Elizabeth
Assim que a porta do apartamento se abriu, eu senti minhas pernas ficarem fracas.
O cheiro familiar… o silêncio acolhedor… a sensação de estar em um lugar seguro depois de tanto caos. Meu peito apertou. Eu não entrava ali desde a cirurgia da Camila, quando Rogério emprestou o apartamento para ficarmos até ela se recuperar. Naquela época, eu nem imaginava tudo o que ainda estava por vir.
Camila passou por mim com um sorriso orgulhoso, segurando um dos bebês no colo, enquanto o outro dormia no bebê conforto, ao lado do Rogério.
— Eu ajeitei tudo ela disse, balançando as chaves no ar. Lembra? O Rogério deixou o apartamento pra gente usar quando eu operei… E como ele garantiu que estava liberado, eu vim arrumar ontem à noite. Vocês só vão entrar e descansar.
Meu coração errou o compasso.
Eu olhei ao redor devagar… o sofá limpo, as mantas dobradas, mamadeiras esterilizadas em cima da pia, fraldas organizadas, o quarto com berço portátil montado, cheirando a lavanda.
As lágrimas