(Isabella)
Três meses. Fazia três meses que eu estava me preparando para deixar de ser Isabella Andrade para me tornar Isabella Almonte, e a paz que eu sentia naquele dia ainda parecia tão vívida quanto a luz do sol que entrava pela janela do nosso quarto esta manhã. Fechei os olhos por um instante, aquele dia, nítido e perfeito.
O sol do país Y derramava uma luz dourada e suave sobre os jardins da vinícola da minha família. O lugar, que guardava tantas memórias da minha infância, havia se transformado em um cenário de conto de fadas. Enquanto eu caminhava em direção ao altar, sentia o tecido do vestido que eu mesma desenhei fluir a cada passo, movendo-se como uma extensão da minha própria felicidade reencontrada. Eu não estava apenas deslumbrante; pela primeira vez em anos, eu estava em paz.
Ao meu lado, Oscar me esperava. O sorriso em seu rosto não era apenas de alegria, mas de uma profunda reverência que fazia meu coração transbordar. Em seu terno de linho claro, ele parecia