Sentaram-se à mesa, frente a frente.
O jantar era simples: sopa cremosa, pão rústico, vinho tinto aberto há pouco.
Mas cada garfada tinha sabor de renascimento.
Pedro tomou um gole de vinho e soltou um suspiro satisfeito.
— Sabe o que é engraçado? — disse ele, pensativo. — Eu pensei que quando voltasse, tudo estaria igual. Mas não está. Nem eu estou.
Rose apoiou o queixo nas mãos. — E o que mudou?
Ele olhou pra ela, com um sorriso sereno. — Eu parei de querer controlar o mundo. Agora só quero senti-lo.
Ela arqueou uma sobrancelha. — Olha só… filosófico.
— Não. — respondeu, calmo. — É amor. E o amor ensina.
Rose desviou o olhar, emocionada. — Você fala como se tivesse lido o roteiro do destino.
— Eu vivi o roteiro. — respondeu, sério. — E quase perdi o final feliz.
Ela sorriu, com lágrimas contidas. — Mas não perdeu.
— Porque você não deixou. — disse ele, baixinho.
Por alguns segundos, ficaram só se olhando.
Aquela troca muda dizia mais que qualquer declaração.
O amor ali não era eufor