GuilhermeQuando acordei naquela manhã, estava certo de que seria só mais um dia comum de visitas, risadas e reuniões de família. Desci as escadas, ainda meio sonolento, e percebi que havia algo preso no portão. Uma folha de papel dobrada, simples, mas que carregava um detalhe que não passou despercebido: um perfume suave, doce, que ficou no ar assim que toquei.Curioso, desdobrei o papel ali mesmo, de pé, sentindo um aperto estranho no peito antes mesmo de ler qualquer palavra."Querido Príncipe, você não sabe, mas hoje você foi meu herói. Obrigada por existir. Eu te admiro mais do que qualquer um nesse mundo..."Li. Reli. Três... quatro vezes.No começo, sorri achando que fosse alguma brincadeira dos meus irmãos mais novos, sempre prontos para me sacanear. Mas, conforme fui absorvendo cada palavra, percebi que aquilo não era uma piada. Era sincero. Puro.Senti o peito apertar de um jeito bom, estranho, diferente. Alguém, em algum canto dessa cidadezinha, me via com olhos que nem eu
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