Estela
A noite chegou silenciosa, cobrindo Zermatt com um manto estrelado. As luzes da vila alpina pareciam piscar como joias entre a neve, e eu me sentia num sonho do qual não queria acordar.
Guilherme me esperava de pé na porta do chalé, impecável com uma camisa de linho azul-marinho e aquele olhar que ainda me fazia tremer por dentro, mesmo depois de tudo que já tínhamos vivido. Estava com uma rosa nas mãos e um sorriso nos lábios.
— Última noite, minha bonequinha. Vai jantar comigo como se fosse o nosso primeiro encontro?
— Se for com você… eu vou até pro fim do mundo — respondi, pegando a rosa e beijando sua bochecha.
Descemos a vila de mãos dadas até um pequeno restaurante de fondue e vinhos, com janelinhas de madeira e cortinas de renda. A lareira aquecia o ambiente, e cada mesa estava decorada com velas e flores secas.
Sentamos num canto reservado. O vinho tinto foi servido, e o fondue chegou borbulhante à mesa.
— A gente viveu tanta coisa aqui… — eu disse, observando a