(Pedro)
Eu vi tudo de longe. O carro de luxo. As flores. O sorriso dela. Cada detalhe era como um fósforo sendo riscado perto de um barril de pólvora. E quando ele se aproximou, oferecendo aquele buquê ridículo e falando baixo com ela, algo dentro de mim se rompeu. A raiva, o ciúme, a sensação de ser substituído, tudo explodiu em uma única onda de fúria possessiva.
Eu não pensei. Apenas andei. Meus passos eram duros e rápidos sobre o pavimento. Eu não me importava com os funcionários que olhavam, com a cena que estava criando. A única coisa que importava era apagar aquele sorriso do rosto de Oscar e reafirmar o que era meu.
— Não! Ela não pode! — minha voz cortou o ar, mais alta e mais dura do que eu pretendia.
Aproximei-me deles, parando ao lado de Isabella, posicionando meu corpo como uma barreira. Senti a rigidez em meus ombros, a mandíbula travada. Fuzilei Oscar com um olhar que prometia violência. Ele precisava entender com quem estava lidando.
— Aliás, não é Srta. Isabella —