Angelina Ribeiro
A terça passou apertada, sufocante. Quando me joguei na cama, torcia para que a quarta chegasse logo. Que Diogo chegasse logo. Que eu conseguisse me controlar. E ele também se entendesse com Ana Júlia. Que nós nos entendessemos, de algum jeito, e por fim, houvesse o controle de tudo.
Era o que eu queria de verdade? Rolei nos lençóis ainda marcados pela presença de Saulo. Eu não queria prender Diogo... não se isso custasse a felicidade da minha filha. Torcia pela felicidade dela. Otávio não parece ser mais uma ameaça, conclui, daria para segui com os meninos?
Na manhã seguinte, o despertador me arrancou da cama. Espreguicei-me, pensando no que o dia me reservaria, como estava a minha agenda, fosse como advogada e mãe.
Fui ao quarto dos meninos, os acordei com beijos e bênçãos. Em seguida, dei banho, arrumei-os, e fui para a cozinha preparar o café da manhã.
Quando voltei, ambos já estavam de uniforme.
- Mamãe, meu olho tá ardendo. - Adson reclamou, aproximando-se com