Capítulo 23

(Isabella)

Atravessei as portas de vidro do prédio como se estivesse entrando em uma arena. Cada passo, eu sentia os olhares sobre mim, podia quase ouvir os sussurros se formando antes mesmo de eu passar. Vi duas secretárias do financeiro pararem de conversar abruptamente, seus olhos me seguindo com uma curiosidade mórbida. A cena lá fora não tinha sido discreta. Para eles, eu era a esposa infiel, a mulher que recebia flores de um amante na porta da empresa do marido. A "mulher qualquer" que Pedro me acusou de ser. Uma onda de vergonha quente subiu pelo meu rosto, mas eu a sufoquei. Ergui o queixo, mantive meu olhar fixo à frente e caminhei em direção ao elevador. Eles não teriam coragem de falar nada em voz alta, não para a "Sra. Campos". A ironia era amarga.

Quando as portas do elevador se fecharam, me permiti encostar na parede fria, fechando os olhos por um segundo. O alívio durou pouco. Ao chegar ao meu andar e abrir a porta da minha sala, o problema seguinte me atingiu em ch
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