A noite estava vestida de ouro.
O salão do Hotel Imperial cintilava com lustres de cristal e mesas perfeitamente alinhadas, cobertas por toalhas brancas e arranjos de lírios e velas.
Do lado de fora, a cidade brilhava como se estivesse celebrando junto.
O evento anual da Associação Nacional de Negócios e Desenvolvimento era o ápice do calendário corporativo — e, naquele ano, o nome mais esperado da noite era um só: Pedro Nascer.
Rose entrou ao lado dele, e o salão inteiro pareceu desacelerar por um segundo.
Os flashes das câmeras iluminaram o caminho, e por um instante ela se sentiu transportada para outro tempo — o tempo em que se escondia, em que se defendia, em que amar parecia impossível.
Agora, vestida de seda marfim, com o cabelo preso num coque baixo e o olhar tranquilo, ela caminhava não como guarda-costas, mas como a mulher que sobreviveu a todas as batalhas.
Pedro, de terno escuro impecável, caminhava com o mesmo ar seguro de quem aprendeu o valor da queda.
Ele cumprimentava