao volante, o céu nublado acompanhava sua trajetória até o prédio espelhado da Brown Advocacia. Cada quilômetro percorrido era um confronto com seus próprios sentimentos. No coração, um turbilhão: medo, esperança, dor, desejo, dúvida.

Ela não sabia o que encontraria ali.

Só sabia que precisava tentar.

Precisava olhar nos olhos dele. Precisava se lembrar do que um dia foram. Precisava, ao menos uma vez, lutar por si mesma — não como a esposa que foi deixada de lado, mas como a mulher que ainda merecia amor.

Quando estacionou diante do prédio, já estava anoitecendo, o céu estava carregado de nuvens escuras. O expediente estava prestes a terminar.

E Celina estava pronta para a verdade.

Ela dirigir-se até o elevador e seguiu até a sala da presidência.

Celina abriu a porta do escritório e seu mundo desmoronou.

César, seu marido, estava entrelaçado no corpo de outra mulher.

Nicole estava jogada sobre a mesa, os cabelos loiros desarrumados, os lábios entreabertos em puro prazer. As pernas estavam enroscadas na cintura de César, as mãos cravadas em suas costas. 

Ela foi a primeira notar sua presença. Um sorriso de satisfação surgiu em seu rosto. Seus olhos brilhavam com malícia, como se já esperasse aquele momento, como se quisesse que Celina a visse ali, tomando o que era dela.

Foi só então que César percebeu sua esposa parada à porta. Ele se virou lentamente, sem pressa, sem susto. O olhar que lançou para Celina não demonstrava culpa. Não demonstrava arrependimento. Apenas frieza.

Como se nada tivesse acontecido.

Como se ela não significasse nada.

César apenas a encarou, sem emoção e continuo o ato com a secretária friamente.

Celina deu um passo para trás, sentindo que não suportaria mais um segundo ali, virou-se e saiu aos prantos, transtornada. 

Ela entrou no carro e, sem pensar, parou no primeiro bar que viu e bebeu. Saindo de lá, ligou o motor e acelerou. Saiu sem rumo pelas ruas de São Paulo.

A chuva caía fina, misturando-se às lágrimas que escorriam pelo rosto de Celina. Dirigia sem rumo, ofegante, a mente entorpecida pela dor de ter flagrado a traição. O mundo parecia girar em câmera lenta, até que tudo acelerou num segundo.

Ela atravessou um sinal vermelho sem notar.

Um vulto surgiu. Um corpo. Um impacto.

— Meu Deus! — gritou, pisando no freio com força.

O carro parou com um tranco seco. Celina correu para a frente, o coração na boca.

O homem estava caído, gemendo baixo. Era um morador de rua, mas não como ela imaginava. Tinha o corpo forte, os ombros largos e definidos mesmo sob a camisa molhada. O rosto, apesar da sujeira, era bonito. Revelava traços firmes e olhos intensos.

— Você está bem? Eu... eu não te vi! Quer ir ao hospital? — perguntou, agachando-se ao lado dele.

— Tô bem... acho. Só doeu a perna. Mas tô vivo — disse, tentando se levantar.

Celina hesitou. O sobrenome Brown pesava em sua mente. O medo de alguém reconhece-la, de tudo virar manchete no dia seguinte, apertava seu peito. Um escândalo arruinaria ainda mais o que restava de sua vida.

— Olha... posso te ajudar. Não quer ir pra um hospital, mas... Posso te levar num hotel. Um lugar quente pra descansar, tomar um banho, se cuidar.

— Por quê você faria isso?

— Porque eu... preciso fazer alguma coisa.

Ele a olhou, desconfiado, mas depois assentiu. Ela o ajudou entrar no carro. O silêncio era tenso.

Quando chegaram ao hotel, ele era simples e discreto. Celina subiu com ele até o quarto.

— Vai, toma um banho. Eu espero aqui — disse, sentando-se na beirada da cama.

Ele a encarou por um segundo, depois entrou no banheiro.

Enquanto ouvia o som da água caindo, Celina respirou fundo. O cheiro do quarto era limpo, diferente do caos que carregava por dentro.

Quando ele saiu do banho, com os cabelos molhados, toalha enrolada na cintura, Celina o olhou em silêncio.

Bonito. Tão real.

Mais real do que tudo o que tinha deixado para trás naquela noite.

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191 Reseñas · 191 bookdes.reviews
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Passiflorine
Eu amei ler esse livro, de coração, é um dos melhores que tive o privilégio de ler. Que vocês se divirtam, deliciem, chorem, alegrem-se... enfim, esse livro parece tão real que fiquei, a cada dia, ansiosamente esperando a Débora postar os capítulos. Desejo a todas vocês, uma ótima leitura!
2025-09-02 07:26:33
4
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Lena
Estou gostando da história.
2025-08-30 17:44:59
3
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Rosemare Araujo
parabéns autora,amei seu livro!Um dos melhores que ja li,vc sabe mexer cm nosso emocional,valeu cada capítulo!Recomendo ............️...️
2025-08-28 06:06:13
4
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Vilma Regina machado de oliveira
Maravilhoso! Amei ler este livro.
2025-08-27 03:06:40
3
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Tamires Coelho
Parabéns amiga por essa história incrível. Sempre te disse que você é mais do que capaz de criar um mundo mágico, que encantada em cada detalhe. Puxo a orelha? Sim, todo o tempo, mas por trás do meu lado brutinho, tem alguém que torce muito por ti e pelo teu sucesso. Esse foi apenas o começo.
2025-08-26 11:27:59
3
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Passiflorine
Já estou com saudades de Celina e Thor!
2025-08-26 03:37:42
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Passiflorine
Que livro!!! Digno de uma escritora que sabe como atrair os seus leitores com uma ficção que parece tão real, que é capaz de nos fazer chorar, sorrir, sonhar e ficar aguardando ansiosamente os próximos livros! Parabéns, amei!!!
2025-08-26 03:34:58
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Ana Claudia Silveira
Parabéns! Sua escrita é envolvente, cativante. Aguardando o próximo.
2025-08-25 08:11:30
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Landy Machado
parabéns seu livro é maravilhoso, emocionante e as vezes parece que foi real
2025-08-25 08:05:14
1
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Sivia Rabelo
Parabéns pelo lindo livro!! História maravilhosa.
2025-08-25 07:56:03
1
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Amanda Marinhoos
nossa que final hen , deu um aperto no coração , em ler o último capítulo ...... história maravilhosa muito bem escrita, emocionante, já estou com saudade já parabéns autora pelo lindo livro ...️...️ é já estou esperando pelo próximo .........
2025-08-25 07:30:47
0
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Amanda Marinhoos
nossa que maturidade é aprendizado, fico feliz que clarisse tem duas mães que lhe ama , mas zoe me surpreendeu muito com tudo que ela passou e decidiu perdoar , um amor de uma mãe faz milagre
2025-08-20 12:18:08
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Passiflorine
Que capítulo é esse? parece tão real...o Arthur ficar de pé foi lindo! A Celina com um discurso tão emocionante que me fez quase chorar, foi maravilhoso!!!
2025-08-18 11:35:50
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Marta Maria
estou no capítulo 100,qual capítulo ela cnt que tá grávida?!
2025-08-18 09:47:15
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Suellen Santos
boa tarde, autora o capítulo 410 está inglês. teria como alterar?
2025-08-18 04:36:15
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431 chapters
1 - A DESCOBERTA DA TRAIÇÃO
2 - ISSO É O SUFICIENTE PARA PAGAR O HOTEL
3 - EU QUERO O DIVÓRCIO
4 - VOCÊ TEM UM PERFIL INTERESSANTE
5 - SENTIU O CHÃO SUMIR SOB SEUS PÉS
6 - O PIOR CASTIGO
7 - UM FILHO DO HOMEM QUE ODEIO
8 - O DESTINO QUEBRADO
9 - O SEGREDO QUE NUNCA SERÁ REVELADO
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