Depois da humilhação na calçada, Pedro não foi para a empresa. Ele não conseguia encarar ninguém. Dirigiu sem rumo por um tempo, a raiva e a confusão guerreando dentro dele, até que seus instintos o levaram ao único lugar que parecia um refúgio: o hotel de Fellipe. Ao chegar, perguntou por ele na recepção, mas foi informado de que não estava. Sem pensar duas vezes, Pedro seguiu para o bar do hotel.
Com uma autoridade que não admitia questionamentos, ele se dirigiu aos garçons. "Fechem o bar. Ninguém mais entra." Os funcionários estranharam a ordem, mas sabiam que Pedro era mais do que um hóspede VIP; era o melhor amigo do dono. Obedeceram sem uma palavra.
O bar, agora silencioso e exclusivo, tornou-se o santuário de sua miséria. Pedro foi direto ao balcão. "Uma garrafa de uísque. O melhor que tiver." O barman lhe entregou a garrafa e serviu uma dose generosa. Pedro a virou de uma só vez, o líquido queimando sua garganta, mas não o suficiente para apagar o fogo em seu peito. Ele me