(Pedro)
Essas duas palavras eram como pequenas agulhas sendo enfiadas no meu peito... "Tio Oscar". Virei-me e olhei para onde ele apontava. E lá estava ele. Oscar Almonte, flanqueado por seu irmão e primo, sendo conduzido por um maître em direção a uma área de salas privativas. Ele não parecia o mesmo homem da festa. Havia uma sombra em seu rosto, uma ausência daquele brilho arrogante e confiante. Parecia... Triste, derrotado.
— Tio Oscar! — gritou Benjamin, a voz aguda ecoando no lobby.
Mas o trio não ouviu. Eles desapareceram atrás de uma porta de madeira escura. O rosto de Benjamin se encheu de uma decepção genuína.
— Ele não me ouviu, papai.
— Ele devia estar ocupado, filho — disse eu, tentando guiar o grupo para a mesa, sentindo uma estranha e indesejada pontada de algo.
Enquanto caminhávamos, Benjamin puxou a manga da minha camisa e se aproximou, como se fosse contar um grande segredo.
— Papai... — sussurrou ele, a voz infantil cheia de uma seriedade que não