Estela
O dia amanheceu com o céu pintado de tons azulados, e a neve caía fininha lá fora, cobrindo os telhados da charmosa cidade de Zermatt, na Suíça. A vista dos Alpes era de tirar o fôlego, mas nada se comparava ao jeito que Guilherme olhava pra mim naquela manhã, enquanto me ajudava a colocar o cachecol.
— Tá frio, bonequinha. Deixa eu cuidar de você — murmurou, ajeitando meu gorro com carinho.
Saímos de mãos dadas pelas ruazinhas estreitas, cheias de casinhas de madeira com varandas floridas, vitrines iluminadas e o aroma de chocolate quente com canela no ar. O charme daquele vilarejo parecia saído de um conto de fadas.
Entramos numa feirinha local coberta, com stands de artesãos, joalherias delicadas e lojinhas que vendiam desde esculturas em madeira até cristais suíços.
Me distraí numa barraca de doces artesanais — encantada com os bombons em formato de coração e não percebi quando Guilherme se afastou.
Caminhei entre os corredores decorados com flores secas e pequenos sinos,